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O Espiritismo responde
Ano 3 - N° 111 - 14 de Junho de 2009
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)



Flávia pergunta-nos se os animais irracionais também evoluem e se um dia chegarão à condição humana.

Kardec inseriu no cap. VI de seu livro A Gênese informação transmitida mediunicamente pelo Espírito de Galileu segundo a qual o Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização.  Apenas a contar do dia em que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito toma lugar no seio das humanidades. (A Gênese, cap. VI, itens 14, 15 e 19.)

No livro A Evolução Anímica, pp. 70 e 71, Gabriel Delanne nos ensina: “Se tivermos bem de vista os fatos retrocitados, a respeito dos selvagens, compreenderemos melhor a marcha ascendente do princípio pensante, a partir das mais rudimentares formas da animalidade, até atingir o máximo do seu desenvolvimento no homem. Os povos primitivos são vestígios que demonstram as fases do processo transformista, mas tais seres que nos parecem tão degradados são, ainda assim, superiores ao nosso ancestral da época quaternária, o que nos permite compreender que não existe diferença essencial entre a alma animal e a nossa.”

André Luiz confirma em seu livro Evolução em Dois Mundos, Primeira Parte, cap. VII, pp. 56 e 57, o ensinamento em exame.

Podemos, portanto, afirmar que é passando pelos diversos graus da animalidade que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades. Chegada ao grau de desenvolvimento que esse estado comporta, ela recebe as faculdades especiais que constituem a alma humana. 

Em face disso, é possível concluir que a alma de um animal um dia chegará à condição de uma alma humana, fato que assinala para os seres do reino animal um objetivo, uma finalidade na vida, que é o progresso, o mesmo progresso que possibilitará que, um dia, nós humanos cheguemos à fase da angelitude.

 

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita