Como nasceu e o
que objetiva a
Associação
Médico-Espírita
de Pernambuco
Fundada em 30 de
novembro de
2008, a
Associação
Médico-Espírita
do Estado de
Pernambuco (AME-EPE)
é fruto da
união de
médicos,
estudantes e
profissionais da
área
de saúde daquele
importante
estado
Em 1864, o
eminente
educador e
cientista
Denizard Rivail,
no esplendor de
sua maturidade,
já assumindo
àquela altura o
pseudônimo de
Allan Kardec,
propôs uma
aliança entre a
ciência e a
religião,
escrevendo que
elas “são as
duas alavancas
da inteligência
humana: uma
revela as leis
do mundo
material e a
outra as do
mundo moral.
Tendo, no
entanto, essas
leis o mesmo
princípio, que é
Deus, não podem
contradizer-se.
A
incompatibilidade
que se julgou
existir entre
essas duas
ordens de ideias
provém apenas de
uma observação
defeituosa e de
excesso de
exclusivismo, de
um lado e de
outro. Daí um
conflito que deu
origem à
incredulidade e
à intolerância”(“O
Evangelho
segundo o
Espiritismo”, 1,
8).
Estas palavras
parecem ganhar
um ar profético
quando,
observando-se a
ciência moderna,
verifica-se que
respeitáveis
pesquisadores do
mundo todo, como
Harold Koening,
Fritjof Capra e
Dean Hammer,
tentam fazer uma
ligação entre as
descobertas
científicas e os
ensinos
religiosos. O
Dr. Amit Goswami,
por exemplo,
elucida que
“enquanto a
tendência geral
da ciência,
desde o século
XVII, consistiu
em manter um
foco material,
nas últimas
décadas do
século XX, a
ciência começou
a explorar a
arena
espiritual,
antes
marginalizada”
(em seu livro
“A física da
alma”).
Neste sentido, o
evangelho de
Jesus se
apresenta,
nestes tempos,
ainda mais
glorioso, rico
que é de
ensinamentos
oportunos para a
realização de
uma ciência
baseada em uma
ética
sustentável nos
refolhos da paz
de consciência.
Inspirados,
pois, nas
palavras de
Allan Kardec,
tentando unir a
ética do amor
ensinada por
Jesus às
descobertas
científicas
modernas, um
grupo de médicos
resolveu fundar
um espaço no
qual isto fosse
possível.
Nasceu, assim,
em 1995, a
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
(AME-Brasil), já
preludiada pela
associação de
São Paulo, que
existia desde
1968, e tendo
como grandes
pioneiros os
médicos Adolfo
Bezerra de
Menezes e Inácio
Ferreira.
Indo, portanto,
ao encontro
desta invulgar
iniciativa da
AME-Brasil, às 9
horas do dia 30
de novembro de
2008, na sede do
Grupo Espírita
Francisco de
Assis, em
Jaboatão dos
Guararapes,
região
metropolitana de
Recife, foi
fundada a
Associação
Médico-Espírita
do Estado de
Pernambuco (AME-EPE).
Setenta pessoas
prestigiaram a
fundação da
entidade
A reunião foi
memorável e,
superando as
expectativas da
equipe que a
organizou,
contou com a
participação de
cerca de 70
pessoas, na sua
maioria médicos,
mas também
estudantes e
profissionais de
áreas
relacionadas.
Assim,
compartilhando
estas
informações com
os caros
leitores,
trazemos abaixo
uma breve
entrevista com a
Dra. Rozane
Maria Rocha
Nicéas, médica
clínica,
primeira
presidenta e
principal
organizadora da
fundação da
instituição, na
qual ela explica
um pouco mais
sobre este
processo e os
projetos da
nascente AME-EPE.
1. Como surgiu a
ideia da
fundação da AME?
Surgiu da
necessidade
observada pela
AME-Brasil,
através de sua
presidente, a
Dra. Marlene
Nobre, de dar
continuidade em
nosso Estado ao
movimento
anteriormente
existente.
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Dra. Rozane ao assumir a presidência
da AME-EPE |
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Flagrante de uma reunião de estudos
na AME-EPE |
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Mesa dirigente na assembléia que deu
origem
à AME-EPE |
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Público presenta na fundação da AME-EPE |
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Primeiras reuniões de estudo da AME-EPE |
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2. Conte-nos
como foi a ajuda
da AME-Brasil,
nas pessoas de
Dra. Marlene
Nobre e de Dr.
Décio Iandoli
Jr., neste
processo. |
No ano de 2008,
por ocasião do
III SIMESPE
(Simpósio de
Estudos e
Práticas
Espíritas em
Pernambuco), a
Dra. Marlene
Nobre e o Dr.
Décio Iandoli
eram convidados
expositores do
evento. Através
de contato com a
comissão
organizadora do
Evento, a Dra.
Marlene foi
liberada para
uma palestra no
Grupo Espírita
Francisco de
Assis; nessa
ocasião, a Dra.
Marlene
compareceu
acompanhada do
Dr. Décio, e,
como gentilmente
o Grupo Espírita
abriu espaço
para uma reunião
junto a alguns
médicos
trabalhadores da
casa, recebemos
todo o incentivo
e esclarecimento
necessários, por
parte de ambos,
para que
déssemos o passo
inicial para a
fundação da
Associação. À
ocasião,
encontravam-se
presentes e
convidados de
Dra. Marlene o
acadêmico de
medicina
Leonardo Machado
(NEIL) e o
psicólogo Silvio
Romero, abrindo
espaço para a
formação de
departamentos na
associação.
3. Quais são os
objetivos dela?
Os objetivos da
AME-EPE constam
com clareza no
Estatuto da
Associação.
Entre eles,
podemos citar:
estudo da
Doutrina
Espírita,
buscando a
integração do
conhecimento
médico-espírita;
promover e
incentivar a
prática dos
princípios
cristãos no
exercício da
medicina e
demais áreas de
saúde; organizar
eventos
culturais e
científicos com
o objetivo de
divulgar e
demonstrar a
espiritualidade
na saúde física
e mental.
A entidade já
conta no momento
com 68
associados
4. Como está
estruturada a
AME-EPE? Quais
são as
atividades?
A AME-EPE consta
de uma diretoria
composta de
presidente e
vice, primeira e
segunda
secretárias,
primeiro e
segundo
tesoureiros,
além de um
conselho fiscal
com três membros
e dois
suplentes,
eleitos na
Assembleia Geral
de fundação, que
ocorreu no dia
30 de novembro
2008. No
momento,
contamos com um
quadro de 68
associados.
As reuniões de
estudo e da
diretoria têm
ocorrido
mensalmente.
Vamos caminhando
devagar com a
proposta de nos
firmarmos numa
base sólida para
desenvolvimento
de estudos e
realizações
concretas,
dentro de nossos
objetivos,
integrada às
demais AMEs do
país.
5. Quais são os
projetos
futuros?
Como somos uma
Associação
recém-formada,
estamos
crescendo para a
idealização e
concretização
dos projetos, em
busca dos
objetivos
anteriormente
citados.
6. Deixe-nos uma
mensagem.
Lembrar sempre
de Jesus como
modelo e guia
para a
humanidade.
*
De nossa parte,
roguemos ao alto
para que esta
bela iniciativa
possa trazer
muitos frutos
bons e que, para
tanto, seus
diretores,
fundadores e
associados
possam ter
forças, e
bastante
equilíbrio, para
continuar nesta
jornada de paz.