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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 96 – 1º de Março de 2009

CLAUDIA SCHMIDT
claudia2704@gmail.com
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)


Livro espírita:
algumas reflexões


1 - Nem tudo que é mediúnico é necessariamente espírita ou deve ser publicado. (Para que seja considerada espírita, toda obra, mediúnica ou não, deve ter coerência com as Obras Básicas, codificadas por Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.)

2 - Todo livro espírita deve ser atentamente revisado, pois é elaborado por seres ainda imperfeitos (encarnados ou desencarnados). São importantes os cuidados com o conteúdo, a forma, a apresentação, a gramática, evitando sempre as meias-verdades, as idéias confusas ou não claras e as citações incompletas ou inexplicadas.

3 - O leitor iniciante, que ainda não tem uma base doutrinária e condições de "separar o joio do trigo", deve-se ater, no início, às Obras Básicas e aos médiuns consagrados, como Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Raul Teixeira, Yvonne Pereira, entre outros. (Léon Denis, Hermínio Miranda, Gabriel Delanne, Herculano Pires...)

4 - Mesmo que os romances mediúnicos sejam, muitas vezes, a porta de entrada para a Doutrina Espírita, eles não devem ter apenas o intuito comercial, mas sim ser obras coerentes com a Doutrina, ajudando a divulgar, compreender e vivenciar o Espiritismo. Uma boa história pode (e deve) ter uma mensagem edificante e doutrinariamente correta.

5 - Um livro de muito conteúdo não precisa ser difícil de ler. O Livro dos Espíritos é um exemplo que, através de perguntas e respostas, torna o conhecimento acessível a todos.

6 - Os livros infantis bem elaborados, com um visual apropriado à faixa etária almejada, linguagem adequada, conteúdo de fácil assimilação, interativos e agradáveis exercem um grande serviço à divulgação da Doutrina Espírita.

7 - Toda literatura espírita deve estar baseada na ética e no respeito aos leitores e aos autores. É preferível que haja menos livros à disposição dos leitores, mas que os que estejam nas prateleiras tenham passado pelo crivo doutrinário, a fim de que edifiquem, ao invés de confundir ou desinstruir, provocando um desserviço ao leitor e à Doutrina.

8 - Utilizando o bom senso, tendo por base as Obras Básicas, deve-se recusar as obras duvidosas, pois elas retardam e dificultam a compreensão do Espiritismo. É importante ter compromisso com a qualidade, com a verdade e com a divulgação da Doutrina Espírita, para que ela possa chegar de maneira clara e proveitosa aos corações que a procuram.

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita