WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Fraternidade
“Sê o anjo da
fraternidade
para os que te
seguem dominados
de aflição,
ignorância e
padecimento”.
(Emmanuel, “Fonte
Viva”, item
73, psicografia
de Francisco C.
Xavier.)
A criatura, na
Terra, sempre
estará numa
posição
intermediária,
entre aqueles
que conseguiram
maior equilíbrio
e os que ainda
trilham pelos
caminhos de
sofrimentos mais
intensos.
Para aqueles que
padecem mais que
nós, podemos nos
transformar em
anjos da
fraternidade,
bastando para
isso procurar
identificar em
nosso íntimo o
que já temos de
bom para
oferecer-lhes. E
sempre existirá,
em nossos
corações, algo
que podemos
ceder aos mais
necessitados.
A caridade, em
sua extensão,
nos permite
socorrer os
irmãos do
caminho das
formas mais
criativas e
diferentes,
precisamos
apenas usar da
boa vontade e do
forte desejo de
servir.
A mãe
desesperada
diante da fome
dos filhos
necessitará de
um pouco de
alimento para
conseguir
serenidade e
motivação para
continuar
lutando por dias
melhores.
O pai
desempregado
precisará de
alguém que o
ajude a obter
uma ocupação,
onde poderá
conseguir o
sustento da sua
família com
dignidade,
mantendo assim a
esperança de uma
vida mais
equilibrada.
O jovem que se
comprometeu,
pelas estradas
ilusórias dos
tóxicos, espera
que mãos amigas
lhe direcionem o
destino, visando
conseguir novas
oportunidades de
soerguimento e
direção.
A criança sem
lar ou aquela
que vive na
indiferença
aguarda a
presença de
corações amigos
que possam lhe
apontar rumos e
diretrizes.
O homem que
cometeu crimes e
desatinos no
meio social,
depois da
reeducação feita
pela justiça,
tem extrema
necessidade de
reintegração no
contexto da
sociedade.
O familiar de
trato difícil,
embora os
transtornos que
causa, não passa
de um doente à
espera de um
melhor
amadurecimento
interior.
O patrão déspota
ou o empregado
desatento são
criaturas que
ainda não
entenderam o
valor da
humildade e da
responsabilidade,
que devem morar
em nosso âmago.
O analfabeto ou
aquele que não
teve a
oportunidade de
maiores
esclarecimentos
acadêmicos
aguarda pelas
instruções que
poderão
abrir-lhe a
visão e o
entendimento.
Portanto,
observando
atentamente o
quadro social em
que vivemos, não
será nada
difícil
identificar o
quanto podemos
fazer para que o
mundo, aos
poucos, se
transforme na
direção do
equilíbrio e
serenidade que
todos queremos.
Conforme ensina
a sabedoria do
Espírito
Emmanuel, na
frase anotada
acima, podemos
nos transformar
no anjo da
fraternidade
para os que
seguem dominados
de aflição,
ignorância e
padecimento.
Não esperemos
muito para nos
lançarmos a
cooperar pela
implantação de
uma sociedade
mais justa e
humana. A tarefa
é de todos. É um
engano acreditar
que tal
empreitada seja
atribuição
exclusiva da
administração
pública.
Se não pudermos
muito, façamos o
pouco possível,
mas não deixemos
de ser o anjo da
fraternidade,
para os que
sofrem mais do
que nós.
Pensemos
nisso.