CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
O Espiritismo
renovado
Espiritismo
renovado, porém
não adulterado.
Com a sucessão
inexorável dos
dias, cada um
deles inédito, o
espírito humano
vai tomando nova
forma. A
infinidade de
experiências a
que são
submetidas cada
alma
reencarnante
molda
progressivamente
o barro,
impulsionando o
espírito humano,
ainda que muitas
vezes à revelia
de uma percepção
mais clara, a um
entendimento
melhor acerca do
que constitui
os objetivos
mais nobres a
serem alcançados
em nosso orbe
para a sua
melhoria até ao
ponto em que
transcenda
definitivamente
o estágio de
mundo de provas
para o de
regeneração.
Neste contexto,
o trabalho
espírita não
pode, e não
deve, ficar
estanque. Haja
vista que a
própria
Espiritualidade
responsável pela
revelação
monumental da
Codificação nos
deixou rastros
inequívocos a
serem seguidos
rumo a um
conhecimento
maior das
maravilhas da
vida nas esferas
invisíveis,
importa que não
desperdicemos a
colaboração dos
obreiros da hora
que passa, no
seu esforço
bem-intencionado
de
prosseguimento à
divulgação das
realidades
maiores que nos
aguardam.
Sem embargo,
inúmeros deles
vieram com este
fim, de antemão
devidamente
preparados, em
acordo com os
seus mentores
desencarnados e
equipes
espirituais
assistentes;
nada obstante,
em contrapartida
a isso, há uma
tendência
incômoda, de
entremeio ao
labor espírita
atual, de se
questionar com
excessivo rigor
a validade do
trabalho de
novos nomes que
surgem, com
ênfase para o
trabalho
literário do
Espiritismo.
Evoca-se,
amiúde, a
importância de
não se perder de
vista as
diretrizes –
válidas! – do
Controle
Universal de
conteúdo
proposto por
Allan Kardec.
Todavia, com
vistas nesta
orientação,
imprescindível
notar quão
ilógico se
torna, a partir
disso, o
admitirem-se
como idôneas e
dignas de estudo
e de assimilação
tão-somente as
obras da própria
Codificação em
si. Pois a que
ficaria reduzido
um movimento de
tal magnitude e
importância para
o avanço e
esclarecimento
do ser humano,
se emparedado
desta forma
excludente do
esforço de quase
todos os
trabalhadores
que, em ordem
crescente, se
apresentam para
enriquecê-lo e
para acrescentar
informações
vitais que em
boa hora surgem
em consonância
com o preparo
gradativo de que
nos fazemos
portadores para
as verdades de
implicação mais
ampla?!
Temos hoje, no
rastro do
trabalho sublime
iniciado por
intermédio da
missão
refulgente do
nosso saudoso
Chico Xavier,
obras de valia
inqualificável,
tais como os
livros do
Espírito André
Luiz - dado o
seu teor
altamente
elucidativo do
que constitui,
nas suas
minúcias, a
intimidade das
esferas
invisíveis, e do
modo de vida que
a cada um de nós
espera no
sem-número de
estâncias
transitórias,
colônias e
cidades situadas
nas diversas
camadas da
invisibilidade
circundantes do
astral terreno.
Obras preciosas
como as de Vera
Lúcia Marinzek,
Elisa Masseli e
Dario Sandri Jr,
além de
contribuições já
consagradas como
as de Orson
Peter Carrara e
Richard
Simonetti,
nivelam em
qualidade e
inquestionável
importância em
termos de
seriedade e de
idoneidade de
conteúdo, para
todo o sincero
interessado por
informações
confiáveis que
lhe norteiem o
espírito a um
novo e mais
amplo degrau de
consciência, e
isto tanto na
área da
literatura
doutrinária
quanto na dos
romances
espíritas ou
psicografados.
As revelações
espíritas
guardam
intimidade com o
próprio influxo
renovador da
vida, dentro e
fora de nós; o
que por si
rejeita a
asfixia de
qualquer dogma
ou ortodoxia
exagerada,
próxima ao
fanatismo. Ou
correremos o
risco de incidir
em erros
clamorosos
perpetrados
noutras
vertentes
religiosas e
filosóficas do
passado, com
conseqüências
reconhecidamente
funestas para o
progresso do
espírito humano.
Afinal, há
outras formas
sutis de se
queimar,
simbolicamente,
livros em praça
pública!
Não se quer com
isso dizer que
devemos
negligenciar,
adulterar ou
modificar, ao
influxo de
personalismos,
de caprichos ou
conveniências
ligadas às
nossas
limitações
pessoais, os
pilares
imprescindíveis
da Doutrina,
cujos parâmetros
de bom senso são
irrefutáveis.
Qualquer indício
franco de
estultícia,
absurdo
doutrinário ou
fantasia doentia
deve ser
energicamente
refutado em prol
da divulgação de
uma mensagem
lídima, e
portadora em si
mesma da
invulnerabilidade
contra os
ataques dos
maliciosos que,
em sua
totalidade, se
fundamentam no
desconhecimento
e na ignorância
– encontrando,
tão só nisso, a
sua desvalia e
fragilidade!
Todavia, é
preciso lucidez
extrema aliada
ao bom senso
para, no esforço
empenhado de
manutenção da
integridade do
movimento, não
se incorrer em
injustiças e em
unilateralidade
de visão para
com companheiros
de labor
sinceros e
idôneos, que
principiam a sua
trajetória ao
lado dos mais
experientes -
com isso
atirando fora,
desavisadamente,
como cascalho
inútil, as
pérolas de
insuspeitado
valor,
descartadas
muitas vezes em
função de se
verem
simplesmente
despidas de
consagração e de
renome no
reconhecimento
popular.
Pensemos que se
assim fora, o
próprio
Cristianismo
nascente se
veria alijado de
continuidade nos
desdobramentos
preciosos de sua
missão como
indelével farol
de amor através
dos séculos, se,
à conta de seus
louváveis
continuadores,
se considerasse
somente como
tais aqueles
primeiros
discípulos e
evangelistas,
descartando-se
vultos que
vieram depois,
como Paulo de
Tarso, Francisco
de Assis e
tantos outros
que, ainda nos
nossos dias,
reencarnam com o
compromisso
incansável de
não deixar
esmorecer o
ideal maior de
luz, de paz e de
harmonia,
concebido por
Jesus para a
melhoria
definitiva dos
rumos e
objetivos da
vida humana.