A função
evolutiva da dor
Deus em sua infinita
bondade quer que
progridamos
incessantemente a
caminho da luz, e nos
mostra sempre dois
caminhos: o do amor e o
da dor. Quando agimos
com sabedoria e
discernimento, seguimos
o caminho do amor e
colhemos frutos mais
doces, e nosso fardo é
sempre mais suave. Porém
esse ainda não é o
caminho que a maioria de
nós segue, e é aí que
adentramos nas dolorosas
veredas do sofrimento,
por nossa própria
escolha advinda do
livre-arbítrio de que
desfrutamos. Se no mundo
de expiações e provas em
que vivemos é o egoísmo
e o orgulho que imperam,
a dor é método infalível
no nosso aprendizado
terrestre, posto que
esclarece as
consciências endurecidas
por essas más paixões
que atrasam nosso
progresso espiritual.
Para entender o
mecanismo que atua no
burilamento das almas em
evolução na Terra, é
preciso acima de tudo
ter em mente que aqui
estamos para expiar e
ser provados, sobretudo
nas nossas aquisições
morais, sabendo que
nosso mundo, apesar de
fisicamente maravilhoso,
ainda abriga Espíritos
necessitados de duras
lições para o despertar
para o amor. Assim
sendo, quando não
aproveitamos as
benfazejas oportunidades
do amor, eis que a
Soberana Inteligência
que rege o Universo vem
anunciar a dor como
função de equilíbrio e
de justiça, graças à
imprevidência do homem
que insiste em
desrespeitar
permanentemente a Lei de
Deus, que é a Lei do
Amor e da Caridade. Esse
entendimento da função
evolutiva da dor é
absolutamente
indispensável para a
compreensão das misérias
humanas e para que
possamos entender melhor
qual é o objetivo do
nosso estar no mundo e
qual é de fato a
necessidade de passarmos
por dores e sofrimentos,
melhorando sempre após o
aprendizado.
Apesar de todo o avanço
da medicina e da
tecnologia, que vem
aumentar o bem-estar
humano e diminuir as
agruras da existência
física, em vão tentarão
os mais materialistas
proclamarem a tentativa
da eliminação absoluta
da dor, pois que ela
cumpre sua função
educativa na Terra como
“marteladora eterna de
destinos e forjadora de
almas”.
Quantas almas humanas
não são libertas todos
os dias pela infalível
didática da dor, que vem
abalar as consciências
recalcitrantes e chamar
os homens para o
despertar íntimo, no
sentido de se
auto-aprimorarem para
vencer o sofrimento e
buscar novos caminhos
evolutivos na senda do
amor!
A Doutrina Espírita, ao
proclamar a Lei das
vidas sucessivas e a Lei
de causa e efeito,
sempre regidas pelo
livre-arbítrio dos
Espíritos em evolução
eterna, vem enterrar
definitivamente a
monstruosa e sádica
idéia de um Deus
punitivo que castiga
seus filhos pela dor, ao
esclarecer que, se o
homem sofre hoje, não é
em vão, e ele
aproveitará os
benefícios do seu
sofrimento traduzidos em
conquistas evolutivas
absolutamente
imprescindíveis, na
tortuosa e inescapável
escalada evolutiva.