A Revue Spirite
de 1862
Allan Kardec
(Parte
13)
Damos seqüência ao
estudo da Revue
Spirite
correspondente ao ano de
1862. O texto condensado
do volume citado será
aqui apresentado em 16
partes, com base na
tradução de Júlio Abreu
Filho publicada pela
EDICEL.
Questões preliminares
A. Que é que o Espírito
de Galileu disse sobre
Deus?
Valendo-se do Sr. Camilo
Flammarion como médium,
Galileu disse que o
primeiro princípio, a
primeira causa é Deus e
que ante este nome
venerado tudo se inclina
e a harpa etérea dos
céus faz vibrar suas
cordas de ouro. (Revue
Spirite de 1862, pp. 280
a 283.)
B. Como Santo Agostinho
encarava o estudo e sua
importância?
Santo Agostinho observou
que para o espírita
fervoroso não há horas
designadas para o
estudo, pois toda a sua
vida não é mais que uma
hora, e ainda muito
curta para o trabalho a
que se dedica: o
desenvolvimento
intelectual das
criaturas humanas.
(Obra citada, p. 283.)
C. Quem foi Apolônio, de
Tiana?
Apolônio, de Tiana,
cidade grega da
Capadócia, na Ásia
Menor, teria nascido,
segundo Kardec, dois ou
três anos antes de Jesus
e morrido aos 96 anos.
Filho de um dos mais
ricos cidadãos de Tiana,
Apolônio seguia os
preceitos ensinados por
Pitágoras e são-lhe
atribuídos, entre outras
coisas, o dom de curar,
a presciência, a visão a
distância, o poder de
ler o pensamento,
expulsar os demônios e
de se transportar, de
súbito, de um lugar a
outro. (Obra citada,
pp. 287 a 298.)
Texto para leitura
135. Convidado a visitar
os grupos de Lyon e
Bordeaux, Kardec diz
aceitar com prazer o
convite. (PP. 273 a 275)
136. Aos espíritas de
Bordeaux, Kardec pede
que não haja banquete,
porquanto ali irá em
caráter pastoral e sua
preferência é que se lhe
dê um acolhimento mais
simples, de acordo com
seus hábitos e seus
princípios. (PP. 275 e
276)
137. “Peregrinações da
alma” e “O Anjo da
guarda” são os títulos
dos poemas transmitidos
por B. Joly e Dulcis,
este último durante
sessão da Sociedade
Espírita Africana. (PP.
277 a 279)
138. Galileu, valendo-se
do Sr. Camilo Flammarion
como médium, transmitiu
três comunicações
enfeixadas sob o título
geral de “Estudos
Uranográficos”.
Kardec informa que as
três constituíam a
iniciação de um jovem
médium. (N.R.: Estas
comunicações formariam,
mais tarde, o cap. VI de
“A Gênese”,
última obra escrita por
Kardec.) (PP. 280 a
283)
139. Eis, resumidamente,
algumas informações
firmadas por Galileu: I
- O primeiro princípio,
a primeira causa é Deus:
ante este nome venerado
tudo se inclina e a
harpa etérea dos céus
faz vibrar as suas
cordas de ouro. II - Diz
o naturalista moderno:
“A natureza é o trono
exterior do poder
divino”. A tal definição
juntarei esta: “A
natureza é o poder
efetivo do Criador”. III
- O espaço é infinito e
assim o digo porque é
impossível opor-lhe
qualquer limite. (PP.
280 a 382)
140. Santo Agostinho
diz, a propósito do
período de férias da
Sociedade Espírita de
Paris, que para o
espírita fervoroso não
há horas designadas para
o estudo, pois toda a
sua vida não é mais que
uma hora, e ainda muito
curta para o trabalho a
que se dedica: o
desenvolvimento
intelectual das
criaturas humanas. (P.
283)
141. Num aviso aos
centros espíritas que
iria visitar, Kardec
pede que sejam
preparadas com
antecedência as
perguntas a serem por
ele respondidas, visto
que durante as reuniões
muitos não sabem o que
perguntar ou se calam
por timidez ou por
dificuldade de formular
seu pensamento. (P. 285)
142. Kardec escreve
sobre Apolônio, de Tiana,
cidade grega da
Capadócia, na Ásia
Menor, onde ele teria
nascido dois ou três
anos antes de Jesus e
morrido aos 96 anos.
Filho de um dos mais
ricos cidadãos de Tiana,
Apolônio seguia os
preceitos ensinados por
Pitágoras e são-lhe
atribuídos, entre outras
coisas, o dom de curar,
a presciência, a visão a
distância, o poder de
ler o pensamento,
expulsar os demônios e
de se transportar, de
súbito, de um lugar a
outro. (PP. 287 a 298)
143. Após rememorar
frases ditas por
Apolônio de Tiana e
alguns fatos de sua
vida, Kardec conclui o
artigo afirmando que o
grande filósofo serviu
de traço de união entre
o paganismo e o
cristianismo e talvez
tenha sido esta a sua
missão em nosso mundo.
(P. 298)
144. A
Revue transcreve
notícia publicada em "Abeille
Agénaise” de
25/5/1862, referente a
um artigo intitulado
Conversas Espíritas,
em que o Sr. Cazenove de
Pradine apresenta um
resumo do Espiritismo e
o classifica como uma
doutrina perversa.
O Sr. Dombre, de
Marmande, escreveu ao
referido jornal,
contestando a crítica,
mas sua carta não foi
publicada, sob a
alegação de que o jornal
não poderia propagar
ditas idéias, a seu ver
essencialmente
perigosas. (PP. 298
a 301)
145. A
Sociedade Espírita de
Paris conferiu o título
de membro honorário
ao Sr. Dombre, de
Marmande, e a outros
confrades que vinham
prestando assinalados e
efetivos serviços à
causa do Espiritismo.
Dombre aceitou,
reconhecido, o título
que lhe foi outorgado e
Kardec lhe prestou, na
seqüência, merecida
homenagem. (PP. 301 a
304)
(Continua
no próximo número.)