WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français   
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 80 - 2 de Novembro de 2008

VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, São Paulo (Brasil)

Eram reis ou magos?

 
Quase todos os contos revestem-se de acontecimentos e desfechos interessantes e baseados em sentimentos mágicos, místicos ou com cunho moral às vezes profundo, encerrando grandiosas lições.

Muitas das passagens historicamente bíblicas trazem em seu conteúdo complementações extras elaboradas por personagens religiosos de alto prestígio, que introduziram fatos que o tempo absorveu como verdadeiros, como se fizessem, de fato, parte do ocorrido.

O interessante nesses casos é que, quando o episódio narrado não interessa a determinado grupo influente de religiosos, o assunto é simplesmente deixado de lado, como nesta passagem onde o apóstolo João (1, 21), relata o diálogo havido com João Batista, ao ser questionado por sacerdotes e levitas se ele era ou não Elias.  Como ignorar um registro dessa magnitude, quando se pergunta sobre um nome estranho ao do próprio João? Por que falar de Elias se a pessoa perguntada era João?

E quando o Anjo Gabriel anuncia o advento da maternidade a Zacarias, já que se sabia ser Isabel, sua esposa, estéril, acrescido da informação, por parte do próprio mensageiro Divino, que João Batista viria no Espírito e poder de Elias (Lucas, 1, 17), ou seja, prenunciando o retorno de uma Entidade à Terra (falando de Elias, este desencarnara cerca de 700 anos a.C.), envergando a matéria física?

Esses fatos, sem dúvida, são apenas alguns registros que mereceram interesse de poucos, porque a aceitação estaria implícita em reconhecer e admitir o retorno à vida, ou seja, a reencarnação (uso de outro corpo), em substituição à ressurreição (uso do mesmo corpo), como até hoje é entendimento para muitos. Como é necessário o emprego da lógica racional para a perfeita compreensão, muitos ainda relutam.

Porém, o enfoque muda radicalmente quando se trata de passagem nada polêmica, mas, muito pelo contrário, agradável e ricamente contada em detalhes, como é o caso da presença dos “reis magos” que visitaram Jesus recém nascido.

Essa passagem é muito minuciosa. A prodigalidade se faz presente e a riqueza criativa imposta nesse caso vai muito além da informação que se conhece.

Conforme o texto evangélico (Mateus, 1, 1 e 11) que cita apenas “uns magos” e fala que os presentes eram “ouro”, “incenso” e “mirra”, permitindo a suposição que a narrativa oferece a imaginar que poderiam ser três os reis magos.

Os únicos tópicos do Evangelho que tratam desse assunto é em Mateus (conforme acima) e em Lucas, 2, 8-9, e em ambos, não é mencionado rei, monarca ou soberano; fala, isso sim, de “magos”, o que não é a mesma coisa, visto que essa categoria de personagens se enquadrava à época como encantadores, feiticeiros e outras coisas mais do gênero... (Daniel, 5, 11).

Como a mente é criativa, não faltou quem desse asas à fantasiosa imaginação e catalogasse os visitantes não só como reis, mas declinando inclusive seus nomes, como sendo Balthazar, Belchior e Gaspar, já que eram três (!?), chegando a descrevê-los na idade, raça, cor, origem e o que cada um trouxe, além das regiões que representavam.

Como história, é agradável, pois tem bonito enredo enfocando a submissão da realeza perante o Divino – na pessoa do Cristo -, mas como fonte informativa, carece de legitimidade face à frágil origem.


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita