Como devemos
grafar: “Dê
lembranças à
Márcia” ou “Dê
lembranças a
Márcia”? Existe
uma regra
aplicável a este
caso?
Sim. Na
correspondência
dirigida ao sexo
feminino, a
indicação do
sinal de crase é
facultativa. A
crase significa,
em tais casos,
uma maior
intimidade com a
pessoa citada. A
ausência de
crase é sinal de
respeito e de um
certo
distanciamento
entre nós e o
outro.
Igual tratamento
ocorre no caso
de
correspondência
dirigida ao sexo
masculino.
“Dê lembranças
ao
Gorbachev” ou
“Dê lembranças
a
Gorbachev”.
No segundo caso
usa-se apenas a
preposição, sem
o artigo, para
marcar o
distanciamento
ou o respeito
entre nós e a
pessoa citada,
algo que, no
meio espírita,
fica bem nítido
quando nos
referimos aos
escritores e
autores de um
modo geral:
- Gosto muito
dos livros de
Herculano Pires.
(E não: “...
do Herculano
Pires”.)
- É de
Emmanuel esta
frase.
- Gostaria de
enviar um
pensamento
elevado a
Bezerra.
- Li isto em
Kardec.
Concluindo,
vê-se que é o
artigo definido
(“o” ou “a”) que
indica a
proximidade ou
intimidade entre
nós e o
indivíduo a que
nos referimos.