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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 106 – 10 de Maio de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Alma é Imortal

 Gabriel Delanne

(Parte 25)
 

Damos continuidade ao estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Em que circunstância uma aparição constitui prova absoluta da imortalidade do ser que ali se apresenta?

R.: Se a materialização apresentar, em relação a uma pessoa anteriormente morta, semelhança completa de forma corpórea e identidade de inteligência, tal fato constituirá, segundo Delanne, prova absoluta da imortalidade. (A Alma é Imortal, págs. 280 e 281.)

B. Nos fenômenos de materialização, o médium pode experimentar diminuição de peso?

R.: Sim. Diz Delanne que, se uma parte da matéria do corpo materializado é tomada do médium, este deve necessariamente experimentar diminuição de peso. E foi precisamente o que ocorreu em inúmeras oportunidades. Florence Cook, ao ser pesada certa vez por William Crookes, acusou 112 libras de peso. Logo que Katie King se materializou completamente - informa a Sra Florence Marryat no seu livro There is no death - o peso da médium ficou reduzido à metade. (Obra citada, págs. 282 a 284.)

C. Se o peso da aparição materializada for igual ao peso do médium, que poderá ocorrer?

R.: Em tais casos, restará apenas o perispírito do médium, que é invisível, de sorte que, se alguém penetrar o gabinete, o encontrará vazio. O assunto foi tratado por Aksakof em seu livro Um caso de desmaterialização parcial do corpo de um médium. O fato teria ocorrido com as médiuns Sras Compton e d’ Espérance. (Obra citada, págs. 284 e 285.) 

Texto para leitura 

268. Resumindo a questão da identidade, conclui Delanne: “uma materialização que apresenta, com uma pessoa anteriormente morta, semelhança completa de forma corpórea e identidade de inteligência, constitui prova absoluta da imortalidade”. (Pág. 280)

269. A propriedade da lembrança, observada nos Espíritos que se manifestam, implica a existência de um órgão compatível com o meio em que vive a alma. Na Terra, mundo ponderável, o cérebro é a condição orgânica. No espaço, meio imponderável, o perispírito desempenha a mesma função. E como ele, o perispírito, já existe em nosso mundo, é ele o conservador da vida integral, que compreende duas fases: de encarnação e de vida supraterrena. (Pág. 281)

270. Para fazer-se visível e tangível, sabemos que a substância da aparição é tomada ao médium e aos assistentes. O Espírito materializado haure do médium a energia de que se utiliza. (Pág. 282)

271. Num esboço feito pelo Dr. Hitchman, nota-se que, entre a cavidade do peito da forma materializada e a do médium, há um como feixe luminoso religando os dois corpos e projetando um clarão sobre o rosto do médium. Esse fenômeno foi observado muitas vezes nas materializações. Compararam-no ao cordão umbilical. O Sr. Dassier o equipara, porém, a uma rede vascular fluídica, pela qual passa a matéria física, em particular estado de eterização. (Pág. 282)

272. O Sr. Aksakof, após examinar detidamente o gesso modelado da mão de Bertie, concluiu que, sem nenhuma dúvida, a materialização se efetua a expensas do médium e que o fenômeno é devido a uma combinação de formas orgânicas existentes. (Págs. 282 e 283)

273. Se essa teoria for exata, ou seja, se uma parte da matéria do corpo materializado é tomada do médium, este deve necessariamente experimentar diminuição de peso. É precisamente isso o que se dá, como foi muitas vezes comprovado. Florence Cook, ao ser pesada certa vez por William Crookes, acusou 112 libras de peso. Logo que Katie King se materializou completamente - informa a Sra Florence Marryat no seu livro There is no death - o peso da médium ficou reduzido à metade. (Pág. 283)

274. Delanne relata, na sequência, outras experiências no mesmo sentido, aditando porém que há casos em que uma parte é tomada também aos que assistem à experiência. Aksakof informa numa de suas obras que a Sra d’ Espérance adoecia depois da sessão, se algum dos assistentes houvesse fumado ou ingerido bebida alcoólica. (Pág. 284)

275. Na mesma obra - Um caso de desmaterialização parcial do corpo de um médium - Aksakof responde à pergunta relativa ao que resta do médium, quando o peso da aparição é tão grande quanto o seu. Restará apenas o perispírito, que é invisível, de sorte que, se alguém penetrar no gabinete, o encontrará vazio. É pelo menos isso o que teria ocorrido com as médiuns Sras Compton e d’ Espérance. (Pág. 284)

276. Nem sempre, porém, é tão completa a desmaterialização do médium, pois há casos - observa Delanne - em que a aparição e o médium são simultaneamente tangíveis durante todo o tempo da sessão e, nessas condições, podem ser fotografados, como se deu com Katie King e Florence Cook. (Pág. 285)

277. Na verdade, como refere Tyndall, nada se pode acrescentar nem se subtrair à Natureza. É constante a soma das suas energias e tudo o que o homem pode fazer, na pesquisa da verdade, é mudar de lugar as partes constituintes de um todo, que nunca varia, e com uma delas formar outra. “A lei de conservação exclui rigorosamente a criação e a nulificação”, assevera Tyndall. (Pág. 285) (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita