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Cartas |
Ano 2 - N° 82 -
16 de Novembro
de 2008
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Recebemos
nos últimos dias as seguintes mensagens de
nossos leitores:
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De: Jorge Rodrigues Resende (Uberaba, MG)
Sexta-feira, 7 de novembro de 2008, às 14:44:38
Boa tarde.
Gostaria de saber se é necessário o jejum sexual no dia em que se realiza o trabalho de desobsessão no qual participo, assim como a ingestão de carnes e temperos, do que já tenho conhecimento.
Obrigado
Jorge
Resposta do Editor:
Embora a abstinência no dia da reunião mediúnica seja usualmente recomendada por diversos expositores e coordenadores de grupos espíritas, desconhecemos se tal recomendação consta de algum livro. Quanto à ingestão de carnes, a recomendação quanto à sua restrição é clara na obra “Desobsessão”, de André Luiz. |
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De: Adair Lessa
Quarta-feira, 5 de novembro de 2008, às 10:20
Olá, amigos!
Faço parte de uma casa que também estuda a obra "Os
Quatro Evangelhos". Vários espíritas aqui da minha cidade não
aceitam esta obra. Até o momento não vi nada que possa condenar esta
literatura. A própria FEB nos orientou a continuar o estudo.
Gostaria de ouvir a opinião da Equipe do Consolador.
Adair
Resposta do Editor:
As idéias de Roustaing contidas na obra “Os Quatro Evangelhos” foram tratadas nesta revista em diversas oportunidades, o que pode ser aferido pelo leitor consultando as edições 6, 9, 14, 41, 51, 58, 61 e 62.
Reiteramos o que já foi dito anteriormente, isto é, há quatro pontos na referida obra que conflitam com a Doutrina exposta nas obras de Kardec, Denis, Delanne, Emmanuel e André Luiz.
Ei-los:
I. A tese de que a encarnação não é obrigatória, nem mesmo necessária, e só se dá em caso de queda do Espírito. A evolução da criatura humana, após a passagem do princípio inteligente pelos reinos inferiores da criação, ocorreria, segundo Roustaing, em cidades espirituais nas quais o Espírito reveste tão-somente um corpo fluídico – o perispírito. Se o indivíduo apresentar nessa condição algum defeito a ser corrigido (vaidade, inveja etc.), aí sim, por castigo, terá de encarnar. A reencarnação seria uma conseqüência dessa primeira encarnação. O assunto é tratado no volume 1, pp. 317 e 321, no volume 3, p. 91, e no volume 4, p. 292, da 8a edição, de agosto de 1994, publicada pela FEB.
II. Ao ter de encarnar, o Espírito fá-lo-á em um mundo primitivo, encarnando-se aí num corpo rudimentar que viverá, como os animais, do que encontrar no solo. “Não poderíamos compará-los melhor do que a criptógamos carnudos”, diz o livro em seu volume 1, p. 313. Um exemplo conhecido de criptógamo carnudo são as nossas lesmas. O livro de Roustaing está dizendo, portanto, que uma alma humana, depois de viver numa cidade espiritual, encarnará numa forma animal que nem mesmo chegou ao nível dos vertebrados, um ensinamento que reedita a doutrina da metempsicose, rejeitada formalmente pela Doutrina Espírita. O assunto é tratado ainda nas pp. 299 e 312 do volume citado.
III. A encarnação não é necessária e só se dá em caso de queda do Espírito, uma alusão à retrogradação da alma, que o Espiritismo não admite. Os motivos, diz a obra, são diversos e seus resultados, terríveis. “Qualquer que seja a causa da queda, orgulho, inveja ou ateísmo, os que caem, tornando-se por isso Espíritos de trevas, são precipitados nos tenebrosos lugares da encarnação humana, conforme ao grau de culpabilidade, nas condições impostas pela necessidade de expiar e progredir”, eis a lição transmitida na obra em seu volume 1, p. 311.
IV. Afirma Roustaing que Jesus não encarnou para vir à Terra trazer-nos a Boa Nova. Seu corpo teria sido fluídico. Ele fora, assim, um agênere, um Espírito materializado e desse modo se explicariam seu desaparecimento dos 12 aos 30 anos, período do qual ninguém fala, e o sumiço do corpo material nos dias seguintes à crucificação. O assunto é tratado nos quatro volumes da obra, constituindo um dos aspectos mais conhecidos da doutrina roustainguista e, por isso mesmo, o mais criticado.
