PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul
(Brasil)
O
justo não pode pagar
pelo pecador
Analisando sem
achismo pessoal,
fanatismo religioso,
extremismo
comportamental ou
discriminação
preconcebida, com
certeza absoluta
chega-se à conclusão
de que no mundo
existem muitas
injustiças, porém
ninguém vive
injustiçado. Cada
indivíduo é o único
responsável, perante
a Justiça Divina,
por tudo o que lhe
acontecer. Não há
como pulverizar a
responsabilidade,
tampouco as culpas.
Por esta afirmativa
é crível afirmar que
ninguém poderá ser
responsabilizado
pelos erros dos
outros.
Com esta observação
lógica, claudica
aquele argumento
secular: “o justo
paga pelo pecador”.
Acreditar que isso
poderia acontecer
seria no mínimo:
– desdenhar do amor,
da bondade e,
principalmente, da
verdadeira Justiça
Divina;
– duvidar
peremptoriamente da
seriedade, e de um
dos sacrossantos e
encorajadores
ensinamentos
trazidos por Jesus,
o Cristo: - “A cada
um será dado
conforme a sua
obra”;
– evidenciar o
descrédito no adágio
popular consagrado
desde antanho: -
“nada acontece por
acaso”;
– ignorar a
veracidade
filosófica quando
diz: - “não há
efeito sem causa,
tudo tem uma razão
de ser”; e
– sepultar nas
profundezas da
ignorância a “Lei de
causa e efeito, ação
e reação”, que é
Universal.
Agora fica o
impasse. É desumano
não sensibilizar-se
diante das dores
físicas,
psicológicas,
morais, espirituais,
pelas quais um ser
humano é acometido?
Será justo não
apiedar-se quando
catástrofes
tenebrosas devastam
habitações e ceifam
vidas de pessoas
incautas?
Evidentemente que
seria desumano.
Entretanto, é
injusto atribuí-las
aos desígnios ou à
vontade soberana de
Deus. Ele jamais
usará da Sua Suprema
Soberania para fazer
Seus filhos sofrerem
sem uma causa justa.
O sofrimento está
diretamente
proporcional à
culpabilidade de
cada um. Caso
contrário, o senso
de justiça torna-se
inexistente. O ser
humano já nasceria
predestinado às
vicissitudes
nefastas que o
levariam à miséria
humana de todos os
jaezes, sem
perspectivas de dias
melhores. Nesse
caso, de que
adiantaria ele
seguir os
mandamentos de Lei
do Amor,
preconizados e
ensinados pelo
Cristo?
O bom senso induz a
pensar que o Cristo
está certo: “A cada
um conforme a sua
obra”. Portanto, ao
justo não é
concebível pagar
pelos pecados ou
erros dos outros.