A
PSICOGRAFIA DO
MÉDIUM DIVALDO
FRANCO
(3)
Lições para os
médiuns
e fatos
inéditos
Antes de
iniciarmos uma
análise
estilística e
literária dos
livros e dos
Autores
Espirituais
constantes nas
obras do médium
Divaldo Franco
vale
a pena destacar
muitas
peculiaridades
delas, até hoje
nunca ocorridas
com nenhum outro
médium nestes
cento e
cinquenta anos
da história do
Espiritismo.
Em fins do ano
de 1948 os
Espíritos
passaram a
manifestar-se
por intermédio
de Divaldo
através da
escrita,
transmitindo
várias
mensagens.
Muitos acharam
que seria muita
pretensão para
ele abraçar mais
uma tarefa
mediúnica, ele
que já estava
começando atuar
como médium
orador e
educador. Mas
ele estava a
serviço dos Bons
Espíritos e a
multiplicidade
de dons e a
multiplicação
dos talentos
estão
prenunciadas no
Evangelho.
Divaldo procurou
amigos mais
experientes,
entre os quais
Chico Xavier
(1910-2002),
pedindo
orientação e
consultando
acerca desta
nova missão que
se lhe
apresentava,
recebendo por
escrito, dos
Espíritos,
várias
instruções que
lhe estimularam
a prosseguir
nesta tarefa.
Divaldo passou
então a
disciplinar-se
em mais este dom
mediúnico,
tornando-se um
grande
mensageiro da
imortalidade,
recebendo
mensagens
espirituais de
consolação, e de
vários vultos do
pensamento
universal.
Depois de alguns
anos
psicografando
mensagens, os
Espíritos
orientaram
Divaldo a
queimar as
primeiras
psicografias
porque eram
somente
exercício
mediúnico e só
em 1964
ele publicou o
primeiro livro
psicografado.
Podemos extrair
cinco
importantes
lições para
médiuns
iniciantes,
tomando como
base o admirável
exemplo de
Divaldo:
1.) Há muitos
médiuns que no
mesmo dia, ou
até no ano
seguinte, após
receberem uma
mensagem
mediúnica, ficam
aflitos
para publicá-la.
Combatamos essa
afobação
infantil,
talvez até por
necessidade de
afirmação ou
imaturidade,
tendo a
necessária
humildade para
aguardar o
momento certo
para fazê-lo.
Divaldo esperou
¨quinze anos¨
para publicar
seu primeiro
livro
psicografado,
pois os médiuns
que estão a
serviço dos Bons
Espíritos sabem
aguardar a hora
propícia para
dar publicidade
ao que os
Espíritos estão
escrevendo. Além
disso, como
disse Allan
Kardec, nem
somos obrigados
a publicar tudo
o que os
Espíritos
transmitem
(Revista
Espírita de
novembro de
1859) e, por
isso, com
humildade e
confiança,
saber-se-á o
melhor momento.
2.) Quando se
está no início
da psicografia
não se deve
pensar que a
faculdade
psicográfica já
esteja acabada,
sem nada a
melhorar ou
aperfeiçoar. A
regra –
admitidas muito
excepcionais
exceções – é que
haja um
burilamento e
amadurecimento
ao longo do
tempo, com muita
prática e
disciplina,
aperfeiçoando-se
o intercâmbio
mediúnico pelo
treinamento.
A psicografia
de Divaldo
Franco inaugurou
uma nova fase na
literatura
espírita
mediúnica
3.) Não se deve
intimidar com os
eventuais
sofrimentos que
se anunciam para
o trabalho na
Seara de Jesus.
O Bem deve estar
em primeiro
lugar. Divaldo
não se intimidou
com profecias
que ocorreram
sobre as
dificuldades, as
incompreensões e
os ataques que
ele enfrentaria
na atividade
psicográfica e
felizmente ele
continuou
perseverante.
4.) Não se devem
revidar ataques
gratuitos e
infundados, pois
a melhor
resposta do
discípulo de
Jesus deve ser o
trabalho
incessante em
Sua Seara e por
isso Divaldo
nunca revidou
qualquer
agressão ou
ofensa. Ele
nunca teve tempo
para responder
polêmicas, pois
a alegria dos
polêmicos é
criar confusão e
pôr-se em
evidência.
Deixar ao tempo
a tarefa de
fazer prevalecer
a verdade é o
correto, e foi o
que ocorreu,
pois o tempo
está
demonstrando que
a psicografia de
Divaldo
inaugurou uma
nova fase na
literatura
espírita
mediúnica, como
veremos em
próximos
artigos.
5.) Nunca se
afastar do
comportamento
evangélico – o
perdão, a
indulgência, a
compreensão etc.
– para com o
próximo, em
qualquer
circunstância,
mesmo que tudo
pareça estar
contra nós.
Felizmente,
Divaldo assim se
conduziu e
podemos arrolar
doze fatos
totalmente
inéditos na
história do
Espiritismo que
aconteceram
através de sua
psicografia.
Eis esses fatos:
1) Divaldo foi o
único médium que
psicografou um
livro
inteiramente num
idioma que não
era o seu, em
admirável
fenômeno de
xenoglossia (que
é falar ou
escrever em
idiomas que se
desconhece). O
livro foi o
Hacia las
Estrelas (Rumo
às Estrelas), em
espanhol, 1990,
Ed. LEAL/BA.
Chamemos atenção
que estamos
falando de
psicografar um
¨livro inteiro¨
e não somente
uma ou outra
mensagem, o que
já ocorreu com
vários outros
médiuns,
inclusive com o
próprio
Divaldo.
2)
Divaldo foi o
único médium que
psicografou
cerca de 140
livros até maio
de 2004, ou
seja, nos
primeiros 40
anos de
publicações
mediúnicas. Só
para dar idéia e
referência,
lembramos que o
abençoado médium
Chico Xavier
(1910-2002), que
é o médium que
mais livros
psicografou
(mais de 400
obras), publicou
seu primeiro
livro
psicografado em
1932 (Parnaso de
Além-Túmulo, Ed.
FEB), e, em seus
primeiros 40
anos (até 1972),
publicou cento e
vinte e um
livros
(Comunicação,
Francisco
Cândido Xavier,
66 Anos de
Mediunidade, Ano
26, nº 158,
janeiro de 1993,
GEEM – Grupo
Espírita
Emmanuel S/C
Editora, São
Bernardo do
Campo, 1993).
Não é demais
lembrar que
Chico Xavier
dedicou-se
principalmente à
psicografia,
enquanto Divaldo
é médium orador,
médium educador,
médium
psicógrafo,
concede
entrevistas a
rádios, TVs,
revistas,
jornais,
internet, além
de receber
homenagens
ininterruptamente
pelo Brasil e
pelo mundo. Além
disso, lembremos
que Chico Xavier
era cerca de 20
anos mais velho
que Divaldo!
Divaldo foi o
único médium
considerado
persona non
grata e
proibido de
entrar num país
3)
Divaldo foi o
único médium que
psicografou
livros com temas
modernos e
totalmente
inéditos na
psicografia
espírita. Desde
1857 a
literatura
mediúnica se
ocupou (e ainda
hoje se ocupa)
de temas
evangélicos,
morais, poesias,
crônicas,
história do
Cristianismo,
sobre o mundo
espiritual,
sobre a
sequência de
encarnações de
determinados
Espíritos; mas o
médium Divaldo
Franco iniciou
uma nova fase na
literatura
mediúnica, visto
que muitos de
seus livros se
ocupam da área
da psicologia,
psiquiatria e
psicopatologias,
relacionando-os
à mediunidade e
obsessão. A
psicóloga Dra.
Cristina Maria
Carvalho Delou,
com
pós-graduação na
UERJ, que foi
diretora da
Associação
Brasileira para
Superdotados, em
1987, analisou
os livros do
Espírito Joanna
de Ângelis
psicografados
por Divaldo
tratando do tema
Psicologia e,
fazendo um
paralelo com a
“Quarta Força em
Psicologia”
(Transpessoal),
assim se
expressou: “Joanna
é uma profunda
conhecedora dos
problemas
humanos” e “sua
linguagem,
cientificamente,
é moderna,
principalmente
no que diz
respeito à
discussão
inicial sobre a
mudança de
paradigma...”.
Fica aqui
anotado este
importante
registro
histórico.
4) Divaldo foi o
único médium que
psicografou sete
livros durante
viagens ao
exterior para
fazer palestras
(nunca um médium
trabalhou
rotineiramente
ambas as
faculdades
mediúnicas – a
oratória e a
psicografia).
Enfatizamos
novamente que
estamos falando
de sete
livros, e
não somente de
uma ou outra
mensagem, como
pode ter
ocorrido com
outros médiuns e
já ocorreu
também com o
próprio
Divaldo.
5)
Divaldo foi o
único médium que
psicografou
centenas de
mensagens em
vários países
onde foi fazer
palestras, na
comentada
idiossincrasia
histórica e
cultural, pois o
conteúdo da
mensagem era
próprio do lugar
e, por vezes, o
conteúdo das
mensagens nem
era conhecido
pelas jovens
gerações do
país.
6) Divaldo foi o
único médium
considerado
persona non
grata e
proibido de
entrar num país
(no caso,
Portugal e suas
colônias
africanas, em
1972),
justamente
porque uma
mensagem do
Espírito
Monsenhor Manuel
Alves da Cunha
(1872-1947)
continha
descrições de
fatos que não
eram muito
conhecidos (veja
livro Sol de
Esperança,
Diversos
Espíritos, Ed.
LEAL/BA) e eram
quase segredo de
Estado.
7)
Divaldo foi o
único médium
intimado por uma
polícia
internacional (a
PIDE, na
África), para
explicar as
informações
históricas do
país, contidas
numa mensagem
psicografada,
como referido no
item 6 acima.
A produção
psicográfica de
Divaldo é
enciclopédica,
embora ele não
tenha cursado
nem o ginásio
8) Dos mais de
260 Espíritos
que se
manifestaram
através de
Divaldo e que
estão
registrados em
livros, quando
encarnados eles
tiveram quinze
diferentes
atividades
profissionais
(Prêmios Nobel,
Acadêmicos de
Letras,
Filósofos,
Cientistas,
Poetas,
Militares,
Educadores,
Médiuns, Vultos
espíritas,
Políticos,
Presidentes da
República,
Religiosos,
campeões
esportistas,
Santos e
Santas), e
de diferentes
procedências, o
que não deixa de
ser um ponto
muito importante
a destacar, pois
indica as
diversidades
culturais dos
Espíritos. Com
relação à
naturalidade
destes Espíritos
encontramos a
não menos
interessante
situação: da
Europa
(Espíritos
Comunicantes
procedentes de
nove países);
América
(Espíritos
Comunicantes de
seis países e de
16 Estados do
Brasil); África
(Espíritos
Comunicantes de
dois países); e
Ásia (Espírito
Comunicante de
um país).
9) Em somente
cem mensagens
familiares
psicografadas
por Divaldo
(dentre milhares
delas), de
sessenta
Espíritos para
seus entes
queridos,
anotamos mais de
750
particularidades
e detalhes
familiares nas
mesmas.
Destaca-se que
Divaldo
desconhecia
totalmente
muitos desses
Espíritos
missivistas e
seus familiares,
o que afasta por
completo
qualquer
possibilidade de
ser levantada
alguma
justificação
anímica ou
telepática. Mais
importante é
destacar que
esses entes
queridos eram
médicos,
advogados,
arquitetos,
desembargadores,
escritores etc.
Isto significa
que estas
pessoas tinham
total capacidade
para avaliar a
psicografia e a
procedência
delas.
10) Está
sendo revisado
um vade-mécum
(dicionário
temático
remissivo) de
todos os livros
produzidos pelo
médium Divaldo
(os
psicografados,
as coletâneas,
os biográficos
etc.), trabalho
que totalizou
mais de 20 mil
remissões e
cerca de três
mil verbetes
(assuntos), o
que reforça
também o elevado
conteúdo
cultural de sua
psicografia.
11) Analisados
quatro livros
psicografados
por Divaldo do
Espírito Manoel
Vianna de
Carvalho
(1874-1926), que
foi um grande
orador espírita
cearense,
constatamos que
houve citação de
quase quinhentos
nomes de pessoas
conhecidas na
história, nas
mais diversas
áreas de atuação
e de diferentes
lugares. Com
relação às
outras citações
feitas por esse
Espírito nesses
livros (citações
científicas,
filosóficas,
históricas,
políticas,
bíblicas,
literárias e
médicas), há
cerca de 1.100
delas. A
produção
psicográfica do
médium Divaldo,
repetimos, é
enciclopédica,
voltando a
lembrar que ele
nem o ginásio
cursou.
12) Nunca
existiu um
médium tão
produtivo, que
psicografasse
tantos livros,
tão volumosos
(romances,
tratados etc.),
de mais de 400
páginas, 14x21
cm.
Esclarecemos que
de modo algum
estamos querendo
dizer que
Divaldo é um
médium melhor
que outros,
muito menos que
ele seja
diferente dos
demais. Apenas
quisemos apontar
algumas
peculiaridades
em sua obra
psicográfica
mediúnica e
coisas inéditas
que aconteceram
com ele, o que
ninguém poderá
negar.
Nos próximos
artigos
começaremos a
rigorosa análise
comparativa
entre alguns
Autores
Espirituais, que
ditaram
mensagens ou
livros por meio
de Divaldo, com
os livros que
escreveram
quando estavam
encarnados.