ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Porquê da Vida
Léon Denis
(2ª Parte)
Damos prosseguimento
nesta edição ao estudo
do clássico O Porquê
da Vida, de Léon
Denis, com base na 14ª
edição publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões
preliminares
A. Que elemento liga a alma ao corpo?
R.: Esse elemento é o
perispírito, formado de
matéria etérea que
escapa aos nossos
sentidos. Ele envolve a
alma e a acompanha
depois da morte, nas
suas peregrinações
infinitas, depurando-se,
progredindo com ela,
constituindo para ela um
corpo diáfano. (O
Porquê da Vida, pp. 22 e
23.)
B. Que nos é preciso para podermos caminhar com segurança?
R.: Para caminhar com
segurança, é necessário
saber aonde se vai. É
conformando seus atos
com as leis superiores
que o homem trabalhará
eficazmente pelo seu
próprio melhoramento e
pelo da sociedade.
Quando se compenetrar da
grandeza da sua missão,
o ser humano saberá
desprender-se melhor
daquilo que o rebaixa e
abate; saberá
governar-se
criteriosamente,
preparar pelos seus
esforços a união fecunda
dos homens numa grande
família de irmãos. Mas
estamos longe ainda
desse estado de coisas!
(Obra citada, pág.
27.)
C. Que tipos de Espíritos habitam nosso globo?
R.: Na Terra, que se
situa em um degrau
inferior na escala dos
mundos, residem apenas
Espíritos principiantes,
ou seja, almas nas quais
a razão começa a
despontar. (Obra
citada, pág. 28.)
Texto para leitura
14. O homem participa de
duas naturezas. Pelo seu
corpo, pelos seus
órgãos, deriva-se da
matéria. Pelas suas
faculdades intelectuais
e morais, procede do
Espírito. Digamos ainda
com mais exatidão,
reportando-nos ao corpo
humano, que os órgãos
componentes dessa
máquina admirável são
semelhantes a rodas
incapazes de andar sem
um motor, sem uma
vontade que os ponha em
ação. Esse motor é a
alma, ligada ao corpo
por um terceiro
elemento, que transmite
ao organismo as ordens
do pensamento. (P. 22)
15. Esse elemento é o
perispírito, matéria
etérea que escapa aos
nossos sentidos. Ele
envolve a alma e a
acompanha depois da
morte, nas suas
peregrinações infinitas,
depurando-se,
progredindo com ela,
constituindo para ela um
corpo diáfano. (PP. 22 e
23)
16. O corpo não passa de
um vestuário de
empréstimo, de uma forma
passageira, de um
instrumento por meio do
qual a alma prossegue
neste mundo a sua obra
de depuração e
progresso. A vida
espiritual é a vida
normal, verdadeira, sem
fim. (P. 23)
17. Admitida em nós a
existência de um
princípio inteligente e
racional, é preciso
remontar à fonte donde
ela dimana. Essa fonte é
designada pelo nome de
Deus, que é o centro
para o qual convergem e
vão terminar todas as
potências do Universo.
(P. 23)
18. Deus deve ser
estudado na majestade
das suas obras. À hora
em que tudo repousa,
quando a noite é
transparente e o
silêncio se estende
sobre a Terra
adormecida, elevemos o
olhar ao infinito dos
céus e reconheceremos
que as manifestações da
vida se produzem por
toda parte e que uma
ordem admirável une, sob
leis uniformes e em
destinos comuns, a Terra
e seus irmãos, os
planetas errantes no
infinito e habitados por
outras sociedades
humanas. (PP. 24 e 25)
19. Contemplemos todos
os seres vivos que
povoam o nosso mundo: as
aves, os insetos, os
animais, as plantas e as
flores, cada um dos
quais é uma obra
maravilhosa, uma joia do
escrínio divino.
Observemos também a nós
mesmos e, considerando
todas essas coisas,
perguntemos à nossa
razão se tanta beleza,
esplendor, harmonia
podem resultar do acaso,
ou se não deveremos
antes atribuir tudo isso
a uma causa inteligente
que preside à ordem do
mundo e à evolução da
vida! (P. 26)
20. Certos materialistas
replicam garbosamente:
“Se Deus fez o mundo,
quem fez portanto a
Deus?” Tal objeção é
insensata. Deus não se
vem adaptar à cadeia das
suas criaturas. É o Ser
universal, sem limites
no tempo e no espaço;
por conseguinte, é
infinito e eterno. Não
pode existir ser
superior ou igual a Ele,
fonte e princípio de
toda a vida. (PP. 26 e
27)
21. A existência dum
plano geral, dum alvo
comum, para o qual
tendem todas as
potências do Universo,
prova a existência duma
causa, duma inteligência
suprema, que é Deus. (P.
27)
22. Dissemos que, para
esclarecer o seu futuro,
o homem devia antes de
tudo aprender a
conhecer-se. Para se
caminhar com segurança,
é necessário saber aonde
se vai. É conformando
seus atos com as leis
superiores que o homem
trabalhará eficazmente
pelo seu próprio
melhoramento e pelo da
sociedade. (P. 27)
23. Quando se
compenetrar da grandeza
da sua missão, o ser
humano saberá
desprender-se melhor
daquilo que o rebaixa e
abate; saberá
governar-se
criteriosamente,
preparar pelos seus
esforços a união fecunda
dos homens numa grande
família de irmãos. Mas
estamos longe ainda
desse estado de coisas!
(P. 27)
24. Ignorante dos seus
destinos, vacilando sem
cessar entre o prejuízo
e o erro, o homem maldiz
às vezes a vida. Curvado
ao seu fardo, inculpa os
seus semelhantes das
provações que suporta e
que são quase sempre
ocasionadas pela sua
imprevidência. Revoltado
contra Deus, a quem
acusa de injustiça, ele
chega algumas vezes, na
sua loucura e no seu
desespero, a desertar do
combate salutar, da
única luta que pode
fortificar sua alma e
prepará-lo para
trabalhos de ordem mais
elevada. (P. 28)
25. Por que o homem
desce, fraco e
desarmado, à grande
arena onde se entrega
sem repouso à eterna e
gigantesca batalha? É
porque a Terra é um
degrau inferior na
escala dos mundos, onde
residem apenas Espíritos
principiantes, ou seja,
almas nas quais a razão
começa a despontar. (P.
28)
26.
Elevando-nos,
pelo pensamento,
acima dos
horizontes da
vida, fazendo
abstração do
tempo e do
espaço, pairando
de alguma sorte
acima das
minúcias da
existência,
entreveremos a
verdade e esta
nos mostrará que
a vida não é
mais, aos nossos
olhos, como o é
para os da
multidão, a vã
procura de
satisfações
efêmeras, mas
sim um meio de
aperfeiçoamento
intelectual, de
elevação moral,
uma escola onde
se aprendem a
docilidade, a
paciência, o
dever. (PP. 29 e
30)
(Continua no
próximo número.) |