Flávia pergunta-nos se os
animais irracionais também
evoluem e se um dia chegarão
à condição humana.
Kardec inseriu no cap. VI de
seu livro A Gênese
informação transmitida
mediunicamente pelo Espírito
de Galileu segundo a qual o
Espírito não chega a receber
a iluminação divina, que lhe
dá, simultaneamente com o
livre-arbítrio e a
consciência, a noção de seus
altos destinos, sem haver
passado pela série
divinamente fatal dos seres
inferiores, entre os quais
se elabora lentamente a obra
da sua individualização.
Apenas a contar do dia em
que o Senhor lhe imprime na
fronte o seu tipo augusto, o
Espírito toma lugar no seio
das humanidades.
(A Gênese, cap. VI, itens
14, 15 e 19.)
No livro A Evolução
Anímica, pp. 70 e 71,
Gabriel Delanne nos ensina:
“Se tivermos bem de vista os
fatos retrocitados, a
respeito dos selvagens,
compreenderemos melhor a
marcha ascendente do
princípio pensante, a partir
das mais rudimentares formas
da animalidade, até atingir
o máximo do seu
desenvolvimento no homem. Os
povos primitivos são
vestígios que demonstram as
fases do processo
transformista, mas tais
seres que nos parecem tão
degradados são, ainda assim,
superiores ao nosso
ancestral da época
quaternária, o que nos
permite compreender que não
existe diferença essencial
entre a alma animal e a
nossa.”
André Luiz confirma em seu
livro Evolução em Dois
Mundos, Primeira
Parte, cap. VII, pp. 56 e
57, o ensinamento em exame.
Podemos, portanto, afirmar
que é passando pelos
diversos graus da
animalidade que a alma se
ensaia para a vida e
desenvolve, pelo exercício,
suas primeiras faculdades.
Chegada ao grau de
desenvolvimento que esse
estado comporta, ela recebe
as faculdades especiais que
constituem a alma humana.
Em face disso, é possível
concluir que a alma de um
animal um dia chegará à
condição de uma alma humana,
fato que assinala para os
seres do reino animal um
objetivo, uma finalidade na
vida, que é o progresso, o
mesmo progresso que
possibilitará que, um dia,
nós humanos cheguemos à fase
da angelitude.
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