A união da alma com
o corpo começa na
concepção
1. As encarnações e
desencarnações são
fases importantes e
necessárias, que se
alternam por uma
imensidade de vezes
na escalada
evolutiva do
Espírito. Do mesmo
modo que, para o
Espírito, a morte do
corpo físico é uma
espécie de
renascimento, a
reencarnação é uma
espécie de morte,
melhor dizendo, de
exílio, de clausura.
Ele deixa o mundo
dos Espíritos pelo
mundo corporal, como
o homem deixa este
mundo por aquele.
2. A
união da alma com o
corpo, ensina o
Espiritismo, tem
início na concepção,
mas só se completa
no nascimento. O
invólucro fluídico é
que liga o Espírito
ao gérmen. Essa
união vai-se
adensando e
tornando-se mais
íntima, de momento a
momento, até que se
completa quando a
criança vem à luz.
3. No período
intercorrente, da
concepção ao
nascimento, a ação
da força vital faz
com que diminua o
movimento vibratório
do perispírito, até
o momento em que,
não atingindo o
mínimo perceptível,
o Espírito fica
quase totalmente
inconsciente. É
dessa diminuição de
amplitude do
movimento fluídico,
diz Gabriel Delanne,
que resulta o
esquecimento.
4. Quando o Espírito
vai encarnar num
corpo humano em via
de formação, um laço
fluídico, que mais
não é do que uma
expansão do seu
perispírito, o liga
ao gérmen, que o
atrai por uma força
irresistível desde o
instante da
concepção. À medida
que o gérmen se
desenvolve, esse
laço se encurta. Sob
a influência do
princípio vital
presente no gérmen,
o perispírito se
une, molécula a
molécula, ao corpo
em formação, como se
o Espírito,
valendo-se do seu
perispírito, se
enraizasse no
gérmen, a exemplo da
planta que se
enraíza no solo.
Quando o gérmen
chega ao seu pleno
desenvolvimento,
está completa a
união, e o ser nasce
então para a vida
exterior.
A reencarnação é um
choque biológico
apreciável
5. A
partir do momento em
que o Espírito é
colhido no laço
fluídico que o
prende ao gérmen,
ele entra em estado
de perturbação que
aumenta à medida que
o laço se aperta,
perdendo o Espírito,
nos últimos
momentos, toda a
consciência de si
próprio, de modo que
jamais presencia o
seu nascimento.
Quando a criança
respira, ele começa
a recobrar as
faculdades, que se
desenvolvem à
proporção que se
formam e consolidam
os órgãos que hão de
lhes servir às
manifestações.
6. André Luiz
relata-nos,
detalhadamente, o
imenso carinho e os
inúmeros cuidados
que o Mundo
Espiritual dedica ao
processo
reencarnatório. Na
obra Entre a
Terra e o Céu, o
ministro Clarêncio,
ao reportar-se à
reencarnação de
Júlio, fornece
informações
interessantes sobre
a redução
perispiritual.
7. Assevera então o
amorável ministro da
colônia “Nosso Lar”:
“A reencarnação,
tanto quanto a
desencarnação, é um
choque biológico dos
mais apreciáveis.
Unido à matriz
geradora do
santuário materno,
em busca de nova
forma, o perispírito
sofre a influência
de fortes correntes
eletromagnéticas,
que lhe impõem a
redução automática”.
“Durante a gravidez
de Zulmira, a mente
de Júlio permanecerá
associada à mente
materna,
influenciando, como
é justo, a formação
do embrião. Todo o
cosmo celular do
novo organismo
estará impregnado
pelas forças do
pensamento enfermiço
de nosso irmão que
regressa ao mundo.
Assim sendo, Júlio
renascerá com as
deficiências de que
ainda é portador,
embora favorecido
pelo material
genético que
recolherá dos pais.”
8. Em outra obra de
André Luiz,
Missionários da Luz,
deparamos também com
preciosas
informações a
respeito da
complexidade do
trabalho realizado
pelo Plano
Espiritual, sempre
que retorna ao mundo
corporal um Espírito
em resgate ou
reajustamento de
tarefas mal
executadas em
existência anterior.
Os processos de
reencarnação diferem
ao infinito
9. Tratando da
programação
reencarnatória de
Segismundo, o
orientador Alexandre
disse a um amigo:
“Já observei o
gráfico referente ao
organismo físico que
o nosso amigo
receberá de futuro,
verificando, de
perto, as imagens da
moléstia do coração
que ele sofrerá na
idade madura, como
conseqüência da
falta cometida no
passado. Segismundo
experimentará
grandes perturbações
dos nervos
cardíacos, mormente
os nervos do tônus”.
