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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 110 - 7 de Junho de 2009

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)

Crônicas de Natal

Folia


Com maestria as cordas da viola são dedilhadas à porta de cada residência. Violeiros devotos, em coro uníssono de vozes acostumadas à luta cotidiana, abeiram-se das humildes portas para cantar o nascimento do Deus Menino.

O vento sibilante pelas ruelas não desanima aqueles que sustentam a tradição de, amparados pelo luar, cantar até o nascer do sol as glórias daquele dia tão significativo na história da humanidade. Residência após residência, segue a folia renovando a fé e a esperança de todo o povo.

Naquele ano, aproximava-se o início do amanhecer e a folia, já exaurida, completava o que julgava ser a última visita daquela noite. Os amigos cantadores já começavam a guardar os seus instrumentos, quando Geraldo, um dos cantadores mais antigos, começa a soluçar em prantos. Os amigos logo acodem o companheiro, que desabafa que seu filho padecia de doença em estado terminal e que tinha certeza que daquele Natal ele não passaria.

Os amigos, após levar a lembrança da noite de Belém a tantos lares, não tinham o que dizer para consolar o amigo que estava sempre à frente da ação de fé de todo final de ano. Caminhavam então abraçados, no retorno para suas residências, mudos e preocupados com o destino do menino.

Ao se despedir de seus amigos, Geraldo caminhou para sua casa, mentalizando as cantigas de Santos Reis, agarrando-se firmemente à sua viola com coloridas fitas amarradas.

Ao ver sua residência, que ficava no pé de uma elevação, nota vultos em volta da mesma, o que aumenta a sua preocupação e o faz apertar o passo. Ao aproximar-se, ele vê bois, burros e carneiros deitados em volta do seu lar, como que reverenciando-o.

Rapidamente ele entra em casa e vai direto para o quarto do menino, que está sentado com sua mãe, lendo uma passagem da Bíblia.

Geraldo abraça-os afetuosamente e pergunta se está tudo bem. O filho narrou que acordou com uma luz clara na janela e olhou por ela e viu uma grande folia com muitos violeiros cantando belas cantigas.

Ele acordou a mãe e ficaram ambos da janela olhando a folia. Ao final, a dona da casa ofereceu a esmola de costume, que os violeiros disseram não ser preciso,  afastando-se para trás da serra.

A mulher interroga Geraldo se ele sabia de outra folia que também estava cantando nas redondezas. Geraldo acena a cabeça negativamente... E seu filho passou dezenas de natais ainda junto de sua família.

   
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita