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A
ideia
de
reunir
homens
da
Justiça
para
estudo
e
propaganda
da
Doutrina
Espírita
originou-se
de
um
grupo
de
policiais
civis
de
Araçatuba,
interior
de
São
Paulo,
quando
ocorreram
os
primeiros
rudimentos
de
encontros
de
delegados
espíritas
há
alguns
anos
antes
de
se
dar
começo
à
UDEsp
(União
dos
Delegados
de
Polícia
Espíritas
do
Estado
de
São
Paulo).
Tendo
em
vista
a
continuidade
da
corajosa
e
pioneira
tarefa
dos
colegas
de
Araçatuba
que,
por
algum
motivo
não
cresceu,
o
delegado
Valdir
Bianchi
e um
amigo,
o
procurador
do
Estado
Washington
Nogueira
Fernandes,
reuniram
a
classe
na
capital
paulista.
Com
o
propósito
de
sensibilizar
policiais
quanto
a
exercer
o
ofício
com
segurança
e o
apoio
moral
que
a
Doutrina
Espírita
proporciona,
através
do
estudo
e da
prática
das
virtudes,
as
primeiras
reuniões
aconteceram
na
sede
própria
da
ADPESP
(Associação
dos
Delegados
de
Polícia
do
Estado
de
São
Paulo),
na
Avenida
Ipiranga
919,
centro
de
São
Paulo
(fotos).
Como
surgiu
a
ideia
de
realizar
os
encontros
Bianchi,
no
fim
dos
anos
90,
exercia
o
cargo
de
delegado
e
lecionava
na
Academia
de
Polícia.
Estudioso
da
Doutrina, voluntário do quadro de
trabalhadores
da Casa
Transitória
Fabiano de
Cristo, uma das
mais
conceituadas
instituições de
assistência
social espírita
do País,
resolveu unir-se
ao amigo e
incentivador,
profundo
conhecedor da
Doutrina
Espírita, além
de
abalizado
biógrafo
do
médium
e
tribuno
Divaldo
Pereira
Franco.
Decidiram-se
pela
responsabilidade
de levar a
efeito o plano
de juntar seus
colegas e
dar-lhes um
suporte
espiritual para
melhor cumprir
seus deveres.
“Mesmo
diante
de
um
criminoso
reconhecido,
é
preciso
manter
a
serenidade
e aplicar
a
lei
com
disciplina
sem
necessidade
de
violência”,
afirmou.
|
|
Dr.
Valdir
Bianchi,
fundador
e
primeiro
presidente
da UDEsp
em 1999 |
|
|
Mesa
diretora
do 11°
Encontro
da UDEsp
em 2008 |
|
|
Dr. João
Francisco
Crusca,
delegado
de
polícia
e
professor
da UNIP |
|
Washington
L. N.
Fernandes,
um dos
idealizadores
dos
encontros |
|
“A
delegacia
fica
aberta
vinte
e
quatro
horas
e,
para
lá,
convergem
todos
os
tipos
de
problema,
levados
por
pessoas
desesperadas
em
busca
de
um
direcionamento
imediato,
e
nesse
sentido,
precisamos
ouvi-las,
auxiliá-las,
exercendo
a
caridade
fraterna.” |
Em
19
de
janeiro
de
1999,
após
alguns
persistentes
contatos
e
convites,
o
reduzido
grupo
de
quatro
pessoas
esteve
no
interior
da
Biblioteca
Dr.
Coriolano
Nogueira
Cobra,
em
uma
das
dependências
da
ADPESP.
Pouco
tempo
depois
foi
decidido
nesse
mesmo
local
realizar
o
primeiro
evento.
Nessa
oportunidade,
aumentara
o
número
de
partícipes.
Além
de
Bianchi
e o
procurador
Fernandes,
tomaram
parte
Bismael
Moraes,
Luiz
Carlos
Rocha
(já
desencarnado),
José
Leal,
Orlando
Ricardo
e
esposa,
Antonio
César
Silva,
Oscar
Ferraz
Gomes,
José
Quinto
e
outros.
Como
profissionais
da
Justiça,
o
novo
grupo
decidira
que
a
pauta
dos
futuros
encontros
consistiriam
basicamente
em
assuntos
ligados
aos
bens
maiores
do
ser
humano:
a
vida,
a
integridade
física,
a
honra,
a
segurança,
o
patrimônio
consoante
princípios
espíritas
e de
acordo
com
a
nova
legislação
penal
e
processual
penal,
ocasião
em
que
o
Catolicismo
Romano,
segundo
a
encíclica
Fides
et
Ratio,
de
1998,
admitira
a fé
raciocinada,
tema
de
há
muito
defendido
pelos
espíritas,
ou
seja,
há
mais
de
cento
e
cinquenta
anos.