“Com exceção do tubo
arterial, na parte a
dilatar-se para o
mecanismo do
coração, tudo irá
muito bem. Todos os
genes poderão ser
localizados com
normalidade
absoluta.”
10. Interessado no
caso Segismundo,
Alexandre aduziu,
reportando-se aos
seus futuros pais:
“Voltaremos a vê-los
no dia da ligação
inicial de
Segismundo à matéria
física. Preciso
cooperar, na
ocasião, com os
nossos amigos
Construtores, aos
quais pedi me
apresentassem os
mapas cromossômicos,
referentemente aos
serviços a serem
encetados”.
11. De acordo com a
obra citada,
Segismundo já se
encontrava então,
desde a semana
anterior, em
processo de ligação
fluídica direta com
os futuros pais. À
medida que se
intensificava
semelhante
aproximação, ele ia
perdendo os pontos
de contato com os
veículos que
consolidou na esfera
espiritual através
da assimilação dos
elementos peculiares
àquele plano. Essa
operação – explicou
Alexandre – era
necessária para que
o perispírito do
reencarnante pudesse
retomar a
plasticidade que lhe
é característica e,
por isso, no estágio
em que ele se
encontrava, o
procedimento
impunha-lhe
sofrimentos.
12. Nem todos,
porém, passam pelos
sofrimentos que
Segismundo
experimentava. Os
processos de
reencarnação, tanto
quanto os da morte
física, diferem ao
infinito, não
existindo, a rigor,
dois absolutamente
iguais. Facilidades
e dificuldades estão
subordinadas a
fatores numerosos,
muitas vezes
relativos ao estado
consciencial dos
próprios
interessados no
regresso à Crosta ou
na libertação do
veículo carnal.
Existem Espíritos de
grande elevação que,
ao voltarem à carne,
em apostolado de
serviço e
iluminação, quase
dispensam o concurso
dos companheiros
dedicados a esse
trabalho na esfera
espiritual.
Respostas às
questões propostas
1. Quando se inicia
a união da alma com
o corpo?
R.: A união da alma
com o corpo tem
início na concepção,
mas só se completa
no nascimento.
2. Qual é o fato, no
período que vai da
concepção ao
nascimento, que
determina o
esquecimento do
passado?
R.: No período
intercorrente que
vai da concepção ao
nascimento, a ação
da força vital faz
com que diminua o
movimento vibratório
do perispírito, até
o momento em que,
não atingindo o
mínimo perceptível,
o Espírito fica
quase totalmente
inconsciente. É
dessa diminuição de
amplitude do
movimento fluídico
que resulta o
esquecimento.
3. Há Espíritos que
assistem ao próprio
velório. Pode algum
Espírito presenciar
o próprio
nascimento?
R.: Não. A partir do
momento em que o
Espírito é colhido
no laço fluídico que
o prende ao gérmen,
ele entra em estado
de perturbação que
aumenta à medida que
o laço se aperta,
perdendo o Espírito,
nos últimos
momentos, toda a
consciência de si
próprio, de modo que
jamais presencia o
seu nascimento.
4. No prelúdio da
reencarnação ocorre
para o reencarnante
alguma espécie de
sofrimento?
R.: Em alguns casos,
sim. Foi o que
ocorreu com
Segismundo quando em
processo de ligação
fluídica direta com
os futuros pais. À
medida que se
intensificava
semelhante
aproximação, ele ia
perdendo os pontos
de contato com os
veículos que
consolidou na esfera
espiritual através
da assimilação dos
elementos peculiares
àquele plano. Essa
operação era
necessária para que
o perispírito do
reencarnante pudesse
retomar a
plasticidade que lhe
é característica e,
por isso, no estágio
em que ele se
encontrava, o
procedimento
impunha-lhe
sofrimentos.
5. Ensina o
Espiritismo que não
existem, a rigor,
dois processos
reencarnatórios
iguais. Que fatores
intervêm nesses
momentos?
R.: Os processos de
reencarnação, tanto
quanto os da morte
física, diferem ao
infinito.
Facilidades e
dificuldades estão
subordinadas a
fatores numerosos,
muitas vezes
relativos ao estado
consciencial dos
próprios
interessados.
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos,
de
Allan Kardec,
questões 339 e 340.
A
Gênese,
de
Allan Kardec,
capítulo XI, itens
18 a 20.
A
Evolução Anímica,
de
Gabriel Delanne,
pág. 192.
Resumo da Doutrina
Espírita,
de
Gustavo Geley, pág.
43.
Entre
a Terra e o Céu,
de
André Luiz,
psicografado por
Chico Xavier, pp.
179 e 183.
Missionários da
Luz,
de
André Luiz,
psicografado por
Chico Xavier, pp.
196, 210, 216 e 218.