À Maria
Bittencourt Sampaio
Eis-nos, Senhora, a
pobre caravana
Em fervorosas súplicas,
reunida,
Implorando a piedade, a
paz e a vida,
De vossa caridade
soberana.
Fortalecei-nos a alma
dolorida
Na redenção da
iniqüidade humana,
Com o bálsamo da crença
que promana
Das luzes da bondade
esclarecida.
Providência de todos os
aflitos,
Ouvi dos Céus, ditosos e
infinitos,
Nossas sinceras preces
ao Senhor...
Que a nossa caravana da
Verdade
Colabore no Bem da
Humanidade,
Neste banquete místico
do amor.
Sergipano, nascido na
cidade de Laranjeiras,
em 19 de fevereiro de
1834, Bittencourt
Sampaio desencarnou no
Rio de Janeiro em 10 de
outubro de 1895. Foi
político ativo, deputado
por sua província em
duas legislaturas,
presidente do Espírito
Santo, diretor da
Biblioteca Nacional e
jornalista de mérito.
O soneto acima,
psicografado pelo médium
Francisco Cândido
Xavier, integra o livro
Parnaso de
Além-Túmulo.