Allan Kardec examinou em suas obras os quatro assuntos acima focalizados: a necessidade da encarnação do Espírito, que ele apresenta como requisito indispensável à evolução espiritual e ao progresso dos planetas; a metempsicose, que rejeitou expressamente; o princípio da não-retrogradação da alma e a natureza corpórea do corpo de Jesus, ao qual dedicou os itens 64 a 67 do cap. XV de seu livro “A Gênese”. |
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De: Gilberto Pinheiro (Rio de Janeiro, RJ)
Segunda-feira, 10 de novembro de 2008, às 19:12
Ilustres irmãos e irmãs espíritas, boa noite!
Gostaria que me informassem se conhecem algum jornal espírita com o nome DESPERTADOR?
A razão pela qual indago é que uma das minhas matérias, inexplicavelmente, foi parar nesse suposto jornal e recebi e-mail, pedindo-me o meu endereço, para publicar o meu texto. Eu não pedi para publicar nada, uma vez que não conheço o jornal e nunca ouvi falar do mesmo. Ele insiste que tenho que enviar o meu endereço. Ora, não posso enviar endereço para quem não conheço. Ainda mais, pela insistência de um cidadão, que se diz editor deste jornal, dizendo-se conhecido no meio espírita. O nome dele é Leonel Motta.
Ele afirma que conhece os senhores João Nestor Masoti, Merhy Seba, segundo ele, presidente e diretor de Área da FEB. Cita ainda como referência, ou seja, que é conhecido da Rádio Rio de Janeiro e da Rádio Boa Nova de Guarulhos.
Confesso que não conheço esse senhor. Os senhores conhecem este jornal e este senhor que se diz espírita, uma vez que ele diz que o seu jornal tem penetração em todo o Brasil, sendo distribuído para 250 municípios e 30 países?
Se puderem responder-me, agradeço.
Obrigado!
Gilberto Pinheiro
Resposta do Editor:
O jornal “Despertador” é publicado na região metropolitana de São Paulo e foi objeto diversas vezes de análise no programa Observatório Espírita, mantido pela ADE Campinas, o que pode ser aferido acessando-se o site http://www.radioespirita.org.br/observatorio.htm. Eis o endereço eletrônico do mencionado jornal: jornal@despertador.org.br. Quanto ao confrade Leonel Motta, não o conhecemos. |
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De: Maria Inês A. Braga (São Joaquim de Bicas, MG)
Terça-feira, 11 de novembro de 2008, às 23:34
A vida está sempre nos ensinando que devemos retribuir, de imediato, cada palavra e gesto de carinho que recebemos, pois a displicência pode causar danos irreversíveis nos corações daqueles que nos amam.
Tenham todos um bom dia.
Beijos amigos,
Maria Inês |
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De: Francisco Simões (Cabo Frio, RJ)
Segunda-feira, 10 de novembro de 2008, às 18:07
Prezados amigos, li o texto assinado por Karina sobre a necessidade de se saber dizer Não durante nossa vida e gostei demais.
Por isso envio-lhes minha crônica que está no jornal da revista RIO TOTAL, onde sou colunista há 8 anos, sobre o mesmo tema, pautada em fato real presenciado por mim e minha esposa, aqui em Cabo Frio (RJ) na semana passada.
Por favor, leiam. Um abraço amigo do
Francisco Simões
Nota do Editor:
O leitor enviou, anexa à mensagem, a crônica mencionada, na qual, em nota de rodapé, é mencionado que o autor é escritor, poeta, fotógrafo (expositor) e ex-radialista. Ei-la:
Como se forja um mau caráter
Meus amigos, outro dia eu estava na sala de espera de uma médica com quem Marlene se consulta aqui em Cabo Frio. Sala confortável, ar condicionado suficiente para amenizar o calor lá de fora, mas sem excesso.
Aguardávamos ser chamados pela doutora Lourdes naquele ambiente calmo, silencioso, com três atendentes e várias pessoas, algumas para outro médico que atende no mesmo andar.
Posso dizer que estávamos num ambiente seleto... é, estávamos, até que chegou uma senhora com um garoto. Ele devia ter entre 10 e 12 anos. Branco, meio gorducho, calça no meio da canela, do tipo “sou e daí?” A mãe conversava baixo com uma das atendentes. Lena, ao meu lado, lia uma revista.
De repente o tal menino foi até à janela que estava devidamente fechada face ao funcionamento do ar refrigerado. Com os olhos acompanhei os passos, ou a intenção dele. Tentou abrir uma delas e não conseguiu. Cutuquei a Marlene.
Dirigiu-se à seguinte e aí obteve êxito: abriu a janela num visível gesto de má educação enquanto a senhora sua mãe nem se apercebia de nada ou fazia que não era com ela. Não pensem que ele só queria abrir a janela, não, sua falta de educação já planejara algo pior quando foi até lá.
