WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Educar
a criança
“Lembremo-nos
da nutrição
espiritual dos
meninos, através
das nossas
atitudes e
exemplos, avisos
e correções, em
tempo oportuno...”
(Emmanuel,
Fonte Viva,
psicografia de
Francisco C.
Xavier, item
157.)
No contexto em
que vivemos é
comum a confusão
que se faz
quanto a educar
e instruir as
crianças.
Instruir é
oferecer ciência
aos “pequenos”,
dar-lhes
ensinamento
acadêmico,
cultural,
exercitando o
intelecto, isso
pode ser feito
pela escola,
grupos sociais,
família, no
entanto, educar
significa formar
caráter, tarefa
prioritária da
família. Uma
criatura
instruída pode
não ser educada,
enquanto uma
pessoa educada
certamente será
também
instruída, pois
que acolheu em
seu âmago os
requisitos
imprescindíveis
para a boa
convivência
social.
Da imperiosa
tarefa da
educação
infantil não
podemos, de
forma alguma,
apresentar nossa
omissão, pois a
despreocupação
quanto à
formação do
caráter dos
nossos filhos
abre caminhos
para a derrocada
moral deles, com
conseqüência
danosa e
imprevisível
para nós mesmos,
uma vez que os
meninos de hoje
comandarão os
destinos da
sociedade nos
dias do porvir.
Daí a
necessidade da
nossa atenção
para com a
prole. Em
momentos tão
desafiadores
como os atuais,
onde as crianças
recebem uma
quantidade
imensa de
informações
diariamente,
devemos saber,
com clareza,
como conduzi-las
para que se
tornem homens de
bem.
Por exercitarem
a mente com
grande
intensidade,
devido às
escolas que
freqüentam em
tenra idade,
pelos recursos
da computação,
diante do grau
de escolaridade
dos pais, hoje
mais avançados
que ontem,
frente aos
aparelhos de
televisão que
colocam o mundo
dentro de cada
lar, nossos
filhos possuem
uma notável
capacidade de
raciocínio e
aprendizado.
Se não
preenchermos a
vida deles com
material digno,
sublime e de boa
qualidade, sem
dúvida, pela
avidez que
apresentam no
campo mental,
encontrarão
espaço para
absorverem o que
é nocivo,
imprestável e
inútil.
Nós conseguimos
ajudar nossos
rebentos na
busca de trilhos
seguros quando
sabemos dar
exemplos
notáveis de
decência,
honradez,
dignidade,
trabalho e
respeito para
com os direitos
do próximo,
mostrando
equilíbrio em
nossas ações e
sensibilidade em
nossos
comportamentos.
As palavras
ensinam,
informam, ajudam
na educação, mas
os exemplos
arrastam e
convencem. Daí a
necessidade de
refletir
maduramente no
conteúdo dos
exemplos que
estamos deixando
à mostra.
Não será
possível educar
uma criança com
discursos
inflamados se
nossa conduta de
vida reflete o
inverso do que
falamos.
Se desejamos que
nossos filhos
sejam honestos,
que vivamos com
honestidade. Se
pretendemos que
respeitem os
direitos
alheios, que
sejamos
respeitadores.
Se queremos que
gostem de
trabalhar, que
ensinemos isso a
eles
trabalhando. Se
almejamos que
sejam fraternos
e solidários,
que vivamos
demonstrando
sensibilidade
para com os
problemas dos
irmãos do
caminho.
Se parte da
infância e da
juventude de
hoje vem
apresentando
comportamento em
desalinho,
certamente é
porque os
referenciais que
conheceram e
estão conhecendo
não são dos mais
dignos. Na
verdade projetam
para o meio
social aquilo
que estão
observando.
Nota-se uma
grande
preocupação em
vestir bem a
criança, cuidar
satisfatoriamente
de sua saúde,
apresentar-lhe
opções de lazer,
isso, obviamente
é louvável, mas,
paralelamente,
imperioso se
torna a formação
do caráter dela,
para que saiba
se posicionar no
contexto social
em que vive.
A tarefa da
educação é a
formação de
homens de bem.
Importante,
então, que
analisemos se
estamos
oferecendo aos
nossos
“pequenos” um
rumo seguro para
que formem uma
sociedade mais
justa, fraterna
e humana, nos
dias futuros.