Apresentamos nesta edição o tema no 107 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.
Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões para debate
1. Qual é, segundo Emmanuel, a primeira necessidade do médium?
2. Quais são as qualidades que atraem para perto de nós os bons Espíritos?
3. E que defeitos os afastam de nós, encarnados?
4. Qual é o significado da expressão “médium moralizado”?
5. Qual é o primeiro inimigo do médium?
Texto para leitura
O amor ao próximo e a simplicidade do coração atraem os bons Espíritos
1. Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos e suprem nestes a falta de órgãos materiais pelos quais possam transmitir suas instruções. Eis por que são dotados de faculdades para esse efeito.
2. Esclarecendo sobre as qualidades indispensáveis a um bom médium, Emmanuel afirma que a primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.
3. Ensina o Espiritismo que as qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são:
4. Os defeitos que os afastam dos indivíduos são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.
O médium moralizado conta com o amparo de Espíritos elevados
5. O médium eficiente será, pois, do ponto de vista espiritual, aquele trabalhador que melhor se harmonizar com a vontade do Pai Celestial, cultivando as qualidades citadas e destacando-se pelo cultivo sincero da humildade e da fé, do devotamento e da confiança, da boa vontade e da compreensão.
6. O médium, do ponto de vista da execução da faculdade mediúnica, não passa de um instrumento; contudo, exerce influência muito grande sobre o fenômeno mediúnico, sob o aspecto moral. É que, para se comunicar, o Espírito precisa identificar-se com a alma do médium, o que requer haja entre ambos simpatia e afinidade.
7. Como sabemos, a alma exerce sobre os Espíritos uma espécie de atração, ou repulsão, conforme o grau de semelhança existente entre eles. Como os bons têm afinidade com os bons, e os maus com os maus, segue-se que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam.
8. Se – do ponto de vista do mecanismo da comunicação – a mediunidade, em si mesma, não depende do fator moral, do ponto de vista da assistência espiritual o fator moral torna-se relevante. Médiuns moralizados contam com o amparo de Espíritos elevados. E por “médium moralizado” queremos referir-nos ao médium que pauta sua vida como um autêntico “homem de bem”, procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa, estudiosa, trabalhadora e desinteressada. Paciência, perseverança, boa-vontade, humildade, sinceridade, estudo e trabalho são, portanto, fatores de extrema valia na educação mediúnica.
O orgulho tem feito perder-se inúmeros médiuns
9. Se o médium consegue transpor, valoroso, a faixa de hesitações pueris e entende que o que importa, acima de tudo, é o bem a fazer, passa ele a ser objeto da confiança dos Benfeitores desencarnados, que lhe aproveitam a capacidade no amparo aos semelhante, dentro do qual assimila amparo para si mesmo.
10. Quando mais se lhe acentuam o aperfeiçoamento e a abnegação, a cultura e o desinteresse, mais se lhe sutilizam os pensamentos e mais se lhe aguçam as percepções mediúnicas, que se elevam a uma maior demonstração de serviço, de acordo com suas disposições individuais.
11. As imperfeições morais constituem, ao contrário, portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. E a que estes exploram com mais habilidade é o orgulho, que tem feito perder-se muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que – não fora essa imperfeição moral – teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, enquanto que, presas de Espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e lhes impuseram amaríssimas decepções.
12. Concluindo, podemos afirmar que o primeiro inimigo do médium reside dentro dele mesmo. Com frequência, é o personalismo, a ambição, a ignorância ou a rebeldia no desconhecimento dos seus deveres à luz do Evangelho, que, não raro, o conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos.
Respostas às questões propostas
1. Qual é, segundo Emmanuel, a primeira necessidade do médium?
R.: Emmanuel afirma que a primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.
2. Quais são as qualidades que atraem para perto de nós os bons Espíritos?
R.: Segundo o Espiritismo, as qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor ao próximo e o desprendimento das coisas materiais.
3. E que defeitos os afastam de nós, encarnados?
R.: Os defeitos que os afastam dos indivíduos são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.
4. Qual é o significado da expressão “médium moralizado”?
R.: Médium moralizado é o médium que pauta sua vida como um autêntico “homem de bem”, procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa, estudiosa, trabalhadora e desinteressada.
5. Qual é o primeiro inimigo do médium?
R.: O primeiro inimigo do médium reside dentro dele mesmo. Com frequência, é o personalismo, a ambição, a ignorância ou a rebeldia no desconhecimento dos seus deveres à luz do Evangelho, que, não raro, o conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos.
Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, itens 227 e 228.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo 19, item 10.
O Consolador,de Emmanuel, obra psicografada por Chico Xavier, questões 387 e 410.
Mecanismos da Mediunidade,de André Luiz, obra psicografada por Chico Xavier, 4a edição, p. 133.
Mediunidade e Evolução, de Martins Peralva, pp. 16 e 20.
Estudando a Mediunidade, de Martins Peralva, p. 43.