A natureza do
perispírito guarda
relação com a
evolução da pessoa
1. O perispírito, ou
corpo fluídico dos
Espíritos, é uma
condensação do
fluido cósmico em
torno da alma. O
corpo físico, ou
carnal, resulta de
uma maior
condensação do mesmo
elemento, fato que o
transforma em
matéria tangível.
2. Embora tenham
origem comum, que é
o fluido cósmico, as
transformações
moleculares são
diferentes nesses
dois corpos,
resultando daí ser o
perispírito etéreo e
imponderável. Ambos
são, portanto,
matéria, mas em
estados diferentes.
Conforme ensina o
ministro Clarêncio,
da colônia
espiritual "Nosso
Lar", o corpo
perispiritual é constituído
à base de princípios
químicos
semelhantes, em suas
propriedades, ao
hidrogênio, a se
expressarem através
de moléculas
significativamente
distanciadas umas
das outras (Entre
a Terra e o Céu,
cap. XXIX).
3. O Espírito forma
seu envoltório
perispirítico com os
fluidos retirados do
ambiente em que
vive. Como a
natureza dos mundos
varia conforme o seu
grau de evolução,
será maior ou menor
a materialidade dos
corpos físicos dos
seus habitantes. O
perispírito guarda
relação, quanto à
sua composição, com
esse grau de
materialidade.
Admitindo-se que um
Espírito emigre da
Terra, aí ficará o
seu envoltório
fluídico, porquanto
o Espírito precisa
tomar um outro
envoltório fluídico
apropriado ao
planeta em que
passará a viver.
4. A
natureza do
envoltório fluídico
guarda sempre
relação com o grau
de adiantamento
moral do Espírito. À
condição moral do
Espírito
corresponde, por
assim dizer, uma
determinada
densidade do
perispírito. Maior
elevação, menor
densidade fluídica.
Maior inferioridade,
maior densidade,
isto é, perispírito
mais grosseiro, com
maior condensação
fluídica. É claro
que, apesar de mais
densos, os
envoltórios
fluídicos mais
grosseiros continuam
imponderáveis.
Cada perispírito tem
uma densidade, um
peso específico
próprio
5. No cap. XIII da
obra acima citada,
Clarêncio assevera
que o veículo
espiritual é, por
excelência, vibrátil
e se modifica
profundamente,
segundo o tipo de
emoção que lhe flui
do âmago. Como
ninguém ignora, em
nosso próprio meio a
máscara física
altera-se na alegria
ou no sofrimento, na
simpatia ou na
aversão. No plano
espiritual,
semelhantes
transformações são
mais rápidas e
exteriorizam
aspectos íntimos do
ser, com facilidade
e segurança, porque
as moléculas do
perispírito giram em
mais alto padrão
vibratório, com
movimentos mais
intensivos que as
moléculas do corpo
carnal.
6. Pode-se, assim,
dentro da
relatividade das
coisas, admitir um
peso específico para
o perispírito. Os de
maior peso
específico chumbam
os Espíritos às
regiões inferiores,
impossibilitando-lhes
o acesso a planos
mais elevados e, por
isso mesmo, o
ingresso em mundos
de maior elevação
espiritual. A
acentuada densidade
do perispírito de
grande número de
Espíritos leva-os a
confundi-lo com o
corpo material que
utilizaram durante
sua última
encarnação. Esse é
um dos motivos que
levam muitos a se
considerarem ainda
encarnados e a
viverem na Terra,
imaginando-se
entregues a
ocupações que lhes
eram habituais.
7. O perispírito dos
Espíritos
superiores, de
reduzido peso
específico,
confere-lhes uma
leveza que lhes
permite viver em
planos mais elevados
e deslocar-se a
outros mundos. Eles
podem,
evidentemente,
descer aos planos
inferiores e, dada a
sutileza do seu
envoltório, não
serão percebidos
pelas entidades
desencarnadas
inferiores.
8. Quando encarnado,
o Espírito mantém o
envoltório
perispirítico,
constituindo o corpo
material um segundo
envoltório, mais
grosseiro,
apropriado ao meio
físico em que vive.
O perispírito serve,
em tal situação, de
intermediário entre
a alma e o corpo. É
o órgão de
transmissão de todas
as sensações, quer
partam do Espírito,
quer venham do
exterior, através do
corpo físico. Devido
ao estado grosseiro
da matéria, os
Espíritos não podem
agir diretamente
sobre ela. Fazem-no,
então, por meio do
seu perispírito. Os
fluidos
perispiríticos
constituem-se, dessa
forma, sob a ação da
vontade, em
verdadeiras
alavancas que lhes
permitem produzir
ruídos, pancadas,
deslocamentos de
objetos etc.
