Estudando o Bem
e o Mal
Para que sejamos
intérpretes
genuínos do bem,
não basta
desculpar o mal.
É imprescindível
nos
despreocupemos
dele, em sentido
absoluto,
relegando-o à
condição de
efêmero
acessório do
triunfo real das
Leis que nos
regem.
*
Evitando
comentários
complexos em
nosso culto à
simplicidade,
recorramos à
natureza.
*
Vejamos, por
exemplo, o apelo
vivo da fonte.
Quantas vezes
terá sido
injuriada a água
que hoje nos
serve à mesa?
Do manancial ao
vaso limpo,
difícil
trajetória
cumulou-a de
vicissitudes e
provações.
O leito duro de
pedra e areia...
A baba venenosa
dos répteis...
O insulto dos
animais de
grande porte...
O enxurro dos
temporais...
Os detritos que
lhe foram
arrojados ao
seio...
*
A fonte,
entretanto,
caminhou
despretensiosa,
sem demorar-se
em qualquer
consideração aos
sarcasmos da
senda, até
surpreender-nos,
diligente e
pura, aceitando
o filtro que lhe
apura as
condições, a fim
de que nos
assegure
saciedade e
conforto.
*
Segundo
observamos, na
lição
aparentemente
infantil, o
ribeiro não
somente olvidou
as ofensas que
lhe foram
precipitadas à
face.
Movimentou-se,
avançou,
humilhou-se
para auxiliar e
perdoou
infinitamente,
sem
imobilizar-se um
minuto, porque a
imobilidade para
ele
constituiria
adesão ao
charco, no qual,
ao invés de
servir,
converter-se-ia
tão-só em
veículo de
corrupção.
E por isso que o
ensinamento
cristão da
caridade envolve
o completo
esquecimento de
todo mal.
*
"Que a vossa mão
esquerda ignore
o bem praticado
pela direita."
Semelhantes
palavras do
Senhor
induzem-nos a
jornadear na
Terra, exaltando
o bem, por todos
os meios ao
nosso alcance,
com integral
despreocupação
de tudo o que
represente
vaidade nossa ou
incompreensão
dos outros, de
vez que em
qualquer boa
dádiva somente a
Deus se atribui
a procedência.
*
Procurando a
nossa posição de
servidores fiéis
da regeneração
do mundo, a
começar de nós
mesmos, pela
renovação dos
nossos hábitos e
impulsos,
olvidemos a
sombra e
busquemos a luz,
cada dia,
conscientes de
que qualquer
pausa mais longa
na apreciação
dos quadros
menos dignos que
ainda nos cercam
será nossa
provável indução
ao
estacionamento
indeterminado no
cárcere do
desequilíbrio e
do sofrimento.
Do livro
Mediunidade e
Sintonia,
cap. 12,
de Emmanuel,
psicografado
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
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