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Ano 2 - N° 83 - 23 de Novembro de 2008

WASHINGTON L. N. FERNANDES
washingtonfernandes@terra.com.br
São Paulo - SP (Brasil)

A psicografia do médium Divaldo Franco e suas possíveis explicações (2)

O ex-deputado e jornalista Mendes Ribeiro, que foi conhecido colunista do jornal Zero Hora, de Porto Alegre (RS), deu, perante um auditório lotado, impressionante testemunho da
mediunidade de Divaldo Franco

 

Para exemplificar o que dissemos no artigo anterior (1), sobre as explicações que se apresentam para justificar as mensagens e os livros atribuídos aos Espíritos e que os incrédulos recorrem a hipóteses animistas, do inconsciente, subconsciente, telepatia etc., trazemos um testemunho impressionante envolvendo um reconhecido homem público, no qual ele próprio prestou um depoimento em público em 1991, na cidade de Farroupilha (RS). O fato está registrado em vídeo, agora em DVD.

Estamos falando de um dos mais conceituados jornalistas do Rio Grande do Sul de todos os tempos, que foi o radialista e colunista do jornal Zero Hora, o ex-deputado Dr. Jorge Alberto Beck Mendes Ribeiro (foto). (2)

Perante um auditório lotado, num ginásio onde estavam presentes mais de três mil pessoas, na apresentação do orador da noite, que era o médium Divaldo Franco, o Dr. Mendes Ribeiro fez um espontâneo e incrível depoimento sobre a mediunidade de Divaldo Franco, o qual precisa ser registrado nos anais da mediunidade e da psicografia.

Mendes Ribeiro narrou que quando ele esteve  de  passagem  por  Salvador (ele

residia então em Porto Alegre-RS), juntamente com sua esposa Marlene, em visita ao Centro Espírita Caminho da Redenção (fundado por Divaldo em 1947) e à Mansão do Caminho (obra social-educacional de Divaldo, fundada por ele em 1952), Mendes Ribeiro pediu permissão a Divaldo para conhecer e participar de uma reunião mediúnica lá praticada, na qual se faz doutrinação dos Espíritos necessitados. Acompanhou com interesse toda a reunião mediúnica (estas reuniões mediúnicas são realizadas por Divaldo duas vezes por semana, desde 1947, reuniões que ocorrem com ou sem a presença de Divaldo, já que ele tem a agenda repleta de viagens, palestras e entrevistas).

Qual não foi a surpresa de Mendes Ribeiro por ele receber uma mensagem nessa reunião mediúnica, psicografada pelo médium Divaldo, endereçada a ele mesmo, Mendes Ribeiro!  

Na mensagem o Espírito informou seu nome, a data do seu falecimento e o local em que seu corpo foi sepultado 

A mensagem que lhe foi inesperadamente dirigida deixou-o atônito, porque era firmada por um Espírito de que nem ele nem sua esposa, nem Divaldo e ninguém presente na reunião mediúnica jamais tinham ouvido falar.

Se fosse só isso, o fato já chamaria a atenção e demandaria muitas pesquisas e reflexões. Mas o curioso é que na mensagem o Espírito informou não somente o seu nome, mas também a data de seu nascimento e morte na última encarnação (ele havia desencarnado sessenta anos antes). Além disso, informou o cemitério em que fora enterrado em Porto Alegre (RS), o número da tumba, o número de um processo judicial relacionado à sua morte, que estava em andamento havia vinte anos (possivelmente referente ao seu inventário e seus cabíveis incidentes processuais).

Como se não bastasse tudo isso, que já é mais que extraordinário, o Espírito deu a descrição, os nomes e muitos detalhes relacionados especificamente aos seus familiares!

Perguntamos como explicar um fato como esse? Como foi possível ao médium transmitir tantas informações, absolutamente particulares, que nem que estivessem presentes pessoas muito próximas da própria família do Espírito comunicante, seria possível lembrar de todas elas, anteriores fazia sessenta anos? Para saber de todas as informações, e se pretendesse defender hipóteses do inconsciente, telepatia etc., precisariam estar presentes simultaneamente o advogado que cuida do processo do inventário, a viúva, os filhos, os irmãos, os amigos, com avantajada memória!!

Lembrando do conteúdo de nosso último artigo, abordando as justificativas animistas (inconsciente e subconsciente) que em geral se apresentam para tentar explicar fatos como esse, neste caso é absolutamente impossível tentar recorrer a tais explicações porque ninguém presente na reunião mediúnica conhecia ou sequer jamais tinha ouvido falar nesta pessoa.  

O fato revelado pelo Espírito e comprovado por meio de pesquisa contribuiu para dar convicção espírita
ao grande jornalista
 

Vamos transcrever trechos do depoimento dado pelo próprio Mendes Ribeiro, que melhor expressam o acontecimento:

“Conto-lhes, como repórter e jornalista que sou, uma experiência que tive na Mansão do Caminho. Lembro que tive a ventura de ver psicografada por Divaldo P. Franco uma mensagem a mim dirigida. Assinava a mensagem o Coronel Francisco Dornelles, pessoa da qual eu nunca tinha ouvido falar. Francisco Lopes de Almeida era seu nome completo, e na mensagem havia menção do número do túmulo onde estava enterrado seu corpo e o nome do cemitério, Cemitério da Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre. Repórter (fiz questão de assim me apresentar hoje aqui), no dia seguinte telefonei a Porto Alegre e pedi a um colega que fosse até o Cemitério indicado e verificasse se no túmulo mencionado estavam os restos mortais de quem assinava a mensagem. Recebi a resposta, que o túmulo não está no Cemitério da Santa Casa e sim no cemitério São Miguel e, antes que eu redargüisse, meu colega Sergio Lima, nome do colega repórter, disse-me: Mendes Ribeiro, há um detalhe, este túmulo efetivamente pertencia ao Cemitério Santa Casa mas a irmandade São Miguel comprou a nesga de terra na qual foi erguido o túmulo em apreço. Hoje, pertence ao Cemitério São Miguel, mas na época da morte, tal como contido na mensagem, pertencia ao cemitério da Santa Casa. Não ficou por ai a coincidência para os descrentes. Estava descrito com minudência quem era quem, quem eram as pessoas da família e, sobretudo, um número que era exatamente o número do processo que deveria ser consultado para pôr um fim a uma lide jurídica que se arrastava havia mais de vinte anos. É o meu testemunho, sobre a palavra e a verdade deste incansável pregador do Bem, que eu tenho a suprema honra de apresentar esta noite, como se apresentá-lo fosse preciso: Divaldo Pereira Franco.”

Estamos trazendo somente um exemplo do tipo de casos em que fica impossível recorrer a hipóteses psicológicas ou psicanalíticas para explicar o ocorrido. Assim como esse caso, existem centenas de outros semelhantes, na história mediúnica e psicográfica envolvendo o médium Divaldo Franco, como também muitos outros médiuns.

Este tipo de fato merece registro porque muito contribuiu para dar convicção espírita a este grande jornalista e também vale para qualquer um como uma comprovação da mediunidade. Da mesma forma interessou e interessa para qualquer pessoa que quer melhor compreender e estudar os fenômenos paranormais. Faz igualmente refletir sobre os laços e os nexos espirituais que existem entre os Espíritos, que muitas vezes podem escapar totalmente à compreensão terrena. 

Notas: 

(1) O primeiro artigo desta série sobre a mediunidade psicográfica de Divaldo Franco foi publicado na edição 69, de 17/8/2008, desta revista.  

(2) Jorge Alberto Beck Mendes Ribeiro, nascido em 14/7/1929, foi advogado, professor e jornalista. Exerceu também os mandatos de vereador em Porto Alegre, em 1963 e 1964; deputado estadual em 1962 e 1963 e deputado federal em duas legislaturas, em 1987-1991 e 1991-1995. No jornalismo começou sua carreira na Rádio Gaúcha, em 1951. Seu estilo logo foi ganhando espaço e levando-o a evoluir na profissão. Suas narrações esportivas marcaram época, em um momento em que a Rádio Guaíba, fundada por ele após ter saído da Gaúcha, foi uma das precursoras na transmissão de copas do mundo, tendo por exemplo transmitido a primeira conquista brasileira, em 1958, na Suécia. Após sua volta para a Gaúcha em 1963, Mendes Ribeiro foi o primeiro apresentador do programa Atualidade, transmitindo-o direto de Brasília, na época em que era deputado federal. Enquanto apresentava o programa, participava também do Jornal do Almoço e escrevia crônicas no jornal Zero Hora. Mendes Ribeiro faleceu em julho de 1999, dias antes de completar 70 anos.

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita