WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
A
mensagem da
humildade
“Não julgueis
que vim destruir
a lei e os
profetas; eu não
vim destruí-los,
mas dar-lhes
cumprimento...”
(Jesus, Mateus,
Capítulo V,
versículo 17)
Há quase dois
milênios a
humanidade
terrestre
atingiu sua
maioridade
espiritual e
Jesus, Ele
mesmo, veio
trazer a
mensagem
generosa do amor
e da
fraternidade. A
Sua proposta de
humildade e
simplicidade
teve seu início
na manjedoura,
como a dizer ao
mundo a
imperiosa
necessidade de
vivermos
despidos do
orgulho e da
ostentação.
Cresceu entre
criaturas
pobres, viveu
num ambiente
ríspido,
enfrentando
todas as
dificuldades
inerentes à
época.
Para o seu
trabalho de
mensageiro
jamais
requisitou
qualquer
privilégio
pessoal, nem
tampouco exigiu
qualquer aparato
exterior.
Espalhou sua boa
palavra nas
praças públicas,
nos locais
simples, sempre
preocupado com o
interior da
criatura
humana.
Falou de
esperanças, da
vida eterna, de
um Pai Amoroso,
Único, Perfeito.
Conclamou todos
ao exercício do
bem, inclusive a
retribuirmos com
o bem todo o mal
que nos fizerem.
Proclamou o
perdão como
forma de
desenvolvermos
boa convivência
com os homens.
Afirmou que,
perante Deus,
somos todos
iguais, quer
sejamos ricos ou
pobres, brancos
ou de cor,
religiosos ou
não. Disse ainda
que cabe aos
mais ricos zelar
pelos mais
pobres, aos mais
fortes amparar
os mais fracos,
aos intelectuais
proteger os
menos cultos.
Sua grande
característica
foi o constante
contato com o
povo, jamais
fugindo daqueles
que o
procuravam. Seus
amigos mais
próximos não
foram os
doutores da
época, apesar da
cultura que o
Mestre portava;
não foram os
afortunados, mas
sim os
sofredores,
aqueles que
jaziam vitimados
por problemas
físicos, morais,
espezinhados
pelas injustiças
e pela opressão
dos poderosos.
Sua palavra
firme encontrou
solo fértil nos
“pequeninos” e
nas viúvas.
Em nenhum lugar
do Evangelho se
encontra
informação que
se vestia a
rigor para fazer
suas pregações,
que usava
acessórios para
impressionar
seus seguidores.
Sua arma era,
sem dúvida, a
própria
mensagem,
repleta de
ensinamento e de
muito amor.
Convencia pela
bondade e pelo
conteúdo do que
dizia; enfim,
eram marcas
patentes do
Mestre: a
simplicidade e a
humildade.
Hoje a Doutrina
Espírita,
codificada por
Allan Kardec,
carrega consigo
o propósito de
restaurar o
Evangelho de
Jesus, deturpado
que fora pelos
interesses
humanos através
dos tempos. É a
Doutrina
Espírita o
Consolador
prometido.
E se nós
espíritas
quisermos seguir
adiante com a
pureza do
cristianismo não
nos esqueçamos
dos exemplos de
Jesus. A obra
que o Nazareno
deixou à
humanidade é a
construção do
homem e não a
suntuosidade dos
templos. Ele
jamais se
preocupou com os
patrimônios da
Terra, mas muito
se dedicou à
edificação da
criatura humana.
E se sua obra
está no mundo há
quase dois mil
anos e ainda não
foi entendida,
significa que
nós ainda não
cuidamos disso.
As Casas
Espíritas devem
imitar Jesus,
cuidar de
instalações
seguras, mais
humildes e
simples, como
humildes e
simples foram
seus exemplos.
Se a tarefa é a
construção de um
homem melhor,
que nos
misturemos com
os simples, com
os sofredores,
com aqueles que
se fazem solo
fértil para as
mudanças. Se a
obra de Jesus
tivesse o
intuito de
começar por
cima, teria sido
informada nas
Universidades e
não numa
manjedoura.
Revelada na
Grécia e não em
Israel. Se
tivesse o desejo
do gigantismo e
da ostentação,
teria sido
confiada a uma
organização
imperial e não à
gente do povo.
Meditemos.