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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 82 - 16 de Novembro de 2008

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
 

Os pais, os filhos, os exemplos...

 


Sua presença na vida do filho era constante. Todas as tardes apanhava o garoto na escola e saíam para passear, pai e filho, dois grandes amigos. Tranqüilamente nas tardes quentes caminhava com o garoto para o bar mais próximo. Pedia uma cerveja e um guaraná, e ficava assim, por várias horas, jogando truco com os amigos. O filho? Ah! sim, o pequeno sempre a seu lado, observando atentamente os passos do pai.

 

Nos finais de semana também estava sempre ao lado do garoto, ensinando-o, segundo sua concepção as malandragens da vida. Estimulava o filho a utilizar o estilingue para matar pássaros e também a pronunciar palavras chulas quando uma mulher mais bela cruzava seu caminho. Sua presença era constante na vida do filho, não desgrudava do garoto um só segundo. Costumava dizer: “Se alguém na escola ofender você, meu filho, não deixe barato e dê uma lição no abusado!”. “Filho, não leve desaforo para casa!”. “Filho, homem não chora!”. Mas era um pai presente. Tão presente que sempre presenteava o menino com revólveres de brinquedo, revistas masculinas, jogos de vídeogame, onde as brigas existiam às pencas. E seu programa preferido para fazer com o filho era levá-lo às famosas brigas de galo, onde animais eram colocados um contra o outro para medir forças. Era um pai presente e levava constantemente o filho para lanchonetes, a fim de saciar as vontades do garoto em alimentar-se de lanches suculentos e... nada saudáveis. O menino já estava 10 quilos acima do peso por conta das peraltices alimentares. Mas era acima de tudo um pai presente e orgulhava-se disto.

 

A presença paterna ou materna na vida dos filhos é importante, todavia, agregada à presença, é necessário a qualidade na convivência. As crianças assimilam os comportamentos dos adultos, portanto, se crescem à mercê de más influências e de uma postura indisciplinada por parte dos pais, tenderão a assimilar estas atitudes transferindo-as para suas vidas. Filhos que crescem vendo os pais dormirem altas horas da noite, por exemplo, serão inclinados a dormir tarde. Filhos que crescem observando os pais viverem em harmonia serão inclinados a formar famílias harmoniosas, copiando o comportamento de seus pais. Daí a importância de transmitir qualidade às crianças, e qualidade aqui descrita nos seus mais abrangentes aspectos, como convivência com o semelhante, maneira de encarar desafios, forma de lidar com perdas, postura de se portar perante a vida, e assim por diante.


Dia desses, meu garoto chegou da escola com dores no corpo, perguntei o motivo e o menino respondeu-me que as dores eram fruto de alguns socos proferidos pelo colega de classe; no outro dia fiquei sabendo que o menino não agrediu meu filho, apenas copiou o comportamento de seu pai, que nas horas de folga costuma brincar de luta com o garoto. Um exemplo clássico de que devemos ficar atentos ao nosso comportamento diante de nossas crianças.

 

Outro dia também tive a notícia de que a filha de um amigo estava internada. Motivo: anemia. Pudera! A garota tem alimentação completamente desregrada em virtude da vida indisciplinada dos pais.

 

Vejamos então: o que adianta estarmos pertos, próximos e acompanhando o crescimento dos filhos se o fazemos de maneira nociva à sua educação? O tempo deve ter qualidade; e qualidade no tempo de convivência com os filhos equivale a bons exemplos. Nossa responsabilidade como pais é enorme, devemos, pois, nos atentar para nossa postura, pequenas atitudes como mentir na frente dos filhos ou proferir palavras de baixo calão são extremamente perniciosas aos pequenos corações, porquanto, bem o sabemos, é de pequeno que sedimentamos nobres valores na alma humana. Uma questão a ser estudada.

 

Pensemos nisso.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita