Loucura e
obsessão
“OBSESSÃO E
VAMPIRISMO — Em
processos
diferentes, mas
atendendo aos
mesmos
princípios de
simbiose
prejudicial,
encontramos os
circuitos de
obsessão e de
vampirismo entre
encarnados e
desencarnados,
desde as eras
recuadas em que
o espírito
humano,
iluminado pela
razão, foi
chamado pelos
princípios da
Lei Divina a
renunciar ao
egoísmo e à
crueldade, à
ignorância e ao
crime.”
– Evolução em
Dois Mundos –
André Luiz.
Tomando aspecto
de verdadeira
epidemia na
atualidade, tal
qual ocorreu em
outras épocas da
humanidade, como
a peste negra, a
parasitose
espiritual, a
obsessão e a
loucura são
males terríveis
que agonizam as
criaturas,
sobrecarregando-as
de enfermidades
de difícil
diagnóstico
médico e cura
ainda mais
complexa. Em
todo processo
obsessivo há
sempre um quadro
alarmante de
sentimentos
contraditórios
entre obsessor e
sua vítima, que
se atiram
violentamente
uns contra os
outros.
Remanescente do
primarismo
animal que
permanece no
Espírito, o ser
que se sente
ultrajado ou
traído,
desprezado ou
dilapidado no
seu patrimônio
íntimo, investe
contra aquele
que considera
seu adversário,
infligindo-lhe
tormentos
consideráveis,
que podem
terminar em
verdadeiras
tragédias.
Gabriel Delanne,
em seu livro
Evolução Anímica,
cita que a
loucura pode ser
acompanhada
sempre de um
estado mórbido
dos órgãos, que
se traduz, na
maioria das
vezes, por uma
lesão.
Analisando
assim, podemos
considerar que a
alienação será
uma enfermidade
física, quanto à
sua causa,
embora mental
por
consequências,
ou efeitos das
causas passadas.
Pode a loucura
transmitir-se
por
via
hereditariedade,
mas às vezes se
transforma
quando manifesta
nos
descendentes,
através de uma
lesão no sistema
nervoso.
Neste caso, não
há como presumir
que se trata de
Espíritos
obsessores, pois
trata-se do
próprio
organismo
contaminado, que
é modelado pelo
corpo espiritual
pelas suas
tendências,
podendo ocorrer
retardamentos no
mecanismo
cerebral e
muitas vezes a
complicação da
doença.
A
hereditariedade
pode apresentar
metamorfoses:
assim, um
alcoólico pode
procriar
idiotas, caso em
que o encéfalo
fica
parcialmente
destruído por
influência
alcoólica.
A loucura pode
ser processada
também através
das obsessões
espirituais e
estas podem ser
classificadas
entre: obsessão
simples,
fascinação e a
subjugação ou
possessão.
As obsessões
provocam
desordens de
todos os tipos
no corpo físico,
como também no
comportamento,
nos pensamentos
e sentimentos,
deixando
sequelas, se
permanecerem ao
longo do tempo,
produzindo
verdadeiras
lesões
cerebrais.
– A obsessão
simples: Não
pode ser
considerada um
estado
consciencial;
trata-se,
simplesmente, do
pedido de
socorro, da
imposição e da
falta de
conhecimento da
vida espiritual.
Os Espíritos
querem se
comunicar e,
muitas vezes,
geram certos
inconvenientes
para aqueles que
são médiuns e
não sabem lidar
com a situação
por
desconhecerem os
ensinamentos
espíritas.
– A fascinação:
O mecanismo da
obsessão toma
proporções
maiores e as
consequências
tornam-se mais
graves. O
obsedado não se
julga enganado,
já não goza do
seu
livre-arbítrio
integral. Só
obedece às
imposições do
Espírito. É a
hipnotização
espiritual
exercendo
controle sob a
liberdade do
obsedado. Recebe
o comando do
Espírito
obsessor,
derivando deste
as sugestões
simples, até na
criação da razão
e da imaginação
do paciente.
– A possessão: O
domínio do
Espírito
obsessor é
completo; o
subjugado é um
instrumento
absolutamente
dócil às
sugestões do
Espírito, não
resistindo a
esse poder
oculto.
A consideração
do Dr. Bezerra
de Menezes, no
seu livro
Loucura Sob
Um Novo Prisma,
vem ratificar
Gabriel Delanne
e nos diz que o
efeito da
loucura coincide
às vezes com a
lesão daquele
órgão e, em
outras vezes,
não acusa a
mínima lesão
dele.
Pode-se
considerar
natural a
loucura, no
primeiro caso,
como é
inexplicável no
segundo,
porquanto se
admita ser o
cérebro o
gerador do
pensamento que
simplesmente
codifica as
informações.
Como explicar a
perturbação
mental sem lesão
orgânica do
cérebro? A
verdade é que a
loucura não
depende
essencialmente
do estado
doentio e
mórbido do
cérebro.
Se assim fosse,
o cérebro não
geraria o
pensamento,
independente
deste órgão,
podendo o
pensamento
sofrer
perturbações. A
alma é o
principal
comandante dos
pensamentos, é
ela quem pensa e
os transmite
para o cérebro.
Utiliza do
cérebro como
instrumento.
André Luiz, no
livro
Evolução Em Dois
Mundos,
comenta que
muitos dos
nossos irmãos
desencarnados
ainda presos a
sentimentos de
ódio e ira
cercam suas
vítimas
encarnadas,
formando
perturbações que
podemos
classificar como
"infecções
fluídicas" e que
determinam o
colapso cerebral
com arrasadora
loucura.
Os obsessores
sugam as
emanações vitais
dos encarnados
que com eles se
simpatizam,
injetam sobre as
vítimas
determinados
produtos,
contaminando a
cadeia
organizacional
do organismo que
vai devorando os
tecidos
delicados do
carro físico,
alterando a tela
mental do
indivíduo ao
pessimismo
ácido. Desse
modo, modificado
o comportamento,
o pensamento e o
sentimento da
vítima,
tornam-se
obsessor e
obsedado uma
única e só
pessoa, numa
simbiose
perfeita.
Hospedeiro e
parasita
alimentam-se da
mesma sintonia
espiritual,
pelas ondas que
transmitem os
pensamentos e
com a
intensidade dos
mesmos
sentimentos,
processando o
mecanismo dos
parasitas
espirituais.
As eternas leis
da justiça
dispõem de
processos
curadores para
harmonizar os
atritos,
conflitos e os
despautérios
contra os
códigos da vida.
Sem criar novos
débitos e,
conforme muito
bem acentuou
Jesus, “o
escândalo é
necessário, mas
ai do
escandaloso",
ninguém tem o
direito de fazer
com as próprias
mãos a justiça,
não revidando o
mal com o
próprio mal.
Conforme as
normas do
equilíbrio,
terão que
utilizar dos
próprios e
eficazes meios,
através da
reencarnação,
para a correção
dos desacertos.
Sabe-se que os
desconcertos
íntimos são
consequências,
em decorrência
da queda de
alguém, assim, o
algoz que
perturbar a
ordem tem como
compromisso a
reorganização
das desavenças.
A obsessão é,
portanto, uma
condição de
falência moral
temporária
daquele que se
transforma em
comandante do
outro, de forma
dolorosa e
duradoura.
O pensamento
mortífero
torna-se
insustentável no
seu campo mental
e no
comportamento
emocional.
Começa a
predominar como
única ideia
perniciosa que
se infiltra,
construindo
teias de
desequilíbrio e
alucinação.
A obsessão é um
penoso mecanismo
de ajuste
harmônico
consciencial
daqueles que não
se dão a chance
de evoluir sob
abençoada
oportunidade do
amor fraternal,
caindo nas
malhas
edificadoras do
ódio, do
ressentimento,
da necessidade
de cobrança e da
paixão
exagerada.
Para sair deste
processo de dor
e flagelo, é
necessária a
prece, a
paciência, a
renovação dos
propósitos
morais do
enfermo. A
insistência na
prática das
ações
libertadoras e,
quase sempre, de
um grupo de
apoio que deve
ter início no
próprio lar,
desde que
aqueles com os
quais o enfermo
convive estejam
incluídos no
mesmo mecanismo
depurativo.
Questão: 375 –
Qual a situação
do Espírito na
loucura?