Um leitor desta revista
radicado em Portugal
pergunta-nos que significam
as palavras “ego” e “self”,
utilizadas com frequência na
obra de Joanna de Ângelis, a
exemplo do livro Encontro
com a paz e a saúde,
psicografado por Divaldo
Franco.
A obra de Joanna de Ângelis
relacionada aos aspectos
psicológicos do ser humano
é, como sabemos, no tocante
à terminologia, grandemente
influenciada pelas ideias de
Carl Gustav Jung, em cujos
escritos vamos encontrar o
significado de “ego” e
“self”.
Segundo
Jung, o principal
arquétipo da criatura humana
é o Si mesmo ou
“self”. Sempre de acordo com
Jung, o Si mesmo ou
Self é o centro
de toda a
personalidade. É
dele que emana todo o
potencial energético de que
a psique dispõe. É o
ordenador dos processos
psíquicos. Integra e
equilibra todos os aspectos
do
inconsciente,
devendo proporcionar, em
situações normais, unidade e
estabilidade à personalidade
humana.
Jung conceituou-o da
seguinte forma: “O Si mesmo
representa o objetivo do
homem inteiro, a saber, a
realização de sua totalidade
e de sua individualidade,
com ou contra sua vontade. A
dinâmica desse processo é o
instinto, que vigia para que
tudo o que pertence a uma
vida individual figure ali,
exatamente, com ou sem a
concordância do sujeito,
quer tenha consciência do
que acontece, quer não.”
O “ego” é o centro da
consciência
inferior, diferente do Eu,
que é centro superior da
consciência. O
Ego é a soma
total dos pensamentos,
ideias,
sentimentos, lembranças e
percepções sensoriais. É a
parte mais superficial do
indivíduo, a qual,
modificada e tornada
consciente, tem por funções
a comprovação da realidade e
a aceitação, mediante
seleção e controle, de parte
dos desejos e exigências
procedentes dos impulsos que
emanam do indivíduo.
Escreveu
Jung acerca do
Ego: “É um dado complexo
formado primeiramente por
uma percepção geral de nosso
corpo e existência e, a
seguir, pelos registros de
nossa memória!”.
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