EDUARDO AUGUSTO
LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São
Paulo (Brasil)
Ovoides
“Inúmeros
infelizes,
obstinados na
ideia de fazerem
justiça pelas
próprias mãos ou
confinados a
vicioso apego,
quando
desafivelados do
carro físico,
envolvem
sutilmente
aqueles que se
lhes fazem
objeto da
calculada
atenção e,
auto-hipnotizados
por imagens de
afetividade ou
desforço,
infinitamente
repetidas por
eles próprios,
acabam em
deplorável
fixação
monoideísta,
fora das noções
de espaço e
tempo, acusando,
passo a passo,
enormes
transformações
na morfologia do
veículo
espiritual,
porquanto, de
órgãos
psicossomáticos
retraídos, por
falta de função,
assemelham-se a
ovoides"... "Evolução
Em Dois Mundos"
– André Luiz.
A reencarnação é
a bendita
oportunidade de
recomeçarmos o
trajeto perdido,
o Espírito tem o
livre-arbítrio
para tomar suas
decisões, a
Terra é a escola
para o
burilamento
espiritual.
Somos o
somatório de
nossas
experiências e
levamos para o
além-túmulo
todas as nossas
tendências,
sendo elas más
ou boas; a morte
não santifica
ninguém. O
inferno e o
paraíso são
graus de
consciência; o
Espírito errante
habita sua nova
moradia de
acordo com suas
afinidades.
Para adentrarmos
no processo de
ovoidização
utilizamos o
seguinte
pensamento:
"iremos definir
de alguma sorte,
o corpo
espiritual; é
preciso
considerar,
antes de tudo,
que ele não é
reflexo do corpo
físico, porque,
na realidade, é
o corpo físico
que o reflete,
tanto quanto ele
próprio, o corpo
espiritual,
retrata em si o
corpo mental que
lhe preside a
formação" (André
Luiz).
Para entendermos
melhor, André
Luiz, no livro "Evolução
Em Dois Mundos",
deixa claro que
tudo se
concentra no
corpo mental,
que é a sede do
pensamento.
Este comanda
tudo, tendo a
formação sutil,
urdida em
recursos
dinâmicos,
extremamente
porosa, plástica
e amorfo, é o
único corpo que
não sofre lesões
ou alterações.
O corpo mental
modela o corpo
perispiritual
que é um corpo
semimaterial,
sendo este
mutável,
perecível, e se
perdem então as
informações e
características
do ser,
armazenadas no
corpo mental. O
corpo
perispiritual
modela o corpo
físico; este
também sofre
alterações e
lesões, de
acordo com suas
atitudes e
sentimentos.
A alma encarnada
ou desencarnada
está envolvida
em um campo de
irradiação,
resultante de
sinergias
provenientes das
células do corpo
físico, das
células do corpo
perispiritual e
do corpo mental,
constituindo uma
aura ou halo
magnético.
As zonas
inferiores
possuem um
padrão de
energia denso,
negativo, onde
reinam os
sentimentos
primitivos de
ódio, vingança,
ira e revolta.
A entidade
desencarnada em
desequilíbrio
profundo, agora,
passa a habitar
sua nova casa,
sofrendo as
influências do
meio ambiente em
que vive. E,
fixada em
desejos de
vingança ou em
apegos doentios
sobre os vícios
que deixou ao
desenlace do
corpo carnal,
passa a ser
envolvida e
influenciada por
aqueles que são
objeto de
perseguição e,
sobretudo,
consumida pela
ideia fixa de
destruição
(monoideísmo).
Começa então a
transformação do
seu novo corpo,
passando a
sofrer o assédio
de suas próprias
energias
inferiores.
Atrofiam seus
órgãos
perispirituais
por longo tempo
nestas esferas
pesadíssimas.
Compartilham da
mesma corrente
mental,
influenciando o
meio em que
agora vive e se
deixando também
ser influenciado
por
comportamentos
viciosos. Vão
perdendo a
forma, se
mutilando até
chegar à forma
ovoide.
