A. De que modo os
espíritas descobriram a
existência do
perispírito?
R.: Foi pela observação
que os espíritas
descobriram a existência
do perispírito, uma
conclusão a que já
haviam chegado os
magnetizadores,
valendo-se de outros
métodos. Segundo Billot,
Deleuze e Cahagnet, a
alma conserva, após a
morte, uma forma
corporal que a
identifica, observação
confirmada pelos médiuns
videntes. (A Alma é
Imortal, pág. 14.)
B. Onde se encontram
arquivadas as leis
organogênicas pelas
quais o corpo físico se
forma e se mantém
enquanto vivo?
R.: No corpo espiritual,
ou perispírito. O
organismo fluídico
contém todas as leis
organogênicas pelas
quais o corpo se forma,
o que explica como a
forma típica de um
indivíduo pode manter-se
durante a vida toda, sem
embargo da renovação
incessante de todas as
partes do corpo
material. (Obra
citada, pág. 16.)
C. Sob que forma o corpo
espiritual se apresenta
nos seres desencarnados?
R.: O corpo espiritual
reproduz, quase sempre,
o tipo que o Espírito
apresentava na sua
última encarnação.
Provavelmente é a essa
semelhança que se devem
as primeiras noções
acerca da imortalidade.
(Obra citada, pág.
18.)
Texto para leitura
1. A ciência espírita
prova que a alma não é
uma entidade ideal, uma
substância imaterial sem
extensão, mas sim que é
provida de um corpo
sutil, onde se registram
os fenômenos da vida
mental e a que foi dado
o nome de perispírito. O
“eu” pensante é
inteiramente distinto do
seu envoltório, mas
Espírito e perispírito
são inseparáveis um do
outro. (Obra citada,
pág. 12)
2. Foi pela observação
que os espíritas
descobriram a existência
do perispírito. Aliás,
os magnetizadores já
haviam chegado à mesma
conclusão, valendo-se de
outros métodos. Assim é
que, segundo Billot,
Deleuze e Cahagnet, a
alma conserva, após a
morte, uma forma
corporal que a
identifica, observação
confirmada pelos médiuns
videntes. (Pág. 14)
3. As narrativas dos
sonâmbulos e dos
videntes têm grande
valor, mas não nos dão
uma prova material. Eis
por que os espíritas
fizeram todos os
esforços por obter a
prova inatacável e o
conseguiram: as
fotografias de Espíritos
desencarnados, as
impressões por estes
deixadas em substâncias
moles ou friáveis, e as
moldagens de formas
perispirituais. (Pág.
14)
4. Esse caminho foi
aberto pelos fenômenos
de desdobramento do ser
humano, denominados por
vezes de bicorporeidade
Há no momento mais de
dois mil fatos, bem
verificados de aparições
de vivos, mas os
pesquisadores não se
limitaram a observá-los
e chegaram a
reproduzi-los
experimentalmente.
(Pág. 15)
5. Descobriu-se, por
fim, que o organismo
fluídico contém todas as
leis organogênicas pelas
quais o corpo se forma,
o que explica como a
forma típica de um
indivíduo pode manter-se
durante a vida toda, sem
embargo da renovação
incessante de todas as
partes do corpo
material. (Pág. 16)
6. A natureza íntima da
alma ainda nos é
desconhecida. Quando
dizemos que ela é
imaterial, devemos
entender essa expressão
em sentido relativo e
não absoluto, porquanto
a imaterialidade
completa seria o nada.
Ora, a alma ou o
espírito é alguma coisa
que pensa, sente e quer.
Assim, quando a
qualificamos de
imaterial, queremos
dizer que sua essência
difere tanto do que
conhecemos fisicamente,
que nenhuma analogia
guarda ela com a
matéria. (Pág. 17)
7. O corpo espiritual
reproduz, quase sempre,
o tipo que o Espírito
apresentava na sua
última encarnação e é
provavelmente a essa
semelhança que se devem
as primeiras noções
acerca da imortalidade.
(Pág. 18)
8. Em todas as partes do
globo, mesmo entre os
indígenas, a
sobrevivência do ser
pensante é unanimemente
afirmada. Remontando aos
mais antigos testemunhos
que possuímos - isto é,
aos hinos do Rigveda
- vemos que os
homens que viviam nas
faldas do Himalaia, no
Sapta Sindhu, tinham
intuições claras sobre o
além da morte. (Pág.
19)
9. As modernas
experiências sobre os
Espíritos que se deixam
fotografar ou se
materializam mostram que
o perispírito é uma
realidade física, tão
inegável como o corpo
material. Ora, era essa
a crença dos antigos
habitantes da margem do
Nilo e constitui fato
digno de nota que, no
alvorecer de todas as
civilizações, topemos
com crenças
fundamentalmente
semelhantes. (N.R.
Esta obra surgiu logo
após A Evolução
Anímica, que é de
1895.) (Pág. 21)
10. No Egito, antes
mesmo das primeiras
dinastias históricas,
surgiu a idéia de que
somente “uma parte do
homem” ia viver segunda
vida. Não era uma alma,
era um corpo, diferente
do primeiro, mas
proveniente deste,
embora mais leve, menos
material. Esse corpo,
quase invisível, saído
do primeiro corpo
mumificado, estava
sujeito também a todos
os reclamos da
existência: era preciso
alojá-lo, nutri-lo,
vesti-lo. Sua forma, no
outro mundo, reproduzia
- pela semelhança - o
primeiro corpo. É o
ka, o duplo, ao
qual, no antigo Império
- 5004 a 3064 a.C. -, se
prestava o culto aos
mortos. (Pág. 22)
(Continua no próximo
número.)