– Qual o papel
dos centros
vitais no
intercâmbio
mediúnico?
Raul Teixeira:
Encontramos
os centros
vitais como
sendo
representações
do corpo
psicossomático
ou perispírito,
correspondendo
aos plexos no
corpo físico.
São verdadeiras
subestações
energéticas.
À proporção que
encontramos no
mapa fisiológico
do indivíduo os
diversos
entroncamentos
nervosos, de
vasos, de veias,
temos aí um foco
de expansão de
energia.
O nosso centro
coronário, que é
a porta que se
abre para o
cosmo, é a
“esponja” que
absorve o
influxo de
energia e o
distribui para o
centro cerebral,
para o centro
laríngeo, e,
respectivamente,
para outros
centros que se
distribuem com
maior ou menor
intensidade,
através do
corpo. Sabemos
que tais
energias, antes
de atingir o
corpo físico,
abrigam-se no
corpo
espiritual. Do
mesmo modo como
se tivéssemos
uma grande
cisterna de água
abastecendo uma
cidade, tendo em
cada residência
a nossa
particular,
verificamos no
organismo a
grande
“cisterna” que
absorve as
energias de
maior vulto, que
é o citado
centro
coronário, e as
pequenas
“cisternas” que
vão atendendo às
outras regiões:
o centro
cerebral,
atendendo às
funções
intelectivas do
homem, acionando
as funções da
mente; o centro
laríngeo,
responsável pela
respiração, pela
fala e todas as
funções
importantes do
aparelho
fonador; temos o
centro cardíaco,
que ativa as
emoções, as
emissões do
sentimento do
homem, atuando
sobre o músculo
cardíaco.
Conhecemos o
centro gástrico,
responsável pela
digestão
energética e
naturalmente
achamos aí, no
campo da
mediunidade, uma
contribuição
muito grande,
porque os
médiuns
invigilantes, ou
que estão nas
lides sem o
devido
policiamento,
sem as devidas
defesas, quando
entram em
contato com
atormentados,
sentem as
tradicionais
náuseas,
absorvendo
energias que os
alimentam de
maneira negativa
e provocam
mal-estares de
repercussão no
soma, no corpo
físico; a dor de
cabeça, tão
comum aos
médiuns, são
energias
atingindo o
centro cerebral.
Lembramos,
ainda, o centro
esplênico,
responsável pela
filtragem de
energia, atuando
sobre o baço, do
mesmo modo que
este é
responsável pelo
armazenamento do
sangue, pela
filtragem; e,
achamos o centro
básico ou
genésico, por
onde absorvemos
a energia
provinda dos
minerais, do
solo, o chamado
pelos jogues de
“kundalini” ou
“fogo
serpentino”.
Esses centros
espalhados são
tidos como os
mais
importantes,
mas, ao longo do
corpo, temos
vários outros
centros por onde
as energias
penetram ou por
onde elas são
emitidas. Dessa
forma, os
centros de força
são
distribuidores
de energia ao
longo do corpo
psicossomático
que têm a função
de atender ao
corpo somático.
Identificamos a
correspondência
das veias, das
artérias e dos
vasos no corpo
físico com as
“linhas de
força” do corpo
perispiritual.
Eis porque,
quando recebemos
o passe,
imediatamente,
sentimos
bem-estar, nos
sentimos
envolvidos numa
onda de leveza
que normalmente
provoca-nos
emoção.
Porque as
energias
penetram o
centro coronário
e são
distribuídas por
essas “linhas de
força”, à
semelhança de
qualquer
medicamento,
elas vão atingir
as áreas
carentes. Se
estivermos com
uma problemática
cardíaca, por
exemplo, não
haverá
necessidade de
aplicarmos as
energias sobre o
músculo
cardíaco, porque
em penetrando
nossa intimidade
energética,
aquele centro
lesado vai
absorver a
quantidade, a
parcela de
recursos
fluídicos de que
necessita. Do
mesmo modo, se
temos uma dor na
ponta do pé e
tomamos um
analgésico, que
vai para o
estômago, a dor
na ponta do pé
logo passa.
Então, o nosso
cosmo energético
está, como diz a
Doutrina
Espírita, ligado
célula por
célula ao nosso
corpo somático.
Por isso, os
centros de força
do perispírito
têm seus
correspondentes
materiais nos
plexos do corpo
carnal, ou,
diríamos de
melhor maneira,
os plexos do
corpo carnal são
representantes
materiais, são a
expressão
materializada
dos fulcros
energéticos ou
dos centros de
força, ou,
ainda, dos
centros vitais
do nosso
perispírito.
Do livro
Diretrizes de
Segurança,
de autoria de
Divaldo P.
Franco e José
Raul Teixeira,
publicado pela
Editora Fráter Livros
Espíritas Ltda.,
de Niterói-RJ.