Muitas vezes, a
misericórdia
divina atua
sobre estes
irmãos, para que
eles não
alcancem este
processo
doloroso,
impondo-lhes a
reencarnação
compulsória.
Aonde vemos, na
maioria das
vezes, seres
deformados com
aberrações aos
olhos humanos.
Os pais de seres
nestas
condições,
geralmente, têm
débitos com
estes Espíritos,
servindo de lar
de apoio e
reajuste para as
consciências
aprenderem o
verdadeiro
sentimento, que
é o amor. Tendo
sempre o auxílio
dos bons
Espíritos,
intuindo estes
irmãos para
vencerem a
tarefa que fora
deixada para
trás, e que,
agora, pedem a
reconciliação
entre os
envolvidos.
Este processo de
ovoidização
acontece também
para aqueles
Espíritos que
restringem o
processo da
reencarnação,
vivendo muito
tempo nessas
zonas de
sofrimentos.
Alimentando-se
das vibrações
que lhe são
afins, o
sentimento que
percorre em sua
mente permanece
em circuito
fechado,
continuamente
(monoideísmo).
Não havendo
outros estímulos
a não ser a
ideia fixa, o
perispírito
começa a sofrer
mutações, vai
atrofiando-se,
tal como
acontece aos
órgãos do corpo
físico, quando
paralisados.
Ovoide nada mais
é do que a
transformação do
perispírito
através dos
sentimentos,
pensamentos e
comportamentos
negativos, sendo
este moldado
pelo corpo
mental, que se
adapta de acordo
com a situação
vivida pelo
perispírito.
Os obsessores
desencarnados
utilizam-se
desses ovoides
para
intensificar o
cerco às suas
vítimas.
Imantando-as
(como
sanguessuga
agarrada à sua
vítima, sugando
o sangue que
serve de
alimento) nos
pontos
energéticos (chakras)
do nosso corpo
físico, como no
chakra genésico,
no chakra
coronário e no
chakra
esplênico,
alimentando-se
das energias
humanas para
sentir o gosto,
o cheiro e o
sabor da vida
material e dos
prazeres
mundanos
deixados pela
morte do corpo
físico. Com este
assédio, a
estrutura
espiritual do
ser vai ficando
enfraquecida.
Instala-se então
o chamado
parasitismo
espiritual,
através do qual
o obsediado
passa a viver o
clima criado
pelos obsessores
e agravado pelas
ondas mentais
altamente
perturbadoras
dos ovoides. É
uma subjugação
gravíssima que
pode lesar o
cérebro ou
outros órgãos
que estejam
sendo visados.
Mesmo depois da
retirada destes
ovoides do corpo
astral, pela
equipe
socorrista,
danos podem ser
causados às
tecelagens sutis
do corpo físico,
contaminando as
células do
organismo.
Apenas através
da reencarnação
e de tratamentos
espirituais
(como o passe
magnético) é que
os ovoides
poderão plasmar
outra vez o
perispírito,
juntamente com a
nova forma
carnal, mas
trazendo consigo
as marcas, as
deformidades, as
lesões
provocadas pelos
excessos.
Em algumas
situações, a
curta gestação
está relacionada
com casos de
ovoide em
recuperação.
Cria-se um elo
de fluidos, onde
o amor imantado
pela onda mental
da mãe regenera
as células do
Espírito doente.
A gravidez
fluídica (que
pela ciência é a
gravidez
psicológica)
também ajuda na
reconstituição
do perispírito
lesado. A oração
também é bálsamo
de alívio para
estes irmãos que
necessitam da
compaixão e da
compreensão sem
julgamento para
as dores morais
e físicas.
A família e
principalmente o
amor dos pais
são bênçãos de
luz sobre este
ser sofrido, que
ainda vive no
estado da
ignorância
espiritual. São
o remédio e a
oportunidade de
tentarmos nos
melhorar para
futuras
reencarnações.
Muitos dos
transtornos que
passamos nos
pouparão séculos
de angústias.