O
primeiro
encontro
de
delegados
Foi
em
14
de
março
de
1999,
às
19h30,
no
Auditório
Dr.
Ivahir
de
Freitas
Garcia,
da
ADPESP,
que
ocorreu
o 1º
Encontro
Estadual
dos
Delegados
de
Polícia
Espíritas,
com
três
palestras
sucessivas
de
30
minutos
cada,
com
espaço
seguinte
para
perguntas
e
debates.
Por
exemplo,
a
pena
de
morte,
o
anteprojeto
do
Código
Penal,
o
aborto,
a
eutanásia,
a
cremação,
etc.
já
foram
motivos
de
discurso,
tudo,
é
claro,
sob
a
ótica
espírita.
A
partir
do
primeiro
seminário,
todos
os
eventos
conseguiram
um
bom
resultado.
“De
acordo
com
a
sequência
das
reuniões
mensais
e
dos
seminários,
desde
o
ano
de
99,
houve
razoável
aumento
do
número
de
autoridades
interessadas
em
estar
conosco
para
o
estudo
da
Doutrina”,
afirmou
o
atual
presidente
da
UDEsp.
Segundo
ele,
conseguiram
não
só
trazer
profissionais
da
capital
como
do
interior
paulista.
“Delegados,
escrivães
e
outros
têm
comparecido
com
muito
entusiasmo
e
desejo
de
contribuir
para
o
bom
êxito
do
nosso
movimento
espírita-cristão”,
completou.
O
presidente
da
UDEsp,
delegado
João
Francisco
Crusca,
professor
de
Direito
Penal
e
Processual
na
UNIP,
responsável
pelo
Disque
Denúncia
paulista
e
membro
do
Centro
de
Direitos
Humanos
e
Segurança
Pública
Celso
Vilhena
declarou
também
que,
no
início
do
ano
2000,
se
viu
atraído
pelos
encontros.
“Quando
abracei
as
atividades,
chamavam
as
reuniões
e
simpósios
de
encontros
de
delegados
de
polícia
espíritas’.
A ideia
amadureceu
e
tornou-se
bem
mais
sólida”,
acrescentou,
como
revela
o
confrade
na
entrevista
seguinte:
O
Consolador:
os
encontros
anteriores
de
delegados
espíritas
não
foram
tão
efetivos
como
se
esperava,
embora
os
simpósios
anuais
viessem
tendo
sucesso?
Exatamente!
Naquele
tempo,
a
coisa
era
meio
informal
e um
tanto
difícil
reunir
um
bom
número
de
delegados
e
outros
profissionais.
O
Consolador:
Por
falar
nisso,
já
se
fez
um
levantamento
de
quantos
policiais
civis
e
militares
do
Estado
de
São
Paulo
e de
outros
Estados
brasileiros,
inclusive
policiais
da
área
federal,
são
espíritas?
Olha,
a
bem
da
verdade,
não
há
uma
ideia
exata
de
quantos
policiais
espíritas
existem,
pelo
menos
no
Estado
de
São
Paulo.
O
levantamento
é um
caso
a
pensar...
O
Consolador:
E a
sigla
UDEsp?
Quando
foi
criada?
Na
reunião
do
dia
24
de
março,
do
derradeiro
ano
do
milênio,
ficou
bem
mais
claro
o
papel
do
nosso
movimento
no
meio
policial.
Justo
nessa
oportunidade,
criamos
a
sigla
UDEsp.
Nessa
data,
decidiu-se
de
uma
vez
por
todas
que
o
objetivo
dos
encontros
mensais
de
delegados
seriam
exclusivamente
para
estudar,
discutir
e
divulgar
o
Espiritismo
como
doutrina
esclarecedora,
com
base
na
fé
conforme
à
razão,
como
têm
feito
outras
instituições:
a
dos
militares
espíritas
das
Forças
Armadas,
a
dos
desembargadores,
ministros
e
juizes
de
Direito,
e a
do
Ministério
Público,
composta
de
promotores
e
membros
da
superior
instância
do
Ministério
Público,
não
deixando
de
destacar
a
Associação
Jurídico-Espírita
de
São
Paulo
(AJE),
núcleo
recentemente
instituído
pelo
jovem
promotor
Tiago
Essado.
O
Consolador:
Sabemos
que
a
UDEsp
já
possui
o
seu
estatuto.
Fale-nos
a
respeito.
De
fato.
