Texto para leitura
187. Graças à doutrina
dos Espíritos, o homem
compreende, finalmente,
o objetivo da
existência; nela vê um
meio de educação e
reparação; cessa de
maldizer o destino e
acusar Deus. (P. 239)
188. Todos reconhecem a
necessidade de uma
educação moral,
suscetível de regenerar
a sociedade. Por muito
tempo acreditou-se ter
sido bastante difundir a
instrução; mas a
instrução, sem o ensino
moral, é impotente e
estéril. É preciso,
antes de tudo, fazer da
criança um homem; não
basta desenvolver a
inteligência, é
necessário formar o
caráter, fortalecer a
alma. (P. 240)
189. Conhecidas as
condições da vida
futura, o objetivo da
existência se define. O
homem compreende,
então, que não veio a
este mundo para
desfrutar prazeres
frívolos, satisfazer
pueris e fúteis
ambições, mas para
desenvolver as suas
faculdades superiores,
corrigir defeitos, pôr
em prática tudo o que
pode contribuir para a
sua elevação. (P. 241)
190. O ensino espírita
nos mostra que a vida é
combate pela luz e que a
luta e as provas só hão
de cessar com a
conquista do bem moral.
Esse pensamento
retempera as almas e
prepara-as para as ações
nobres e os grandes
empreendimentos. (P.
241)
191. Por isso a
influência moralizadora
do Espiritismo penetra
pouco a pouco nos mais
diversos lugares, dos
mais cultos aos mais
degradados e obscuros; o
depoimento dos forçados
de Tarragona comprova
isso. (P. 241)
192. Graças aos
conselhos dos Espíritos,
muitos hábitos viciosos
têm sido coibidos e a
paz se restabeleceu em
muitos lares
perturbados. Ele
preservou também do
suicídio grande número
de desesperados,
restituindo-lhes a
coragem. (PP. 242 e 243)
193. A ação salutar do
Espiritismo não se
exerce unicamente entre
os homens; estende-se
também aos habitantes do
espaço, a quem podemos
consolar e esclarecer,
arrancando-os ao mal, ao
ódio e ao desespero. (P.
244)
194. Há nisso um dever
imperioso: o dever do
homem de bem, que o
Espiritismo eleva à
dignidade de educador e
guia dos Espíritos
ignorantes ou perversos.
É, ao mesmo tempo, o
mais seguro meio de
sanear fluidicamente a
atmosfera da Terra. É
nesse intuito que todo
círculo espírita
consagra parte de suas
sessões à instrução e
moralização desses
Espíritos. (PP. 244 e
245)
195. Os Espíritos
elevados, em virtude da
natureza sutil do seu
perispírito, encontram
muito mais dificuldade
do que os homens em
comunicar com esses
Espíritos, em razão da
diferença de afinidade.
Eis então a importância
desse trabalho. (P. 245)
196. Como a Igreja havia
interditado toda relação
entre os homens e os
Espíritos, os
desencarnados retidos
por seus fluidos
grosseiros na atmosfera
terrestre, em permanente
contato com os homens
acessíveis à sua
influência, não visavam
senão um fim: fazer os
homens compartilharem
das torturas que
acreditavam sofrer. Foi
por isso que durante
toda a Idade Média
viram-se multiplicar os
casos de obsessão e
possessão. (PP. 245 e
246)
197. Em lugar de
procurar congraçá-los
por meio de preces, a
Igreja não teve para
eles senão anátemas e
maldições: ela não
procede senão por
exorcismos, recurso
impotente, cujo único
resultado é irritar os
maus Espíritos. (P. 246)
198. A Igreja entendia
também que nenhum
sentimento de piedade e
caridade subsistia no
coração dos crentes e
dos bem-aventurados a
respeito dos que
tivessem sido seus pais,
parentes e companheiros
na existência terrena.
(P. 247)
199. Essa doutrina
monstruosa, partilhada
por S. Tomás de Aquino e
S. Bernardo, difere de
tudo que é ensinado pelo
Espiritismo, que exerce,
como se vê, benéfica
influência na Terra e no
espaço. (PP. 247 e 248)
(Continua na próxima
edição.)