CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
De que são
feitos
os
sonhos...
(1)
Há um capítulo,
num dos nossos
livros
psicografados (Elysium,
Uma História de
Amor Entre Almas
Gêmeas – Lúmen
Editorial),
exatamente com
este título.
Trata exatamente
disso: do que
são feitos os
sonhos; só que
de uma
perspectiva
espiritual. A do
nosso
desprendimento
noturno durante
o período do
sono. Daquele
momento de
desafogo
experimentado
por todo
reencarnado ao
deixar no leito
a roupagem
exausta das
atividades do
dia para se
entreter com a
continuidade das
realizações mais
gratificantes,
conferidoras da
liberdade mais
ampla, quais as
que efetuamos
quando destes
retornos
periódicos ao
nosso mundo
maior.
Lembro-me de
que, não faz
muito tempo,
durante os
exercícios de
meditação
anteriores ao
sono, mentalizei
firmemente a
vontade de me
avistar, durante
o
desprendimento,
com este que é o
meu Mentor das
esferas
invisíveis.
Atravessava um
período de certa
ansiedade
relacionada aos
meus projetos de
vida, que me
constrangia a
esta necessidade
irreprimível.
Elevei
intensamente o
pensamento a
Jesus, nossa
Autoridade
espiritual
maior, e a ele,
Caio Fábio
Quinto, rogando
me
proporcionassem
este grande
reconforto.
Gostaria de me
recordar, no
retorno ao meu
corpo físico.
Enfatizei,
contudo, guardar
entendimento de
que eles, mais
do que eu,
conheciam as
possibilidades
reais de tal
tentame, e que
portanto me
submeteria às
suas diretrizes.
Nada obstante
minha vontade
sincera de que
tal se
realizasse,
saberia
compreender se
nada
acontecesse,
entendendo que
fatores outros,
de ordem
espiritual,
facilitam ou
dificultam a
concretização
destas coisas,
já que as
eventuais
peculiaridades
de ordem
fluídica,
vibratória, e a
barreira natural
do cérebro
físico nem
sempre permitem
o acesso livre e
desobstruído à
visualização
fiel daquilo que
se dá durante as
nossas incursões
noturnas pelas
paragens
invisíveis.
Foi maravilhoso!
Não seria a
primeira vez que
com ele me
avistava por
este método, de
vez que outros
encontros se
deram desta
forma, nítidos e
inconfundíveis
demais para que
se os tomasse
pelos sonhos
comuns.
Caio me aparece
sempre, nestas
ocasiões, com a
mesma aparência
que me permite
identificá-lo,
fielmente, e em
situações e
lugares
maravilhosos,
transmissores de
uma paz
espiritual
indescritível!
Pois ainda desta
vez, não se sabe
em mobilizando
quais recursos
para atender-me
ao apelo, o
bondoso e
querido mentor
não me
decepcionou:
despertei de
chofre, com a
lembrança nítida
do nosso
encontro, e do
diálogo que
mantivemos.
Recordava
claramente de
que o me ver
assim, tão
objetivamente
próxima dele,
como se
conversando com
qualquer amigo
quando desperta,
num ambiente
plenamente
definido, deixou
uma sensação de
estranheza em
relação à sua
pessoa, de
mistura com a
alegria quase
eufórica que
experimentava.
Compreensivo,
ele me abraçou,
explicando: –
Você precisa se
"reacostumar"
com a minha
presença
“física”, minha
querida!
Nada mais
compreensível.
Ele aludia ao
nosso contato,
que, na
contingência
específica desta
minha vida
física, nos
impunha o tempo
todo o elo
mediúnico que
temos comungado,
através da
psicografia, e,
pode-se mesmo
dizer, da
telepatia nítida
em determinados
momentos em que
nos comunicamos
sem o uso da
palavra escrita.
Natural que,
enquanto
mergulhada neste
gênero de
experiência
própria aos
encarnados,
temporariamente
apartada dele
pela convivência
"visual", e
tendo a memória
obscurecida para
as realidades
que nos são
comuns na nossa
pátria
espiritual de
origem, me
causasse
estranheza o
estar de repente
vendo-o de uma
forma tão
incisiva, com
riqueza mesmo de
detalhes da sua
própria
aparência, e
sentindo-lhe o
abraço carinhoso
como qualquer um
dividido com
meus
companheiros de
jornada
reencarnados ao
meu lado, no
momento
presente.
Este relato é
uma ilustração
daquilo que
ocorre com
todos,
freqüentemente,
no período do
desprendimento
pelo sono
noturno, ao qual
deveríamos
dispensar maior
atenção pelo
muito de
vivência útil
que colhemos em
relação às
nossas
realidades
espirituais.
Sem ignorar que,
indubitavelmente,
os sonhos
algumas vezes
contêm uma
amálgama confusa
derivada daquilo
que povoa o
nosso
subconsciente –
preocupações,
medos, anseios
relacionados às
nossas ocupações
cotidianas –,
entretanto, o
inegável é que,
para aquele que
se volta ao
estudo sério e
ao
desenvolvimento
da consciência
desperta, da
atenção ao que
ocorre durante
estes estágios
de libertação do
corpo material,
não se demora
muito a
constatação da
singularidade da
experiência.
Gradativamente,
se faz bastante
claro ao nosso
entendimento o
que é simples
sonho, e o que
não é, ou antes:
o que são antes
as recordações
(distintas do
sonho comum),
embora nem
sempre completas
e nítidas o
suficiente, do
que fizemos
durante o nosso
desdobramento
noturno; quem
encontramos, o
que ouvimos
deles, o que
dissemos, os
lugares
visitados.
Ainda voltarei a
este assunto
oportunamente,
com outras
ilustrações das
maravilhosas
experiências
vividas, que
indubitavelmente
vieram atestar a
realidade, ainda
enquanto aqui
encarnada, dos
seres
espirituais que
somos, tendo à
nossa disposição
um universo de
vida muito mais
vasto do que
transitoriamente
supomos,
enquanto
mergulhados nos
parâmetros
acanhados do
nosso
aprendizado na
vida física.