A matéria não
oferece obstáculo
algum ao perispírito
e aos Espíritos
9. Em condições
normais, o
perispírito é
invisível, mas pode
tornar-se visível em
razão das
modificações que
venha a experimentar
pela ação da vontade
do Espírito. Essas
modificações
consistem numa
espécie de
condensação ou em
novos arranjos das
moléculas que o
compõem, mas isso
requer a existência
de certas
circunstâncias que
não dependem apenas
do Espírito. Para
tornar-se visível a
alguém, ele precisa
de permissão, que
nem sempre lhe é
dada.
10. Nas aparições, o
perispírito
apresenta-se
comumente com
aspecto vaporoso e
diáfano. De outras
vezes, tem as formas
delineadas e os
traços bem nítidos,
podendo apresentar a
solidez de um corpo
físico, isto é,
tangível, o que não
o impede de retomar
instantaneamente o
estado normal de
invisibilidade e
intangibilidade.
11. A
matéria – tal como a
conhecemos em nosso
mundo – não oferece
obstáculo algum ao
perispírito, porque
a condição etérea do
corpo espiritual lhe
confere a
propriedade de
penetrabilidade. Ele
atravessa a matéria
como a luz atravessa
os corpos
transparentes. Eis
por que portas e
janelas fechadas não
impedem que ali
penetrem os
Espíritos.
12. Como já foi
dito, é das camadas
de fluidos
espirituais que
envolvem a Terra que
os Espíritos formam
o seu envoltório
perispirítico. Esses
fluidos não são
homogêneos; por
isso, conforme seja
mais ou menos
depurado o Espírito,
seu perispírito se
formará das partes
mais puras ou mais
grosseiras do fluido
peculiar ao planeta
em que vai se
encarnar. Nesse
processo, o Espírito
atrai
automaticamente as
moléculas que se
afinam com o seu
padrão vibratório.
13. Não é, pois,
idêntica a
constituição íntima
do perispírito dos
indivíduos que
povoam a Terra e o
espaço que a
circunda, fato que
não se dá com o
corpo material,
formado pelos mesmos
elementos,
independentemente da
elevação espiritual
das pessoas. O
envoltório
perispirítico dos
Espíritos
modifica-se com o
progresso moral que
eles realizam em
cada existência,
ainda que reencarnem
no mesmo meio.
Assim, os Espíritos
superiores, mesmo
quando reencarnem em
mundos inferiores,
terão perispírito
menos grosseiro do
que o perispírito
dos Espíritos
vinculados, devido
ao seu nível
evolutivo, a esses
mundos.
Respostas às
questões propostas
1. Que é
perispírito?
R.: O perispírito,
ou corpo fluídico
dos Espíritos, é uma
condensação do
fluido cósmico em
torno da alma.
2. De onde os
Espíritos tiram os
elementos que
constituem o seu
perispírito?
R.: O Espírito forma
seu envoltório
perispirítico com os
fluidos retirados do
ambiente em que
vive. Como a
natureza dos mundos
varia conforme seu
grau de evolução, o
perispírito guarda
relação, quanto à
sua composição, com
esse grau de
materialidade.
Admitindo-se que um
Espírito emigre da
Terra, aí ficará seu
envoltório fluídico,
porquanto o Espírito
precisa tomar um
outro envoltório
fluídico apropriado
ao planeta em que
passará a viver.
3. A
natureza do
envoltório fluídico
é idêntica em todas
as pessoas?
R.: Não. A natureza
do envoltório
fluídico guarda
sempre relação com o
grau de adiantamento
moral do Espírito. À
condição moral do
Espírito
corresponde, por
assim dizer, uma
determinada
densidade do
perispírito. Maior
elevação, menor
densidade fluídica.
Maior inferioridade,
maior densidade,
isto é, perispírito
mais grosseiro, com
maior condensação
fluídica.
4. Podemos dizer que
o perispírito possui
um peso específico
próprio?
R.: Sim. Podemos,
dentro da
relatividade das
coisas, admitir um
peso específico para
o perispírito. Os de
maior peso
específico chumbam
os Espíritos às
regiões inferiores,
impossibilitando-lhes
o acesso a planos
mais elevados e, por
isso mesmo, o
ingresso em mundos
de maior elevação
espiritual.
5. A
matéria – tal como a
conhecemos em nosso
mundo – oferece
algum obstáculo ao
perispírito?
R.: Não. A matéria
peculiar ao nosso
plano não oferece
obstáculo algum ao
perispírito, porque
a condição etérea do
corpo espiritual lhe
confere a
propriedade de
penetrabilidade. Ele
atravessa a matéria
como a luz atravessa
os corpos
transparentes. Eis
por que portas e
janelas fechadas não
impedem que ali
penetrem os
Espíritos.
Bibliografia:
A
Gênese,
de Allan Kardec,
itens 7 a 10, pp.
276 a 279.
Obras
Póstumas,
de
Allan Kardec, itens
10 a 16, pp. 45 a
47.
Entre
a Terra e o Céu,
de André Luiz, cap.
XIII e XXIX.