WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 112 - 21 de Junho de 2009

CELSO MARTINS
limb@sercomtel.com.br  
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
Para onde vamos?


Quero crer que o leitor ou a leitora amigos já tenham lido o romance “Quo Vadis?” Trata-se de um clássico da literatura universal, de autoria de um escritor polonês, havendo, inclusive, uma lindíssima versão em Esperanto, pelo talento de Lydia Zamenhof, filha (escusado esclarecer) do iniciador do idioma Esperanto, do Amor Universal. Em síntese, é Jesus que aparece a São Pedro, conforme a tradição católica, quando o velho pescador foge de Roma, para escapar da fúria de Nero, e o Cristo, indagado pelo discípulo, “Para onde vais, Senhor?”, ouve e responde: “Para Roma”. E o apóstolo, corrido de vergonha, se volta, trôpego, para a capital do Império Romano e é crucificado de cabeça para baixo.

Desde que me entenda, eu me vejo correndo. Correndo atrás dos ponteiros do relógio. Antes, como aluno; depois, como professor. Outrora, como filho; agora, como marido e pai e... ainda... não avô. E depois de aposentado, dando aulas de março de 1960 até junho de 1999, mudei de nome. Sou o Jacques. A mulher diz: “Já que você não faz nada, vai comprar verduras na feira-livre.” O filho emenda: “Já que você vai à rua, desconta no banco este cheque par mim, aproveitando a fila dos velhos.” E a filha aproveita o embalo e pede: “Paiêêê... já que estás desocupado, tire uma cópia xerográfica deste mapa que eu vou dar aulas à noite usando este recurso didático.” É... Virei o Jacques. Está rindo? Se não é você agora o Jacques, deixa o tempo passar. Será meu ilustre xará e verá o que é bom pra tosse...

Conheço pessoas que correm a semana toda para descansar no sábado e no domingo. E enfrenta os homéricos engarrafamentos quem vai à Serra ou às praias. E voltam estas pessoas correndo para a cidade a fim de trabalhar.

Conheço pessoas que não aprendem o Esperanto por falta de tempo. Ah! Não imaginam o que estão perdendo não conhecendo a língua da paz e da esperança! Que de coisas lindas aprendi de todas as partes do mundo sem me obrigar a saber aquela bateria de exceções do inglês, aqueles 200 verbos irregulares do francês, as declinações do alemão, os chamados falsos amigos do espanhol.

Conheço pessoas que não têm tempo para sequer saber por que razão estão a correr de lá pra cá e de cá para lá.

Claro que não tenho direito de investigar a vida do meu semelhante. Melhor que ele proceda assim do que vigiar a vida do vizinho. Ou a infernizar o viver do parente mais próximo. Todavia, como disse O. W. Holmes, o mais importante neste mundo não é tanto onde estamos, mas em que direção estamos nos movendo.


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita