No campo
doutrinário
Encontrarás no
caminho os
companheiros que
não conseguiram
guardar o
talento
mediúnico na
altura que a
responsabilidade
lhes conferiu.
À maneira dos
que não sabem
viver retamente,
quando chamados
à mordomia do
ouro ou ao cetro
do poder,
desequilibram-se
mentalmente,
criando para si
próprios o
labirinto em que
se desvairam.
Começam
abandonando a
disciplina
profissional,
que julgam
vexatória.
Debandam de
pequeninos
deveres
familiares que,
naturalmente
cumpridos,
formam o
alicerce das
tarefas maiores.
E transformam-se
em joguete da
fascinação que
os inutiliza.
Julgam-se,
então,
mensageiros
especiais.
Ausentam-se
deliberadamente
do estudo.
Abraçam
exotismos
contundentes.
Acreditam-se na
condição de
intérpretes das
mais altas
personalidades
da História.
Não admitem
advertências.
Supõem dominar o
passado e o
futuro.
Profetizam.
Pontificam. Mas,
detendo
exagerada
conceituação de
si mesmos, não
percebem que se
fazem marginais,
cristalizados em
longos processos
obsessivos, aos
quais atraem
amigos
invigilantes
para
deslumbrá-los, a
principio, e
arrojá-los,
depois, à
desilusão.
*
Em verdade, não
podemos evitar
que irmãos
nossos se
prendam a
semelhantes
situações
perigosas e
lastimáveis.
Se outras
formações
religiosas vivem
juguladas pela
autoridade
terrestre que
lhes frena os
impulsos,
encontramos na
Doutrina
Espírita o
pensamento claro
e espontâneo da
fé viva,
favorecendo
sementeiras e
searas preciosas
do
livre-arbítrio.
Diante, pois,
dos amigos que
não souberam
situar os
compromissos
medianímicos em
lugar justo,
observemos quão
duro será, para
nós, desertar do
serviço
constante no
burilamento
interior,
aprendendo, ao
mesmo tempo, nos
desajustes que
mostram tudo
aquilo que nos
cabe evitar.
Em seguida, se
possível,
ajudemo-los com
a palavra
evangélica;
entretanto, se
essa medida não
pode ser posta
em prática, à
face das
circunstâncias
que nos obrigam
a emudecer,
lembremo-nos de
que é nossa
obrigação
trabalhar
sempre mais, na
expansão de
nossos
princípios, para
que se faça luz
nos corações e
nas
consciências.
E caminhemos
adiante, no
esforço de tudo
melhorar cada
dia, com a
certeza de que,
segundo o
Cristo, cada
criatura, hoje e
sempre, onde
estiver,
receberá,
invariavelmente,
de acordo com as
suas obras.
Transcrito do
cap. 9 do livro
Seara dos
Médiuns,
obra
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
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