ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
11)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. O livro As
Alucinações Telepáticas,
mencionado por Delanne,
também contém relatos de
aparições de pessoas
falecidas?
R.: Sim, diversos
relatos. Em um deles, a
Sra. Bishop diz que um
índio de nome Mountain
Jim, que ela conhecera
na América, apareceu-lhe
no quarto de um hotel na
Suíça no dia exato em
que seu corpo morrera em
sua aldeia. Ele surgiu
de repente e lhe disse:
“Vim, como prometi”.
Depois, fez um sinal
com a mão e disse:
“Adeus!”. (A Alma é
Imortal, págs. 124 a
129.)
B. Depois de contestar o
argumento de que as
aparições não passariam
de simples alucinações,
Delanne afirma que o
Espiritismo tem direito
ao nome de ciência. Por
quê?
R.: Uma ciência só se
acha verdadeiramente
constituída quando pode
verificar, por meio da
experiência, as
hipóteses que os fatos
lhe sugerem. O
Espiritismo tem direito
ao nome de ciência
porque não se limitou à
simples observação dos
fenômenos naturais que
revelam a existência da
alma, mas empregou todos
os processos para chegar
à demonstração de suas
teorias. O magnetismo e
a ciência pura
serviram-lhe, nesse
sentido, de poderosos
auxiliares. (Obra
citada, págs. 134 e
135.)
C. Que significa o termo
animismo e que é
que a teoria animista
nos permite concluir?
R.: Deu-se a denominação
de animismo à
ação extracorpórea da
alma, porém semelhante
distinção é puramente
nominal, visto que tais
manifestações são sempre
idênticas, quer durante
a vida, quer após a
morte. A alma pode,
pois, não apenas
produzir fenômenos de
transmissão do
pensamento ou de
aparições, mas também
provocar deslocamentos
de objetos materiais que
lhe atestem a presença.
Ora, se a alma humana
tem o poder de agir fora
do seu corpo, lógico é
se admita que dispõe ela
do mesmo poder depois da
morte, se sobrevive
integralmente e se se
põe em comunicação com
um organismo vivo,
análogo ao que possuía
antes de morrer.
(Obra citada, págs. 135
a 138.)
Texto para leitura
112. A obra As
Alucinações Telepáticas
traz relatos de diversas
aparições de pessoas
falecidas, como a
narrada pela sra. Stella
Chieri, da Itália, que
lia um livro junto da
lareira, quando a porta
do recinto se abriu e
Bertie (que morrera
minutos antes) entrou.
Ela se levantou
bruscamente, a fim de
aproximar do fogo uma
poltrona para ele, pois
lhe pareceu que o jovem
estivesse com frio e não
trazia capote, embora na
ocasião nevasse. Depois
que a aparição se desfez
é que a sra. Chieri
ficou sabendo, através
do sr. G..., que Bertie
havia morrido em seu
quarto meia hora antes.
(Págs. 124 e 125)
113. Relato semelhante
foi feito pela sra.
Bishop, em março de
1884. Segundo essa
escritora, um índio de
nome Mountain Jim, que
ela conhecera na
América, apareceu-lhe no
quarto de um hotel na
Suíça no dia exato em
que seu corpo morrera em
sua aldeia. Mountain Jim
surgiu de repente diante
dela e lhe disse:
“Vim, como prometi”.
Depois, fez um sinal com
a mão e disse:
“Adeus!”, fato que
prova que o Espírito
dispõe de um órgão para
produzir sons
articulados e de uma
força para acioná-lo.
(Págs. 127 e 128)
114. Morto na baía de
Hong Kong a 21-8-1869,
em conseqüência de um
ataque de insolação, o
sr. Cox apareceu,
algumas horas depois, no
quarto de seu filho, um
menino de sete anos, em
Devonport (Irlanda), e
logo depois a uma irmã,
sra. Minnie Cox, junto
da lareira da casa. Como
a sra. Cox não sabia de
sua morte, ela ficou
aterrada e cobriu a
cabeça com um lençol,
mas pôde ouvi-lo
nitidamente a chamá-la
pelo nome, o que foi
repetido três vezes.
(Págs. 128 e 129)
115. Delanne transcreve
em seguida um relato
datado de 19-5-1883,
extraído da obra As
Alucinações Telepáticas,
em que se registrou a
aparição de três
Espíritos e, na
seqüência, reproduz um
caso em que o morto
pôde ser visto por
diversas pessoas. Diz
Delanne que, além
desses, a obra citada
apresenta 63 outros
fatos análogos, o que
desmonta a tese da
alucinação, porque é ir
muito longe imaginar que
várias pessoas possam
ser vítimas de uma mesma
ilusão. (Págs. 129 a
133)
116. A negação, para
legitimar-se, diz
Delanne, precisa de
limites, porquanto não
lhe é possível
manter-se, desde que
seja posta em face de
provas experimentais que
atestam a realidade das
manifestações. Em todos
os casos referidos, a
certeza da visão em si
mesma não é contestada.
O que os opugnadores
negam é que seja
objetiva, ou seja, que
se haja produzido
algures, que não no
cérebro do operador ou
dos assistentes.
(Págs. 133 e 134)
117. Uma ciência só se
acha verdadeiramente
constituída quando pode
verificar, por meio da
experiência, as
hipóteses que os fatos
lhe sugerem. O
Espiritismo tem direito
ao nome de ciência,
porque não se limitou à
simples observação dos
fenômenos naturais que
revelam a existência da
alma, mas empregou todos
os processos para chegar
à demonstração de suas
teorias. O magnetismo e
a ciência pura
serviram-lhe, nesse
sentido, de poderosos
auxiliares. (Pág.
135)
118. Os numerosos
exemplos verificados do
desdobramento da alma
mostraram que era
possível reproduzir
experimentalmente esses
fenômenos. Deu-se então
a denominação de
animismo à ação
extracorpórea da alma,
porém semelhante
distinção é puramente
nominal, visto que tais
manifestações são sempre
idênticas, quer durante
a vida, quer após a
morte. A alma pode,
pois, não apenas
produzir fenômenos de
transmissão do
pensamento ou de
aparições, mas também
provocar deslocamentos
de objetos materiais que
lhe atestem a presença.
(Págs. 135 e 136)
119. Ora, se a alma
humana tem o poder de
agir fora do seu corpo,
lógico é se admita que
dispõe ela do mesmo
poder depois da morte,
se sobrevive
integralmente e se se
põe em comunicação com
um organismo vivo,
análogo ao que possuía
antes de morrer.
(Pág. 136)
120. Dito isto, Delanne
relata um fato de
aparição voluntária em
que o agente resolveu,
por moto próprio,
aparecer num quarto em
que dormiam duas pessoas
de suas relações.
Posteriormente, durante
a vigília, ele as
visitou, ocasião em que
a mais velha contou-lhe
tê-lo visto no domingo
anterior, quando ele se
desdobrara e fora à casa
delas. (Págs. 137 e
138)
(Continua no próximo
número.)