A Revue Spirite
de 1861
Allan Kardec
(2a
Parte)
Damos continuidade ao
estudo da Revue
Spirite
correspondente ao ano de
1861. O texto condensado
do volume citado será
aqui apresentado em 14
partes, com base na
tradução de Júlio Abreu
Filho publicada pela
EDICEL.
Questões preliminares
A. Como os Espíritos
fazem para os objetos
mover-se?
Inicialmente pensou-se
que eles os moviam com
as próprias mãos. Mais
tarde verificou-se que,
quando um objeto se
move, não é o Espírito
que o toma com as mãos.
Ele o satura com seu
próprio fluido,
combinando-o com o
fluido animalizado do
médium, e pode então
movimentá-lo por meio da
vontade. (Revue
Spirite de 1861, p. 44.)
B. A respeito da
escassez de médiuns, que
disse Kardec?
O Codificador disse que
não há escassez de
médiuns: os bons médiuns
é que são raros. É por
causa disso que não
basta, para obter boas
comunicações, ser dotado
da faculdade mediúnica:
é preciso algo mais.
(Revue Spirite de 1861,
p. 48.)
C. A que se deve a
flexibilidade que alguns
médiuns apresentam?
A causa dessa
flexibilidade é física,
antes que moral. A
vivacidade do médium é
puramente física, diz
São Luís. Seu Espírito
nisto não interfere. As
qualidades morais, sim,
é que influem nas
simpatias que se
estabelecem entre os
Espíritos, pois alguns
têm tal antipatia por
certos médiuns que só
vencendo grande
repugnância se comunicam
por eles. (Revue
Spirite de 1861, pp. 64
e 65.)
Texto para leitura
19. A Revue noticia os
fenômenos produzidos
pelo Sr. Squire, que,
nada tendo de novo,
podem ser catalogados na
categoria dos fenômenos
de transporte, suspensão
e deslocamento de
objetos. (PP. 41 a 43)
20. Kardec explica que
quando um objeto se
move, não é o Espírito
que o toma com as mãos:
ele o satura com seu
próprio fluido,
combinado com o fluido
animalizado do médium, e
pode então movimentá-lo,
pela vontade. (P. 44)
21. Não se deve
confundir – lembra
Kardec – os chamados
Espíritos batedores com
aqueles que se
comunicam por meio de
batidas, que é uma forma
de manifestação que pode
ser empregada por
Espíritos de qualquer
ordem. (P. 47)
22. Escrevendo sobre a
escassez de médiuns,
afirma Kardec que os
médiuns são muito
comuns: os bons médiuns
é que são raros. Por
isso, não basta possuir
a faculdade mediúnica
para obter boas
comunicações. (P. 48)
23. Na ausência de
médiuns, Kardec sugere
as atividades que o
grupo deve realizar.
(PP. 49 e 50)
24. Mencionando o livro
do Sr. Louis Figuier,
que combate a doutrina
espírita, Kardec
aconselha a sua leitura
e assevera: “Proibir um
livro é provar que o
tememos”. (P. 51)
25. A
Revue transcreve a parte
final da carta do Sr.
Canu, ex-materialista,
sobre a incredulidade.
(P. 52)
26. O Espírito familiar,
diz Canu, não é
exatamente o anjo da
guarda ensinado pela
Igreja. (P. 56)
27. A
Revue traz a comunicação
de um homem materialista
e ateu, que se afogou
voluntariamente dois
anos antes. Motivo do
suicídio, segundo o
Espírito: “Tédio da vida
sem esperança”.
(PP. 58 e 59)
28. Kardec comenta:
“Compreende-se o
suicídio quando a vida é
sem esperança:
quer-se fugir à
infelicidade a todo
custo. Com o Espiritismo
o futuro se desenrola e
a esperança se legitima:
o suicídio, pois, não
tem objetivo”. (P. 59)
29. Explicando como se
processam as evocações,
diz Kardec que nem
sempre os Espíritos
respondem ao nosso
apelo; é preciso que o
possam ou queiram e que
haja um médium que tenha
a aptidão especial
necessária para tanto.
(P. 63)
30. São Luís esclarece
por que há poucos
médiuns com tão grande
flexibilidade como a da
Srta. Eugênia: a causa é
física, antes que moral.
A vivacidade do médium é
puramente física; seu
Espírito nisto não
interfere. (P. 64)
31. As qualidades
morais, diz São Luís,
influem nas simpatias
que se estabelecem entre
os Espíritos, pois
alguns têm tal antipatia
por certos médiuns, que
só vencendo grande
repugnância se comunicam
por eles. (PP. 64 e 65)
32. Georges (Espírito)
diz que são em número
pequeno aqueles que
podem, logo após a
libertação do corpo,
comunicar-se com os
amigos nesse reencontro.
É necessário ter
merecido esse direito.
(P. 67)
33. O Espírito de Gérard
de Nerval assevera: “O
interesse e o egoísmo
são os dois gênios maus
do financista e do
novo-rico; o orgulho é o
vício do que sabe e,
principalmente, do que
pode”. (P. 68)
34. Réné de Provence
(Espírito) informa que
nos outros mundos,
quando superiores à
Terra, a harmonia é
eterna: o que a
imaginação humana pode
inventar não iguala essa
constante poesia que
está em toda a Natureza.
(P. 70)
35. Kardec comenta o
ataque desferido pelo
Sr. Émile Deschanel
contra a doutrina
espírita e afirma que as
“pilhérias” do detrator
do Espiritismo não
merecem resposta. (PP.
71 a 81)
36. O Sr. Deschanel,
afirma Kardec,
esforça-se por provar
que o perispírito deve
ser matéria. “Mas é o
que dizemos com todas as
letras”, acentua o
Codificador. (P. 74)
(Continua no próximo
número.)