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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 106 - 10 de Maio de 2009

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)
 

Conversando sobre
mediunidade

 
É de suma importância que todos nós, espíritas, que tomamos parte de uma tarefa qualquer na área da mediunidade em nossas casas espíritas, estejamos devidamente preparados para esse sublime mister espiritual. 

Primeiramente, instruídos em todos os seus fundamentos através dos estudos sérios e aprofundados sobre a matéria em análise, constantes da codificação do Espiritismo, mais particularmente, O Livro dos Médiuns, além de inúmeras outras obras de reconhecido cunho doutrinário, trazidos ao nosso conhecimento por médiuns de grande capacidade mediúnica e respeito no meio espírita, como Chico Xavier, Divaldo Franco, Raul Teixeira entre outros. 

Precisamos atentar para os sérios e nobres objetivos da mediunidade para nós médiuns, pois, como nos esclarecem os Nobres Emissários da Espiritualidade Superior, a mediunidade é uma sagrada ferramenta colocada ao nosso dispor pela Soberana Sabedoria do Universo, para o nosso aprimoramento espiritual e crescimento como Ser imortal a caminho da pureza e da felicidade que nos está reservada, aguardando por nossa decisão de empreender os necessários esforços por conquistá-la. 

Somente através do adequado uso dos talentos mediúnicos de que somos portadores é que verdadeiramente poderemos nos tornar úteis aos Arquitetos Divinos para realizar as atividades da mediunidade de forma perfeita em nosso proveito próprio e do nosso semelhante, na Seara bendita do nosso Mestre e Guia, Jesus de Nazaré. 

Para que melhor entendamos as responsabilidades que nos estão depositadas no exercício da mediunidade com Jesus, ouçamos a reposta de Divaldo Franco sobre o assunto.  

Qual o objetivo de uma sessão mediúnica? 

Divaldo – “É acima de tudo uma oportunidade de o indivíduo autorreformar-se; de fazer silêncio para escutar as lições dos Espíritos que nos vêm, depois da morte, chorando e sofrendo, sendo este um meio de evitar que caiamos em seus erros. É também esquecer a ilusão de que nós estejamos ajudando os Espíritos, uma vez que eles podem passar sem nós. No mundo dos Espíritos, as Entidades Superiores promovem trabalhos de esclarecimento e de socorro em seu favor; nós, entretanto, necessitamos deles, mesmo dos sofredores, porque são a lição de advertência em nosso caminho, convidando-nos ao equilíbrio e à serenidade. Assim, vemos que a ajuda é recíproca.  

O médium é alguém que se situa entre os dois hemisférios da vida. O membro de um labor de socorro medianímico é alguém que deve estar sempre às ordens dos Espíritos Superiores para os misteres elevados.

À hora da reunião, deve-se manter, além das atitudes sociais do equilíbrio, a serenidade, um estado de paz interior compatível com as necessidades do processo de sintonia, sem o que, quaisquer tentames neste campo redundarão inócuos, senão negativos.

Depois da reunião é necessário manter-se o mesmo ambiente agradável, porque, à hora em que cessam os labores da incorporação, ou da psicografia, o fenômeno objetivo externo, em si, não cessam os trabalhos mediúnicos no mundo espiritual. Quando um paciente sai da sala cirúrgica, o pós-operatório é tão importante quanto a própria cirurgia. Por isso, o paciente fica carinhosamente assistido por enfermeiros vigilantes que estão a postos para atendê-lo em qualquer necessidade que venha a ocorrer.

Quando termina a lide mediúnica, ali vai encerrada, momentaneamente, a tarefa dos encarnados, a fim de recomeçá-la, logo mais, no instante em que ele penetre a esfera do sono, para prosseguir sob outro aspecto, ajudando os que ficaram de ser atendidos e não puderam, por uma ou outra razão. Então, convém que, ao terminar a reunião mediúnica, seja mantida a psicosfera agradável em que as conversas sejam edificantes. Pode-se e deve-se fazer uma análise do trabalho realizado, um estudo, um cotejo no campo das comunicações e depois uma verificação da produtividade; tudo isto em clima salutar de fraternidade, objetivando dirimir futuras inquietações e problemas outros”.

Assim sendo, irmãos e amigos, estejamos preparados sempre que nos apresentarmos aos amigos celestes para juntos participarmos de tarefas tão dignas, de forma a contribuir com o nosso melhor na construção da paz e da luz nos nossos caminhos, enquanto estamos usufruindo da presente oportunidade que Deus por amor e bondade nos concedeu.


Referência:

Diretrizes de Segurança – Questão 31. Divaldo P. Franco/ José Raul Teixeira.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita