WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Socorrendo
sempre
“... quando
deres algum
banquete,
convida os
pobres, os
aleijados, os
coxos e os
cegos; e serás
bem-aventurado,
porque esses não
têm com que te
retribuir”
(Jesus – Lucas,
XIV).
Precisamos,
urgentemente,
aprender a
servir ao
próximo sem
qualquer
intenção de
receber
reconhecimentos
ou aplausos.
A verdadeira
caridade
consiste em
descobrir o mal
que atormenta os
irmãos do
caminho e sair à
busca de medidas
e soluções que
possam
minorar-lhes o
sofrimento,
deixando de lado
a preocupação em
ser
compreendido,
pois que nem
sempre aquele
que vive
atormentado tem
condições de
entender o bem
que está
recebendo.
Jesus, em sua
notável
sabedoria,
deixou para a
humanidade o
expressivo
ensinamento:
“não saiba a tua
mão esquerda o
que faz a
direita”, numa
evidente
demonstração de
que o bem deve
ser feito no
silêncio, sem
qualquer alarde,
e em outro
momento
sentenciou:
“quando deres um
banquete,
convida os
pobres, os
aleijados...”,
informando que
não devemos
esperar
agradecimento de
ninguém, porque,
acima de tudo,
ser fraterno e
solidário é
obrigação de
todos nós.
E, obviamente, a
caridade não se
reveste
tão-somente do
oferecimento de
prendas
materiais,
apesar do valor
do socorro
ministrado em
forma de
alimento,
remédio, roupas
e outros, mas é
muito mais
abrangente,
envolvendo e
entrelaçando as
criaturas nos
sentimentos do
amor, onde
poderão nascer
inúmeras formas
de amparo e
ajuda mútua, na
educação e
politização do
povo, na criação
de oportunidades
de trabalho, de
estudos e
motivação das
criaturas, no
desenvolvimento
de mecanismos de
promoção humana
e tantas outras
maneiras.
O real exercício
da verdadeira
caridade, aquela
que vem
acompanhada do
desprendimento e
desinteresse
pessoal, não é
tarefa tão fácil
como parece, mas
é empreitada que
exige dedicação,
perseverança e
total afinidade
com os preceitos
evangélicos de
Jesus, pois Ele
mesmo,
conhecendo as
nossas
limitações, não
se esqueceu de
nos orientar,
quando
pronunciou: “os
sãos não
precisam de
médico”. Naquela
valiosa
oportunidade
ensinava que os
“doentes”, via
de regra, são
mal-humorados,
tristes,
revoltados,
agressivos,
impacientes,
rebeldes e
muitas vezes
totalmente
ingratos.
E, em realidade,
“doentes” ainda
somos todos nós
que apresentamos
alguma coisa em
desacordo com a
normalidade
física ou moral.
Existem os
doentes físicos
e os doentes
morais, aqueles
que apresentam
chagas no corpo
e outros que
exibem feridas
comportamentais.
Todos,
indistintamente,
precisamos do
socorro e da
caridade alheia,
pois, sem
benevolência,
indulgência e
perdão, a
humanidade
continuará
atolada no
abismo do
sofrimento e da
dor.
Aprendamos,
então, a
socorrer sempre,
doando um pouco
do que temos ao
próximo e,
principalmente,
nos doando em
favor das causas
que têm como
meta o
soerguimento
moral das
coletividades.
Observemos o
nosso potencial,
verifiquemos as
qualidades que
já desenvolvemos
e nos coloquemos
a serviço dos
irmãos de
jornada.
Encontraremos
ingratidão,
descaso,
indiferença e,
possivelmente,
até calúnias,
mas tudo isso
Jesus também
experimentou e,
no entanto,
seguiu sua
tarefa, sem
esmorecimento.
Como cristãos,
façamos o mesmo,
esforcemo-nos o
máximo para
ajudar a plantar
o reino de Deus
na Terra.
Sejamos
caridosos
desinteressadamente.