Almas doentes
tornam-se almas
sadias; almas
algemadas
tornam-se almas
afins; almas
escravizadas
pelo mal
tornam-se almas
rumo à luz.
O lar doméstico
é como o
escultor
solitário com a
mão calejada.
Lapida a pedra
bruta fazendo
uma linda
escultura, como
o poeta, que
desiludido por
um amor não
compartilhado,
consegue, num
simples pedaço
de papel,
transcrevê-lo na
mais linda
poesia de amor.
Podemos ainda
comparar com o
jardineiro que,
fiel no labutar
da rotina, se
espinha nos
espinheiros da
rosa e mesmo
assim consegue
contemplar sua
beleza e sentir
seu aroma.
O lar é o palco
de
reconciliações,
aperfeiçoamento
e treino para
exercitarmos em
nós mesmos o
amor, através da
dor, da renúncia
e do esforço. É
no lar que se
criam anticorpos
contra o orgulho
e o egocentrismo
das nossas almas
pequenas,
desgastando as
energias
deletérias na
transformação do
amor fraternal.
Há alguns casos
nos quais,
dentro de um só
ovo, há vários
outros ovoides.
Muitas vezes são
falanges
inteiras de
Espíritos afins,
que criaram uma
simbiose
tamanha,
entrelaçando
seus corpos
espirituais uns
aos outros, pela
onda mental
criada e
compartilhada
pelos mesmos
hábitos,
sentimentos e
pensamentos. E,
em muitas
ocasiões,
demoram-se
séculos e
séculos para a
libertação dos
laços que os
prenderam de
ódio e vingança.
Alguns casos de
gêmeos xifópagos
pertencem a esse
processo de
ovoidização,
pela simbiose
gerada na
cumplicidade dos
atos insanos; ao
reencarnarem-se,
ligam-se à
esfera
perispiritual
materna e,
posteriormente,
ao fluido vital
do óvulo,
ocorrendo a
fecundação, a
célula
germinativa. Sob
a influência de
duas energias
espirituais
diferentes, essa
célula tende a
se bipartir, ou
seja, quando o
ovo inicia sua
multiplicação,
há a separação
em duas células,
que
desenvolverão
dois organismos
filhos, em
corpos grudados,
para darem valor
à própria
individualidade
e se libertarem
da auto-hipnose.
Jesus, o Mestre
incondicional,
de todas as
horas, sempre
nos lembrou que
o melhor remédio
para nos
livrarmos da
obsessão é a
oração que nos
liga ao ser
supremo
(“orai!”). E o
vigiar na
conduta reta,
ajudando os
nossos irmãos
sofredores
através da
caridade cristã
(“vigiai!”).
“Orai e vigiai”
são as
ferramentas
necessárias que
nos darão o
sustento e o
equilíbrio para
caminharmos,
lembrando sempre
que o passado
ingrato nos
serve de alerta
para um futuro
sem
quedas.
"No sentido de
desorganização,
de desagregação
das partes, de
dispersão dos
elementos, não
há morte senão
para o
envoltório
material e o
envoltório
fluídico. A alma
ou Espírito,
porém, não pode
morrer, para que
possa progredir;
se assim não
fosse, perderia
sua
individualidade,
o que
equivaleria ao
nada" ("Obras
Póstumas" –
Allan Kardec).
"A ideia [sic]
da morte
espiritual como
destruição do
Espírito
subsiste ainda
em algumas
correntes
espiritualistas.
O Espiritismo
não a admite,
explicando a sua
origem como
simples confusão
com a perda ou
destruição do
perispírito.
Este, que é o
corpo
espiritual,
organismo
energético, de
natureza
semimaterial
(composto de
energias
espirituais e
materiais, elo
de ligação entre
o corpo físico e
a alma), pode
ser destruído
por abusos ou
acidentes, como
acontece com o
corpo orgânico."
(Nota de José
Herculano Pires,
no livro “Obras
Póstumas”.)