No
dia
17
de
maio
de
2007
aprovamos
o
nosso
estatuto,
votado
em
assembleia
geral,
através
dos
atuais
membros
de
nossa
gestão.
O
Consolador:
As
reuniões
continuam
na
ADPESP?
Como
se
processam?
Não
é lá
muito
diferente
das
de
outrora.
As
reuniões
acontecem
uma
vez
por
mês,
em
geral,
numa
quinta-feira,
às
20
horas,
em
caráter
provisório
no
auditório
da
ADPESP.
É
assim:
todos
assinam
a
lista
de
presença;
em
seguida,
fazemos
a
prece
inicial
para,
depois,
tratarmos
da
leitura
da
ata
da
reunião
anterior,
dos
assuntos
administrativos
e de
interesse
do
grupo.
Damos
início
ao
estudo
sequenciado
da
Doutrina
Espírita,
e
todos
participam
por
meio
de
breves
comentários
após
leitura
e
exposição
de
um
tema
de
O
Livro
dos
Espíritos,
feitos
por
duas
pessoas
previamente
escaladas.
Encerramos
agradecendo
a
Deus,
a
Jesus
e
aos
bondosos
Espíritos
que
nos
assistem,
em
especial
a
uma
Entidade
simpática
à
UDEsp,
o
Espírito
Rafael
Américo
Ranieri,
que
foi
delegado
de
polícia
e
secretário
de
segurança
pública
paulista,
e
sem
falar
dos
salgadinhos
e
doces,
sucos
e
refrigerantes
servidos
a
todos
os
companheiros.
O
Consolador:
Quantos
policiais
fazem
parte
da
UDEsp?
É
uma
instituição
só
para
delegados?
Já
nos
fizeram
essa
pergunta...
Não,
necessariamente.
Aliás,
o
número
de
associados
varia
muito,
e há
entre
nós
alguns
companheiros
de
outros
ramos
de
atividade.
Aproveito
para
convidar
espíritas
e
simpatizantes
para
que
conheçam
o
nosso
trabalho,
comparecendo
às
nossas
reuniões.
Contamos
com
todos,
afinal,
a
UDEsp
não
é
elitista.
O
Consolador:
Além
de
estudar
a
Doutrina
Espírita,
planejar
eventos
como
os
costumeiros
seminários,
os
senhores
possuem
outras
atividades?
Sim.
Aliás,
em
nossa
gestão,
afora
as
mencionadas
atividades,
incluímos
a
assistência
social.
Ajudamos
familiares
de
policiais
detidos,
e
nos
fins
de
ano
doamos
cestas
básicas,
fazemos
o
Natal
dessas
famílias.
Também
doamos
livros
espíritas
à
biblioteca
de
uma
penitenciária
onde
se
encontram
reclusos
cerca
de
90
policiais.
Alguns
de
nossos
membros
realizam
palestras
em
várias
casas
espíritas.
Dentro
do
possível,
damos
apoio
a
outras
instituições,
colaborando
individualmente
ou
em
conjunto.
Eu,
por
exemplo,
sou
da
Feap
(Fraternidade
Espírita
Aurora
da
Paz).
Lá,
atuo
como
orador
do
Evangelho
e
faço
parte
da
diretoria,
da
mesma
forma
que
outros
policiais
fazem
parte
de
outras
Casas,
como
o
Dr.
Bismael
Moraes,
Dr.
Demetrio
Loricchio,
Dr.
José
Leal,
Dr.
Luiz
Carlos
Costa,
este,
por
sinal,
um
grande
estudioso
das
obras
de
André
Luiz,
e o
Dr.
José
Quinto,
da
Sinagoga
Espírita
Nova
Jerusalém,
fundada
em
1916,
uma
das
mais
antigas
casas
espíritas
de
São
Paulo.
O
Consolador:
O
próximo
seminário
será
no
local
de
sempre?
Sim.
Provavelmente
faremos
o
próximo
seminário
no
mês
de
setembro,
cuja
única
palestra
será
com
o
delegado,
escritor,
médium
e
requisitado
orador
espírita
Demétrio
Loricchio
que
defenderá
o
tema:
A
Ecologia
e as
Calamidades.
A
Udesp
possui
um
programa
de
rádio
de
grande
audiência,
Espiritismo
e
Segurança
Pública,
que
vai
ao
ar
todas
as
quintas-feiras,
às17
horas,
com
reprise
aos
sábados
às 3
horas,
na
Rede
Boa
Nova
de
Rádio
1.450
AM,
Guarulhos,
SP.
Mais
informações
sobre
futuros
encontros,
seminários
e
outros
eventos
podem
ser
vistos
no
site:
http://www.udesp.org.br.