CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
A senda do
médium
O que vou
comentar aqui
não é pretendido
como mensagem de
pessimismo e
desânimo aos
que, como eu,
trabalham em
parceria com a
Espiritualidade
em prol da
felicidade no
coração das
pessoas; mas
sim, e antes,
aviso de
perseverança e
otimismo, e de
que jamais nos
veremos
apartados do
amparo daqueles
que nos assistem
do invisível,
desde que
saibamos cerrar
defesas, sem
descambar
irreversivelmente
para um estado
depressivo
crônico, toda
vez que a vida
nos colher, a
nós, médiuns,
que possuímos um
tipo de
sensibilidade
"diferente" e
mais exacerbada,
com imprevistos
e com
contrariedades.
A missão daquele
que se
comprometeu,
anteriormente à
reencarnação,
com este tipo de
trabalho
peculiar,
costuma ser
melindrosa, e
cheia de nuances
de molde a
colher em cheio
os próprios
médiuns, em
qualquer
instante em que
se ache
desprevenido. E,
creiam, é mais
do que comum,
por mais
preparado que se
encontre, tendo
em vista os
sobressaltos e o
stress
das múltiplas
tarefas
cotidianas na
vida moderna.
Ocorre que, dado
este mesmo
estado de
turbulência da
fase evolutiva
atual na face do
orbe, o trabalho
do médium
desagrada a
muitos - de
ambos os lados
da vida - e se
faz imperativo
que este se
ponha de guarda
contra as
emissões de
negatividade que
o vão atingir
maciçamente, no
decorrer do seu
desempenho, tão
logo se veja
disposto,
decididamente, a
pôr "mãos à
obra", na grata,
porém séria,
missão de servir
de instrumento,
para que a
Espiritualidade
empenhada no
auxílio ao
avanço evolutivo
dos seres
manifeste sua
palavra de
inestimável
valor.
Hostes do
invisível,
engajadas na
obscuridade
espiritual da
humanidade,
visando à
manutenção do
poder tacanho
que rege a
materialidade
mais grosseira,
se levantam em
massa contra os
que se empenham
neste labor. Com
tanto mais
vantagem em
termos de ação,
exatamente por
agirem do
invisível.
Ora, ocorre que
há médiuns e
médiuns; mais ou
menos imunes à
influência
direta do astral
mais denso,
quanto mais ou
menos se
empenhem em
afinizar suas
próprias
vibrações
espirituais com
a faixa mais
seletiva da
esfera
invisível, por
meio do próprio
burilamento
íntimo, no
esforço contínuo
de realizar e
trilhar na
matéria o
excelso caminho
que tantos
sábios do
passado nos
legaram como
bússola
inigualável, a
exemplo do
próprio Jesus.
Quanto mais se
mantenha o
médium imune a
estes ataques,
pelo sucesso da
sua
compatibilidade
com as áreas
mais seletas da
espiritualidade,
no entanto, mais
se lhe exigirá
cautela: um
estado de alerta
constante para
consigo mesmo,
pois que, muitas
vezes não
alcançando
atingi-lo
diretamente,
pelo preparo
interior de que
dispõe,
combinado com o
amparo e a
defesa dos guias
e dos mentores,
estes irmãos
espirituais
menos felizes
buscarão
acertá-lo "por
tabela", usando
de medidas
paralelas que
alcancem
minar-lhe o
ânimo no
trabalho
realizado;
tentando
enfraquecer-lhe
a fé naquilo que
realiza, e, por
vezes,
comprometer-lhe
a credibilidade
perante sua
própria
consciência e
perante o
próximo.
E como isto se
dá? No uso de
terceiros, como
armas de tiro
indireto.
Na nossa
convivência
diária com uma
enorme variedade
de pessoas,
existem muitos
que pouco se dão
conta destas
coisas, ou que,
se algo
percebem, nem
que
intuitivamente,
não lhe atribuem
o devido peso,
descurando de si
mesmos e da
qualidade de seu
estado
espiritual, e
mantendo, com
isso, portas
abertas a todo
tipo de
influência do
astral por
intermédio de
aborrecimentos
por coisas
menores; ódios;
desavenças;
malícia
descuidada e
chucra;
maledicência, e
todo um cortejo
de estados
íntimos
indesejáveis que
baqueiam
drasticamente a
nossa condição
vibratória,
proporcionando
lamentável
acasalamento de
energias com
estes seres da
invisibilidade
que, assim,
encontram
situação ideal
para usarem um
sem-número de
criaturas
desavisadas como
"massa de
manobra", a fim
de atingirem
aqueles que,
mais despertos,
e de antemão
comprometidos
com o serviço de
saneamento
evolutivo do
mundo, oferecem
maior
resistência em
desertar e
mergulhar nas
condições
lamentáveis que
dominam na
atmosfera
espiritual
terrena nos dias
de hoje.
Por isso é tão
comum toda sorte
de reveses e
contratempos se
abaterem sobre
os médiuns
durante a
realização dos
trabalhos de
ordem
espiritual. Mil
escolhos:
desavenças
familiares
graves; doenças
imprevistas;
contratempos
lastimáveis de
ordem
profissional;
empecilhos justo
no momento de se
engatar um novo
projeto
mediúnico, ou um
trabalho de
profilaxia
espiritual em
Casas Espíritas;
um sem-número de
contratempos
inexplicáveis,
mobilizados
contra o médium,
mais das vezes,
justo por
aqueles que se
lhe achem mais
próximos: o
filho que não
compactua com a
atividade
espírita do pai;
o marido
incompreensivo e
difícil; o chefe
do trabalho
intransigente,
imerso na
valorização
doentia das
miudezas
transitórias do
poder. Críticas
inclementes de
onde menos se
contava, e
daqueles de quem
mais esperávamos
compreensão e
empatia; ironias
impiedosas;
palavras
ferinas;
calúnias...
Todo médium
preparado, pois,
sabe, ou deveria
saber, que se
empenhar na
causa
espiritualista,
e na transmissão
das Verdades
eternas, implica
missão delicada
e árdua, e não
em exibição de
fenômenos
espetaculares
que alimentam o
ego e propiciam
apresentações na
televisão.
Como irmã de
causa, e
discorrendo de
cima da própria
experiência, é a
estes, em
especial, que
dirijo este
lembrete. Aos
que me
acompanham de há
algum tempo na
senda escolhida,
seja de qual
vertente
religiosa ou
filosófica
forem; aos
simpatizantes e
estudantes do
assunto que, no
ardor do
entusiasmo do
princípio,
apenas iniciam
um caminho cheio
de felicidade
imperecível, mas
também repleto
de desafios
inevitáveis.