Tinha na mão um copo de plástico e, ato contínuo, acreditem, o pequeno sacripanta o arremessou pela janela, e estávamos no terceiro andar, que corresponde ali, ao quinto, pois há dois andares de garagem. Olhei para Lena e perguntei: “Você viu isso?” Resposta dela: “Prefiro nem comentar.”
Uma outra senhora que estava ao nosso lado percebeu tudo, olhou-nos também com ares de quem reprovava aquilo, mas nada disse. Antes de continuar gostaria de apresentar-lhes a definição de “sacripanta” que está no dicionário Aurélio: “Diz-se de pessoa desprezível, capaz de quaisquer violências e indignidades.”
Não pensem que eu exagero ao rotular aquele projeto de mau caráter com aquela palavra. Afinal dizia minha avó (como a sua certamente também o disse) é desde pequenino que se torce o pepino.
A mãe do garoto percebeu que o filho ainda por cima deixara a janela aberta, então foi até lá e a fechou, mas fez apenas isso, fechou a janela. Nenhuma palavra dirigida ao garoto nem alguma desculpa aos que ali estavam como nós. Vejam que ao lado do bebedouro há uma grande cesta para copos usados.
Mas, é com atitudes, ou falta de, como a daquela mãe, que se vão forjando os indivíduos que no futuro se mostram violentos ao volante, agressivos na mais simples discussão de trânsito, que avançarão sinais vermelhos e dirigirão na contra-mão, pois regras e leis não foram feitas para ele.
Acreditem, crianças desacostumadas de ouvir um sonoro NÃO (psicólogos à parte) ou que nunca foram contrariadas em suas intenções, mesmo que desrespeitosas a alguém, são as que acabam agredindo professores em sala de aula ou na rua, que amanhã batem até nos próprios pais e nos colegas, pois jamais lhes puseram freios em suas atitudes.
Quando o dicionário define a pessoa sacripanta como... “capaz de quaisquer violência ou indignidades”, fico imaginando aquele garoto crescendo, se alimentando provavelmente de muitos preconceitos, agredindo semelhantes pela cor da pele ou pela preferência sexual, isto quando não os mate. Acontece todos os dias atualmente aqui e alhures, é só querer ver e saber.
Se já tiver namorada, ela que se cuide, pois pode ser uma das suas próximas vítimas, afinal os exemplos estão aí a se proliferar quase diariamente. Sorte terá a mãe se o mal educado, forjado em casa para não agir respeitando as leis e os seus semelhantes, não cair também nas garras das drogas e carregar para dentro de casa toda a agressividade que ele já esteja praticando na rua.
Como diz a letra daquela antiga canção... “o capeta em forma de guri”... segue um rumo que pode nem nos dar muita esperança de mudança mesmo vindo a ter uma formação universitária, ou “ser alguém”. Na nossa sociedade atual há profissionais liberais, alguns de muito prestígio, não só a praticar crimes já “corriqueiros”, como o da corrupção, mas também outros classificados como hediondos.
Até aí parece que vivemos uma era em que a ordem das coisas, atreladas ao bom senso e à justiça, estão a se inverter completamente. A sociedade esbraveja cada dia com menos vigor, como estivesse a se dar por vencida. Afinal eles são resguardados, ainda que criminosos, pela tal “prisão especial”, quando chegam a ser presos, ou pela salvaguarda absurda do “criminoso primário”!! Talvez a lei considere, sei lá, que o primeiro crime compensa, daí...
Desculpem, podem discordar de mim à vontade, mas por favor, não me decepcionem mais ainda apoiando o que condeno acima. Nosso mundo atual começa a desmoronar justo naquele copo atirado pela janela por um garoto mal educado, e por tantos outros copos, latas e garrafas jogados pelas janelas de automóveis em nossas estradas. Só não vê quem não quer.
De repente me ocorre que hoje ele atira um copo, porém quem sabe no futuro atire o próprio filho! Sem problemas, se não teve mãe ou pai para lhe dizer NÃO um dia, com certeza agora terá dois ou três competentes advogados a tentar provar sua improvável inocência. E de repente até o conseguem.
Pois é, amigos, apresentei-lhes através de um aparente “fato comum”, verdadeiro, testemunhado por mim e outras pessoas, uma provável receita de como se forja um mau caráter. Se você é pai e se orgulha do seu filho, confio que esteja a par de todas as suas preferências e procedimentos, dentro e fora de casa. Ajude então a mudar este quadro triste e assustador que está aí. Confio em você. (Francisco Simões)
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