Tentação e
remédio
Qual acontece
com a árvore, a
equilibrar-se
sobre as
próprias raízes,
guardamos o
coração na tela
do presente,
respirando o
influxo do
passado.
É assim que o
problema da
tentação, antes
que nascido de
objetos ou
paisagens
exteriores,
surge
fundamentalmente
de nós — na
trama de sombra
em que se nos
enovelam os
pensamentos...
Acresce, ainda,
que essas mesmas
ondas de força
experimentam a
atuação dos
amigos
desenfaixados da
carne que
deixamos a
distância da
esfera física,
motivo por que,
muitas vezes, os
debuxos mentais
que nos
incomodam
levemente, de
inicio, no campo
dessa ou daquela
idéia infeliz,
gradualmente se
fazem quadros
enormes e
inquietantes em
que se nos
aprisionam os
sentimentos, que
passam, muita
vez, ao domínio
da obsessão
manifesta.
Todavia, é
preciso lembrar
que a vida é
permanente
renovação
propelindo-nos a
entender que o
cultivo da
bondade
incessante é o
recurso eficaz
contra o assédio
de toda
influência
perniciosa.
E o trabalho,
por essa forma,
o antídoto
adequado, capaz
de anular toda
enquistação
tóxica do mundo
íntimo,
impulsionando-nos
o espírito a
novos tipos de
sugestão, nos
quais venhamos a
assimilar o
socorro dos
Emissários da
Luz, cujos
braços de amor
nos arrebatam
ao nevoeiro dos
próprios
enganos.
Assim, pois, se
aspiras à
vitória sobre o
visco da treva
que nos arrasta
para os
despenhadeiros
da loucura ou do
crime, ergue no
serviço à
felicidade dos
semelhantes o
altar dos teus
interesses de
cada dia,
porquanto, ainda
mesmo o
delinqüente
confesso, em se
decidindo a ser
o apoio do bem
na Terra,
transforma-se,
pouco a pouco,
em mensageiro do
Céu.
Página
psicografada
pelo
médium
Francisco
Cândido
Xavier
em
12/1/1959,
constante
do cap.
3 do
livro
Religião
dos
Espíritos.
|