Um amigo nos pergunta:
- Que diz o Espiritismo
acerca do acaso?
O pensamento de que somente
o acaso pode explicar certos
acontecimentos de nossa vida
é mais comum do que se
pensa. A ele o historiador
austríaco Erik Durschmied
dedicou o livro Fora de
Controle – Como o Acaso e a
Estupidez Mudaram a História
do Mundo, no qual afirma
que a decisão de despejar a
primeira bomba atômica sobre
Hiroshima foi fruto de puro
acaso. Teria sido o mau
tempo que poupou as outras
cidades, o que levou o
historiador a concluir: “Por
um capricho da natureza, uma
cidade foi escolhida para
ser destruída”.
Tema de vários estudos de
pensadores espíritas
encarnados e desencarnados,
o acaso não existe. Aliás,
Jâmblico já afirmava, tantos
séculos atrás, que não
existe acaso nem fatalidade,
mas uma justiça inflexível
que regula a existência de
todos os seres. Se alguns se
veem em meio a aflições,
dizia Jâmblico, não é em
virtude de uma decisão
arbitrária da Divindade, mas
consequência inelutável das
faltas anteriores,
antecipando-se desse modo à
Doutrina Espírita, que nos
ensina que a vida é causal,
não casual.
Os Espíritos influiriam
então nos acontecimentos da
vida?
Sim, quanto a isso, ensina o
Espiritismo, não existe
qualquer dúvida. Aí está um
dos motivos da realização de
certas coisas aparentemente
casuais, como Joanna de
Ângelis explica no texto
seguinte, extraído do cap. 3
de seu livro Alerta,
obra psicografada por
Divaldo P. Franco:
“O imprevisível é a presença
divina, surpreendendo a
infração.
“O insuspeitável pode ser
considerado como a
interferência divina sempre
vigilante.
“O inesperado deve ser
levado em conta como a
ocorrência divina
trabalhando pela ordem.”
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