WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
A migalha
“Havia um
homem rico, que
se vestia de
púrpura e de
linho, e que se
tratava
magnificamente
todos os dias.
Havia também um
pobre chamado
Lázaro,
estendido à sua
porta, todo
coberto de
úlcera, que
quisera se
saciar com as
migalhas que
caíam da mesa do
rico...”
(Lucas, Cap.
XVI).
A Parábola do
Mau Rico,
descrita
parcialmente
acima, mostra
que uma criatura
infeliz vivia
seu drama à
porta de um
homem abastado e
que se
satisfaria
apenas com as
migalhas que
caíam da mesa
fausta. Apenas
com as migalhas
teria condições
de prosseguir
seu calvário em
busca de dias
melhores e
tempos menos
difíceis.
Dessa forma,
concluímos,
então, pelo
valor das
migalhas, muitas
vezes
desprezadas e em
algumas
circunstâncias
até mesmo
desconhecidas,
mas que poderão,
se devidamente
utilizadas,
render grandes e
profícuos
resultados no
seio da
coletividade em
que vivemos.
Com migalhas de
fé conseguiremos
conduzir nossa
vida pelos
caminhos seguros
da confiança na
providência
divina que a
ninguém
desampara, em
momento algum.
Com migalhas de
esperança
estaremos sempre
firmes e
determinados a
superar qualquer
tipo de
obstáculo que se
interponha ao
nosso desejo de
ser feliz e
viver com
serenidade.
Com migalhas de
compreensão
saberemos
suportar, com
equilíbrio, as
possíveis
adversidades que
possam surgir ao
longo da nossa
jornada,
tentando impedir
nossos sonhos de
ventura.
Com migalhas de
tolerância, por
certo, não
teremos dúvidas
em conviver com
as diferenças
tão constantes e
naturais no
roteiro de vida
de todas as
criaturas.
Com migalhas de
alegria veremos
os fatos e
acontecimentos
do cotidiano,
mesmo os mais
difíceis e
complicados,
pelas lentes do
bom ânimo e da
resignação.
Com migalhas de
otimismo
reafirmaremos o
vigor no
prosseguimento
das nossas
lutas, buscando
a superação dos
desafios que
surgem,
naturalmente,
pelas vielas da
existência.
Com migalhas de
trabalho sério e
contínuo veremos
crescer a nossa
colheita de bens
e serviços em
nosso favor e em
favor daqueles
que ombreiam
seus dias
conosco.
Com migalhas de
perseverança
demonstraremos a
arrojo que
carregamos no
coração, dando
seguimento aos
nossos projetos
de crescimento
interior e
amadurecimento
pessoal, fatores
básicos para a
sustentação dos
nossos ideais.
Com migalhas de
coragem
apresentaremos,
a quem segue os
nossos passos,
as disposições
destemidas que
granjeamos,
buscando vencer
os defeitos e as
mazelas que
insistem em nos
prender ao
marasmo dos
erros, equívocos
e ilusões.
Com migalhas de
renúncia
aprenderemos a
esperar um pouco
mais para
realizar as
conquistas que
entendemos ser
importantes, mas
que por ora não
poderão se
concretizar.
Com migalhas de
fraternidade
saberemos
utilizar o amor
- esse
sentimento
profundo e
indispensável –
como mecanismo
de aglutinação
de forças,
amizade e
entendimento,
sempre
preocupados em
servir ao nosso
próximo, pois é
dando que se
recebe.
Portanto,
fazendo o uso
devido das
migalhas que
temos à
disposição, se
desejarmos
firmemente,
construiremos o
mundo de paz que
sonhamos e
conseguiremos
viver a
felicidade que
desejamos.
Não percamos
tempo. Usemos
nossas
migalhas...