Meditando
Miriam C. Fontanezzi
Segna
Ao fitar a noite com sua
magnitude,
Do povoado céu de luzes
estelares,
Ou do cinzento e escuro
anoitecer.
Meus olhos vêem estrelas
infindáveis
E ao mesmo tempo um
vazio sem fim
Como se eu fosse uma
semente
Abandonada no jardim.
Em minha mente vejo com
curiosidade
A vastidão do espaço
infinito
E vejo a pequenez que em
mim se funde.
Mas na noite ou no dia
mais brilhante,
Nada seria tão
interessante
Não fosse eu essa
semente tosca.
Porque em meu bojo
carrego a força,
Força maior que o Pai me
deu.
Sou semente do amor de
Deus,
Que me criou para a
eternidade
Embora milênios fossem
precisos
Para eu em fim
desabrochar.
Sou semente.
Carrego em mim o que
preciso
Para aprender e evoluir
E agradeço ao nosso Pai
Porque só Ele me fez
assim.
Poema classificado em 2º
lugar no concurso
“Sementes de Amor”,
promovido pela USE Vila
Maria, de São Paulo
(SP), em 2005.