– Basta ao
médium
freqüentar as
reuniões para
resolver seus
problemas?
Raul Teixeira:
A
questão de
resolver
problema se
torna relativa.
Os problemas
que o médium
resolve no
trabalho
dedicado à
Doutrina
Espírita são de
ordem moral,
porque ele passa
a entender por
que sofre, passa
a compreender
por que enfrenta
dificuldades na
família, na
saúde, mas isto
não quer dizer
que a
mediunidade
seria o suporte,
o apoio para que
ele possa
vencer, vitoriar
a etapa de
lutas. Aí
percebemos que,
se estivermos
pensando nestes
tipos de
problemas
físicos, a
mediunidade não
vai conseguir
alijá-los do
médium. Mas, não
somente aí vamos
achar a
necessidade do
médium, pois
deverá ser
levado ao
trabalho de
assistência aos
que precisam, à
renovação
através dos
estudos
continuados, à
participação
efetiva, ao ato
da caridade,
que, conforme
nos diz um
Espírito
Benfeitor, terá
que iniciar-se
pelo dever,
tornando-se um
hábito, até que
isso se lhe
penetre na alma
em nome do amor,
para que se
torne um médium
sério, sensível,
e não um médium
que apenas
freqüenta a
reunião, recebe
seu guia,
seu
espiritozinho
e depois volta
para casa, sem
ligar para o
sofrimento da
humanidade (não
é da humanidade
do Vietnã, do
Camboja), a
humanidade da
sua rua, do seu
bairro, dessa
gente que sofre
e que geme à
volta de todos
nós.
Vemos tantos
médiuns
preocupados em
ouvir o gemido
dos espíritos
desencarnados e
não ouvem os
gemidos dos
encarnados.
Temos outros
ansiosos por ver
espíritos, sem
notarem os que
sofrem à sua
volta; vários
desejosos de
materializar
entidades, sem a
preocupação de
espiritualizar-se.
Então, para o
médium será
importante que
ele se ajuste à
dinâmica da
Doutrina
Espírita, no
trabalho da
caridade, no
esforço da
renovação, sua e
daqueles que o
cercam.
Do livro
Diretrizes de
Segurança,
de autoria de
Divaldo P.
Franco e José
Raul Teixeira,
publicado pela
Editora Fráter Livros
Espíritas Ltda.,
de Niterói-RJ.