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Estudando as obras de Kardec
Ano 2 - N° 82 - 16 de Novembro de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1862

Allan Kardec 

(3a Parte)

Damos seqüência ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1862. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. O que é que os Espíritos diziam em 1862 acerca da reencarnação?

Segundo Kardec, em comentário a respeito da não-aceitação da doutrina da reencarnação na América, os Espíritos sempre disseram que no futuro seria estabelecida a unidade sobre esse como sobre outros pontos. E era isso que já começava a ocorrer no continente americano. (Revue Spirite de 1862, p. 48.)

B. Como os Espíritos definem a Fé?

Numa mensagem sobre esse tema, o Espírito de Georges, ex-bispo de Périgueux, diz que a Fé é a irmã mais velha da Esperança e da Caridade, e seu objetivo é erguer o mundo, sendo o Espiritismo a alavanca que deverá ajudá-la. A Fé sem obras, diz ele, é um semblante de fé, porque a verdadeira Fé é vida e ação. (Obra citada, p. 54.)

C. Que disse Adolfo, ex-bispo de Argel, a respeito da Caridade?

Disse ele que a Caridade conhece todos os infortúnios, todas as dores e todas as aflições. Ela é a mãe dos órfãos, a filha dos velhos, a protetora das viúvas. Cura as chagas infectas; trata de todos os doentes; veste, alimenta e abriga os que nada têm, mas socorre também os ricos. (Obra citada, p. 56.)

Texto para leitura

25. C. Dombre, de Marmande, assina na Revue  uma fábula espírita intitulada “O Vento”, na qual diz o poeta que o Espiritismo, como a árvore que, sacudida pelo vento, espalha suas sementes por toda parte, espalha também, batido pelo vento da incredulidade, as sementes do amor e do saber austero... (P. 46)

26. Kardec, escrevendo sobre a aceitação da doutrina da reencarnação na América, informa que os Espíritos sempre disseram que mais tarde seria estabelecida a unidade sobre este, como sobre outros pontos. E era o que já começava a ocorrer no continente americano. A propósito disso, o Codificador diz que tal crença não lhe pertence, pois foi ensinada pelos Espíritos a outras pessoas, antes mesmo da publicação d’ O Livro dos Espíritos. (P. 48)

27. A Revue  diz que os médiuns americanos, no caso de manifestações físicas, superam em número e força os da Europa, e sua reputação é muito grande, sobretudo depois dos fenômenos atribuídos ao Sr. Home.  Os abusos por causa disso têm sido inúmeros, visto que, anunciando-se como médiuns americanos, os charlatães, como o Sr. Squire, aproveitavam-se da situação para explorar os incautos. A Revue  reporta-se, assim, a um prospecto referente à presença em Paris do casal Eddwards e Julia Girroodd, apresentados como médiuns americanos. (PP. 48 e 49)

28. O prospecto citado prometia divertimentos e números de ilusionismo, mas Eddwards Girroodd era, na realidade, Edouard Girod, procedente não da América, mas de Saint-Flour, Cantal, França. (PP. 49 a 51)

29. A Revue  notícia a ajuda financeira enviada pela Sociedade Espírita de Paris aos pobres da cidade de Lyon, transcrevendo, em seguida, uma mensagem de Cárita, que foi, na Terra, Santa Irene, a Imperatriz. (P. 52)

30. Cárita agradece o gesto, sobretudo porque a boa ação foi disfarçada sob a capa do anonimato. “A caridade é suave e merece que se a pratique”, diz Cárita, lembrando que “pouca coisa é necessária para transformar lágrimas em alegria, sobretudo em casa do trabalhador que não está habituado a felicidade visitá-lo com freqüência”. (PP. 52 e 53)

31. Em mensagem sobre a Fé, o Espírito de Georges, ex-bispo de Périgueux, diz que a Fé é a irmã mais velha da Esperança e da Caridade, e seu objetivo é erguer o mundo, sendo o Espiritismo a alavanca que deverá ajudá-la. A Fé sem obras, diz Georges, é um semblante de fé, porque a verdadeira Fé é vida e ação. (P. 54)

32. Dissertando sobre a Caridade, o Espírito de Adolfo, ex-bispo de Argel, diz que a Caridade conhece todos os infortúnios, todas as dores e todas as aflições. É a mãe dos órfãos, a filha dos velhos, a protetora das viúvas. Cura as chagas infectas; trata de todos os doentes; veste, alimenta e abriga os que nada têm, mas socorre também os ricos. (P. 56)

33. Lázaro assevera que o esquecimento das injúrias é a perfeição da alma, como o perdão das feridas feitas à verdade é a perfeição do Espírito. E Jesus é, nesse sentido, para todos nós, o modelo a ser seguido. (P. 57)

34. Comentando mensagem de Lázaro, Kardec diz que há duas espécies de instintos: o animal e o moral. O primeiro é orgânico e é dado a todos os seres. O segundo -- propensão para fazer o bem ou o mal -- é privilégio do homem. (P. 59)

35. Em mensagem dada em Paris, o Espírito de Lamennais ensina que as várias ações meritórias para o Espírito após a morte são, principalmente, as do coração, mais que as da inteligência. (P. 60) (Continua no próximo número.)  


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita