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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 72 - 7 de Setembro de 2008

PEDRO DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato Grosso do Sul (Brasil)
 

Deus que criou e
deus criado
 

 
Afirmam os grandes pensadores do comportamento humano que uma pessoa quando nasce traz, nas suas intimidades, muitos sentimentos, dentre outros, a fé.  

Quando um grupo se reúne um torno de uma fé, nasce uma filosofia religiosa ou, simplesmente, uma religião. 

Dia atrás, quando terminávamos alhures um seminário sobre Espiritismo, um cidadão espiritualista fez uma pergunta deveras interessante:  

“Por que razão o Brasil é o maior país espírita do mundo e não a França, uma vez que é o país onde nasceu Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, e Paris, o local onde foram lançadas as Obras Básicas da Codificação Espírita"? 

Resposta: o local onde surge uma religião não lhe dá o privilégio do seu monopólio. Haja vista o Cristianismo.  

Jesus Cristo nasceu em Belém de Judá. Cresceu em Nazaré. Divulgou Suas convicções filosóficas em Israel. Apesar disso, até a presente data, o Cristianismo não é visto e aceito com bom grado nesses lugares. Isso para não dizer que é pouco considerado, e seguido por muito menos ainda.  

O local é de somenos importância prática.    

É imperativo raciocinar que todas as religiões sérias, comprometidas com o bem-estar pessoal, familial e social em conseqüência com a evolução fraternal e espiritual da humanidade, têm como epicentro uma Inteligência Superiora que criou o ser humano. No Deísmo se chama Deus.  

Na prática religiosa deísta - cristã, sob quaisquer denominações, o aconselhável é não confundir:  

– Deus que criou os seres humanos, síntese das virtudes amoráveis, aureoladas pelo poder intransferível de criar e “perdoar”, com o deus criado pelo ser humano, recheado dos antagonismos e contradições egoístas, frutos das iniqüidades humanas.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita