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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 76 - 5 de Outubro de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Cristianismo e Espiritismo

 Léon Denis

(Parte 13)

Damos continuidade ao estudo do clássico Cristianismo e Espiritismo, de Léon Denis, conforme a 6a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira com base em tradução de Leopoldo Cirne.

Questões preliminares  

A. Segundo Léon Denis, o ensino espírita é progressivo?

R.: Sim. O ensino espírita é progressivo como os próprios Espíritos. Ele se desenvolve e completa à medida que, com a experiência, se efetua o progresso nas duas humanidades, a da Terra e a do espaço. (Cristianismo e Espiritismo, cap. X, p. 213.) 

B. Quais são a função e a natureza do corpo fluídico ou perispírito?

R.: O corpo fluídico é indestrutível. Invólucro inseparável, permanente da alma, é nele que se modelam os órgãos; é ele que lhes assegura o mecanismo funcional. Isento das mutações constantes padecidas pelo corpo material, é ele, enfim, a sede imperecível da memória. (Obra citada, cap. X, pp. 216 a 218.) 

C. A evolução moral da alma produz alguma modificação no seu corpo espiritual?

R.: Sim. O corpo fluídico purifica-se e se eteriza com os progressos da alma. O poder de irradiação dos Espíritos e a extensão de suas percepções são sempre proporcionais ao grau de sua elevação. À medida que a moralidade se desenvolve, novas condições físicas se produzem no corpo fluídico; os pensamentos e os atos do indivíduo reagem sobre o seu invólucro e o tornam mais denso ou mais sutil. (Obra citada, cap. X, pp. 218 e 219.) 

Texto para leitura

170. O moderno Espiritualismo, porém, não dogmatiza nem se imobiliza, e nenhuma pretensão tem à infalibilidade. O ensino espírita é progressivo como os próprios Espíritos. Ele se desenvolve e completa à medida que, com a experiência, se efetua o progresso nas duas humanidades, a da Terra e a do espaço. (P. 213)

171. O Espiritismo tem um lado inteiramente científico. Repousa sobre provas palpáveis, sobre fatos incontestáveis, mas são principalmente as suas conseqüências morais que interessam à grande maioria dos homens. (P. 215)

172. A Doutrina dos Espíritos pode resumir-se em 3 pontos essenciais: a natureza do ser, os seus destinos, as leis superiores do Universo. Evidentemente, para nós o estudo mais necessário é o de nós mesmos, é saber o que somos. (P. 215)

173. Como já dissemos, o homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; o outro, fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível. (P. 216)

174.  O corpo fluídico é indestrutível, mas purifica-se e se eteriza com os progressos da alma, de que é invólucro inseparável, permanente. É nele que se modelam os órgãos; é ele que lhes assegura o mecanismo funcional. Isento das mutações constantes padecidas pelo corpo material, é ele a sede imperecível da memória. (P. 216)

175. A ciência oficial tem o dever de estudar as fontes profundas da vida; enquanto limitar suas observações ao corpo físico, a Fisiologia e a Medicina permanecerão, até certo ponto, impotentes e estéreis. (P. 217)

176. As experiências comprovaram o ensino dado pelas mensagens de além-túmulo de que o poder de irradiação dos Espíritos e a extensão de suas percepções são sempre proporcionais ao grau de sua elevação (P. 218)

177. A pureza, a transparência do invólucro fluídico são, no espaço, o testemunho irrefragável do valor da alma: a rarefação dos seus elementos constitutivos, a amplitude de suas vibrações aumentam com essa purificação. À medida que a moralidade se desenvolve, novas condições físicas se produzem no corpo fluídico; os pensamentos e os atos do indivíduo reagem sobre o seu invólucro e o tornam mais denso ou mais sutil. (P. 218)

178. O estudo perseverante, a prática do bem, o cumprimento do dever são outros tantos fatores que facilitam a ascensão da alma e aumentam o campo das sensações e a soma dos gozos. Mediante prolongado adestramento moral e intelectual, mediante existências meritórias, aspirações generosas e grandes sacrifícios, a irradiação do Espírito se dilata gradualmente; ativam-se as vibrações perispirituais; seu brilho se torna mais vivo; diminui a densidade do invólucro. (P. 218) (Continua na próxima edição.) 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita