ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte 23)
Damos continuidade ao
estudo do clássico A
Alma é Imortal, de
Gabriel Delanne,
conforme tradução de
Guillon Ribeiro,
publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões
preliminares
A. É certo dizer que é
possível à alma
materializar-se
temporariamente, quer
transformando o duplo do
médium, quer tomando
matéria e energia ao
médium para materializar
sua própria forma
fluídica?
R.: Sim. A alma pode
materializar-se
temporariamente, quer
transformando o duplo do
médium, ou, mais
exatamente, mascarando-o
com a sua própria
aparência, quer tomando
matéria e energia ao
médium, para as acumular
na sua forma fluídica,
que então aparece qual
era outrora na Terra.
(A Alma é Imortal, págs.
264 e 265.)
B. A observação
comprovou que Katie King
e Florence Cook eram
duas personalidades
distintas?
R.: Sim. Florence Cook,
estando perfeitamente
acordada, conversava com
Katie e William
Crookes, que via a
ambas. Não só as ideias
que elas revelavam, mas
as diferenças de talhe,
de tez, de cabelo, de
pulsações e de
batimentos mostravam que
se tratava, no caso, de
duas personalidades bem
distintas. (Obra
citada, pág. 268.)
C. Como é possível à
alma reproduzir a forma
de um corpo físico já
extinto?
R.: Não é difícil
entender que o
perispírito seja capaz
de reproduzir a forma do
corpo físico já extinto.
Desde que nada se perde
no envoltório fluídico,
as formas do ser se
fixam nele e podem
reaparecer sob o influxo
da vontade. O Sr.
Brackett viu numa sessão
um mancebo muito alto
dizer-se irmão de uma
senhora presente, que
lhe replicou: “Como
poderia reconhecê-lo, se
não o vejo desde
criança?” De imediato a
figura diminuiu de talhe
pouco a pouco, até
chegar à do menino que
ela conhecera. O fato
citado conduz-nos à lei
geral, ensinada por
Kardec, de que um
Espírito suficientemente
adiantado pode assumir,
à vontade, qualquer dos
tipos pelos quais tenha
evolvido no curso de
suas existências
sucessivas. (Obra
citada, págs. 270 a
274.)
Texto para leitura
245. Delanne acrescenta
ainda à sua tese o fato,
observado mais de uma
vez, de que há casos em
que não se mostra na
sessão apenas um
Espírito materializado,
mas vários ao mesmo
tempo e, às vezes, de
sexos diferentes,
provando que cada um é
um ser real e dotado de
um organismo que lhe
permite mover-se e
conversar. (Pág. 261)
246. Seguem-se alguns
desses casos, tirados
também da obra do Sr.
Aksakof, já referida
linhas acima. (Págs.
261 a 263)
247. Resumindo a
discussão em torno da
qualidade das provas já
obtidas, Delanne afirma
que, conquanto tenha
havido fraudes operadas
por pessoas que queriam
passar por médiuns, é
incontestável que,
quando as experiências
foram feitas por sábios,
as precauções adotadas
bastaram para afastar,
de forma absoluta, essa
causa de erro. (Pág.
263)
248. Esses relatos, de
origens tão diversas e
conformativos uns dos
outros, constituem
provas de que os fatos
foram bem observados e
que são verídicos. E a
única teoria que pode
explicá-los a todos, sem
exceção de um só, é a do
Espiritismo, que nos
ensina que, inseparável
do seu envoltório
perispirítico, a alma
pode materializar-se
temporariamente, quer
transformando o duplo do
médium, ou, mais
exatamente, mascarando-o
com a sua própria
aparência, quer tomando
matéria e energia ao
médium, para as acumular
na sua forma fluídica,
que então aparece qual
era outrora na Terra.
(Págs. 264 e 265)
249. Na sequência,
Delanne examina a
questão da identidade
dos Espíritos que se
comunicam e refuta uma
afirmação do Sr. Aksakof
que, embora convicto da
imortalidade da alma,
entendia que a prova
absoluta da identidade
do indivíduo é “impossível”.
(Págs. 265 e 266)
250. É que Aksakof
admitia como demonstrado
que um Espírito pode
mostrar-se sob qualquer
forma, a fim de
representar uma
personagem diversa, que
afinal é ele mesmo. À
primeira vista, parece
que o fenômeno da
transfiguração lhe dá
razão. Delanne, porém,
discorda e mostra que
nesse fenômeno o médium
sofre uma influência
estranha, que substitui
pela sua aparência a do
médium. Não se pode,
portanto, pretender que
o Espírito do médium
seja capaz de se
transformar, porquanto
em nenhum caso foi isso
demonstrado. (Págs.
266 a 268)
251. Evocando o exemplo
de Katie King, Delanne
observa que,
indubitavelmente, ela
não era um desdobramento
de Florence Cook,
porquanto esta,
perfeitamente acordada,
conversa com Katie e o
Sr. Crookes, que vê a
ambas. Não só as ideias
que elas revelavam, mas
as diferenças de talhe,
de tez, de cabelo, de
pulsações e de
batimentos mostravam que
se tratava, no caso, de
duas personalidades bem
distintas. (Pág. 268)
252. Não é difícil
entender que o
perispírito seja capaz
de reproduzir a forma do
corpo físico já extinto.
Desde que nada se perde
no envoltório fluídico,
as formas do ser se
fixam nele e podem
reaparecer sob o influxo
da vontade. Segundo Erny,
em seu livro “O
psiquismo experimental”,
o Sr. Brackett viu
numa sessão um mancebo
muito alto dizer-se
irmão de uma senhora
presente, que lhe
replicou: “Como poderia
reconhecê-lo, se não o
vejo desde criança?” De
imediato a figura
diminuiu de talhe pouco
a pouco, até chegar à do
menino que ela
conhecera. (Pág. 270)
253. O fato citado - que
tem sido observado
muitas vezes -
conduz-nos à lei geral,
ensinada por Kardec, de
que um Espírito
suficientemente
adiantado pode assumir,
à vontade, qualquer dos
tipos pelos quais tenha
evolvido no curso de
suas existências
sucessivas. Não se deve
concluir disso que um
Espírito farsista não
possa disfarçar-se, de
maneira a simular uma
personagem histórica,
mais ou menos fielmente.
Ele pode, sim, mas,
evidentemente, pouco
avançado na hierarquia
espiritual, os seus
conhecimentos, ainda
muito limitados,
acabarão por
desmascará-lo. (Pág.
270 e 271)
254. Outra observação
importante decorrente do
estudo das
materializações indica
que não é o Espírito
quem cria a forma sob a
qual é ele visto, pois
os moldes são
verdadeiros modelos
anatômicos. É um
verdadeiro organismo que
se imprime em
substâncias plásticas e
não apenas uma imagem.
Que organismo é esse?
(Pág. 271)
255. É um organismo que
já existe durante a vida
e que dá moldagens
idênticas no curso dos
desdobramentos: o
perispírito, que a morte
não destrói e que
persiste com todas as
suas virtualidades,
pronto a manifestá-las,
desde que seja favorável
a ocasião. (Pág. 271)
256. Nos desdobramentos
materializados de
médiuns, os moldes
obtidos reproduzem
sempre o organismo
material do médium, do
seu pé, por exemplo,
como se deu com Eglinton,
ou de sua mão, como
ocorreu com Eusápia.
Esse é o critério que
nos permite distinguir o
desdobramento do médium
de uma materialização de
Espírito. Se a aparição
é sósia do médium,
segue-se que é sua alma
que se manifesta fora do
organismo carnal. No
caso contrário, se a
aparição difere
anatomicamente do
médium, quem está
presente é outra
individualidade.
(Pág. 272)
257. Delanne relata, a
seguir, diversas
experiências que dão
embasamento à explicação
dada. (Págs. 272 a
274)
(Continua no próximo
número.)