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Joias da poesia contemporânea
Ano 3 - N° 107 – 17 de Maio de 2009
 

 

Morrer

 João de Deus

 

Não mais a dor intensa e desmedida

No momento angustioso de morrer,

Nem o pranto pungente por se ver

Um ser amado em horas da partida!...

 

A morte é um sono doce; basta crer

Na Paz do Céu, na Terra apetecida,

Para. se achar o Amor, a Luz e a Vida,

Onde há trégua à tristeza e ao padecer.

 

Venturosa região do espaço Além,

Onde brilha a Verdade e onde o Bem

É o fanal reluzente que conduz;

 

Mansão de claridade e pulcritude

Onde os bons, que adoraram a Virtude,

Gozam do afeto extremo de Jesus.

 

 

Nascido em São Bartolomeu de Messines, Portu­gal, em 1830, e desencarnado em 1896, João de Deus afir­mou-se um dos maiores líricos da língua por­tuguesa. É tão bem conhecido no Brasil quanto em seu belo país. Nestas poesias palpita, de modo in­confundível, a suavidade e o ritmo da sua lira. O soneto acima integra o Parnaso de Além-Túmulo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita