WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français   
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 92 - 1º de Fevereiro de 2009

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

 

Tropeços e queixas

“Não recalcitre ante os aguilhões.” Jesus (Atos, 9:5).


Jesus não nos enganou quanto às dificuldades que enfrentaríamos em nossa senda evolutiva. Em diversas ocasiões Ele nos alertou. É bem verdade, também, que incentivou-nos a “perseverar até o fim”.
 

“No mundo tereis aflições”; “Não resistais ao mal”; “E vos acontecerá isto para testemunhos”; são frases de Jesus que encontramos ao compulsar o Evangelho.

Afirma Emmanuel (1): 

“Naturalmente o Mestre não folgará de ver Seus discípulos mergulhados em sofrimentos. Considerando, porém, as necessidades extensas dos homens na Terra, compreende o caráter indispensável das provações e dos obstáculos. 

A pedagogia moderna está repleta de esforços seletivos, de concursos de capacitação, de testes de inteligência. O Evangelho oferece situações semelhantes. 

O amigo do Cristo não deve ser uma criatura sombria, à espera de padecimentos; entretanto, conhecendo a sua posição de trabalho, num plano como a Terra, deve contar com dificuldades de toda sorte. 

Para os gozos falsificados do mundo, o Planeta está cheio de condutores enganados. Como invocar o Salvador para a continuidade de fantasias?    

Quando chamados para o Cristo é para que aprendamos a executar o trabalho em favor da Esfera Maior, sem olvidarmos que o serviço começa em nós mesmos. 

Existem muitos homens de valor cultural que se constituíram em mentores dos que desejam mentirosos regalos no plano físico. No Evangelho, porém, não acontece assim. Quando o Mestre convida alguém ao Seu trabalho, não é para que chore em desalento ou repouse em satisfação ociosa. 

Se o Senhor te chamou, não te esqueças de que já considera-te digno de testemunhar. 

(...) O mau trabalhador está sempre queixoso. Quando não atribui sua falta aos instrumentos em mão, lamenta a chuva, não tolera o calor, amaldiçoa a geada e o vento. Esse é um cego de aproveitamento difícil, porquanto somente enxerga o lado arestoso das situações. 

O bom trabalhador, no entanto, compreende, antes de tudo, o sentido profundo da oportunidade que recebeu; valoriza todos os elementos colocados em seus caminhos, como respeita as possibilidades alheias; não depende das estações; planta com o mesmo entusiasmo as frutas do frio e do calor; é amigo da Natureza, aproveita-lhe as lições, tem bom ânimo, encontra na aspereza da semeadura e no júbilo da colheita igual contentamento... 

Nesse sentido, a lição do Mestre reveste-se de maravilhosa significação. No torvelinho das incompreensões do mundo, não devemos aguardar o Reino do Cristo como realização imediata, mas a oportunidade dos homens é permanente para a colaboração perfeita no Evangelho, a fim de edificá-lo. 

Os cegos de espírito continuarão queixosos; no entanto, os que acordaram para Jesus sabem que sua época de trabalho redentor está pronta, não passou nem está por vir. É o dia de hoje, é o ensejo bendito de servir, em nome do Senhor, aqui e agora...” 

Em absoluta sintonia com Emmanuel, aduz Joanna de Ângelis, através da mediunidade de Divaldo Franco: 

Lenta, mas, sistematicamente, vai-se arraigando na personalidade do homem o hábito infeliz da queixa e da reclamação. 

Insubordinado, em razão da predominância dos próprios instintos agressivos, o indivíduo sempre encontra motivos para apresentar-se insatisfeito. 

Saúde ou doença, trabalho ou desemprego, alegria ou tristeza, calor ou frio, servem-lhe sempre de pretexto para queixar-se, para reclamar... 

Instala-se esse vício, fixando-se no comportamento, que se torna azedo e desagradável, ao tempo em que fomenta distonias íntimas, neuroses, abrindo campo para que se originem diversas enfermidades. 

O queixoso padece de hipertrofia da esperança e do otimismo. Atrai a desdita e sintoniza com amargura, passando a sofrer aquilo de que aparenta desejar libertar-se. Para quem deseja encontrar, nunca faltam motivos de queixas e reclamações. 

Estabelece, no teu cotidiano, o compromisso de solucionar dificuldades, ao invés de gerá-las, ou complicá-las quando se te apresentem. Silencia o queixoso, propondo-lhe fazer o melhor que esteja ao alcance em detrimento do tempo perdido em reclamações. O azedume responde pela idéia malsã de tudo ver de forma negativa, engendrando mecanismo de falso martirológio. O queixoso, normalmente, gosta da indolência e se compraz no pessimismo. 

Põe sol e beleza nas tuas paisagens, passando de uma para outra área de ação sem o fardo do mau humor, efeito de algo desagradável que por acaso tenha-te acontecido na anterior. 

Quem sabe confiar e trabalha, sempre alcança a meta que busca”.

 

Referências:

(1) XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. 26 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, cap. 71 e 73.                                               
 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita