A Revue Spirite
de 1862
Allan
Kardec
(3a
Parte)
Damos seqüência ao
estudo da Revue
Spirite
correspondente ao ano de
1862. O texto condensado
do volume citado será
aqui apresentado em 16
partes, com base na
tradução de Júlio Abreu
Filho publicada pela
EDICEL.
Questões preliminares
A. O que é que os
Espíritos diziam em 1862
acerca da reencarnação?
Segundo Kardec, em
comentário a respeito da
não-aceitação da
doutrina da reencarnação
na América, os Espíritos
sempre disseram que no
futuro seria
estabelecida a unidade
sobre esse como sobre
outros pontos. E era
isso que já começava a
ocorrer no continente
americano. (Revue
Spirite de 1862, p. 48.)
B. Como os Espíritos
definem a Fé?
Numa mensagem sobre esse
tema, o Espírito de
Georges, ex-bispo de
Périgueux, diz que a Fé
é a irmã mais velha da
Esperança e da Caridade,
e seu objetivo é erguer
o mundo, sendo o
Espiritismo a alavanca
que deverá ajudá-la. A
Fé sem obras, diz ele, é
um semblante de fé,
porque a verdadeira Fé é
vida e ação. (Obra
citada, p. 54.)
C. Que disse Adolfo,
ex-bispo de Argel, a
respeito da Caridade?
Disse ele que a Caridade
conhece todos os
infortúnios, todas as
dores e todas as
aflições. Ela é a mãe
dos órfãos, a filha dos
velhos, a protetora das
viúvas. Cura as chagas
infectas; trata de todos
os doentes; veste,
alimenta e abriga os que
nada têm, mas socorre
também os ricos.
(Obra citada, p. 56.)
Texto para leitura
25. C.
Dombre, de Marmande,
assina na Revue
uma fábula espírita
intitulada “O Vento”, na
qual diz o poeta que o
Espiritismo, como a
árvore que, sacudida
pelo vento, espalha suas
sementes por toda parte,
espalha também, batido
pelo vento da
incredulidade, as
sementes do amor e do
saber austero... (P. 46)
26. Kardec, escrevendo
sobre a aceitação da
doutrina da reencarnação
na América, informa que
os Espíritos sempre
disseram que mais tarde
seria estabelecida a
unidade sobre este, como
sobre outros pontos. E
era o que já começava a
ocorrer no continente
americano. A propósito
disso, o Codificador diz
que tal crença não lhe
pertence, pois foi
ensinada pelos Espíritos
a outras pessoas, antes
mesmo da publicação d’
O Livro dos Espíritos.
(P. 48)
27. A
Revue diz que os
médiuns americanos, no
caso de manifestações
físicas, superam em
número e força os da
Europa, e sua reputação
é muito grande,
sobretudo depois dos
fenômenos atribuídos ao
Sr. Home. Os abusos por
causa disso têm sido
inúmeros, visto que,
anunciando-se como
médiuns americanos, os
charlatães, como o Sr.
Squire, aproveitavam-se
da situação para
explorar os incautos. A
Revue
reporta-se, assim, a um
prospecto referente à
presença em Paris do
casal Eddwards e Julia
Girroodd, apresentados
como médiuns
americanos. (PP. 48
e 49)
28. O prospecto citado
prometia divertimentos e
números de ilusionismo,
mas Eddwards Girroodd
era, na realidade,
Edouard Girod,
procedente não da
América, mas de
Saint-Flour, Cantal,
França. (PP. 49 a 51)
29. A
Revue notícia a
ajuda financeira enviada
pela Sociedade Espírita
de Paris aos pobres da
cidade de Lyon,
transcrevendo, em
seguida, uma mensagem de
Cárita, que foi, na
Terra, Santa Irene, a
Imperatriz. (P. 52)
30. Cárita agradece o
gesto, sobretudo porque
a boa ação foi
disfarçada sob a capa do
anonimato. “A caridade é
suave e merece que se a
pratique”, diz Cárita,
lembrando que “pouca
coisa é necessária para
transformar lágrimas em
alegria, sobretudo em
casa do trabalhador que
não está habituado a
felicidade visitá-lo com
freqüência”. (PP. 52 e
53)
31. Em mensagem sobre a
Fé, o Espírito de
Georges, ex-bispo de
Périgueux, diz que a Fé
é a irmã mais velha da
Esperança e da Caridade,
e seu objetivo é erguer
o mundo, sendo o
Espiritismo a alavanca
que deverá ajudá-la. A
Fé sem obras, diz
Georges, é um semblante
de fé, porque a
verdadeira Fé é vida e
ação. (P. 54)
32. Dissertando sobre a
Caridade, o Espírito de
Adolfo, ex-bispo de
Argel, diz que a
Caridade conhece todos
os infortúnios, todas as
dores e todas as
aflições. É a mãe dos
órfãos, a filha dos
velhos, a protetora das
viúvas. Cura as chagas
infectas; trata de todos
os doentes; veste,
alimenta e abriga os que
nada têm, mas socorre
também os ricos. (P. 56)
33. Lázaro assevera que
o esquecimento das
injúrias é a perfeição
da alma, como o perdão
das feridas feitas à
verdade é a perfeição do
Espírito. E Jesus é,
nesse sentido, para
todos nós, o modelo a
ser seguido. (P. 57)
34. Comentando mensagem
de Lázaro, Kardec diz
que há duas espécies de
instintos: o animal e o
moral. O primeiro é
orgânico e é dado a
todos os seres. O
segundo -- propensão
para fazer o bem ou o
mal -- é privilégio do
homem. (P. 59)
35. Em mensagem dada em
Paris, o Espírito de
Lamennais ensina que as
várias ações meritórias
para o Espírito após a
morte são,
principalmente, as do
coração, mais que as da
inteligência. (P. 60)
(Continua
no próximo número.)