Em
19
de
janeiro
de
1999,
após
alguns
persistentes
contatos
e
convites,
o
reduzido
grupo
de
quatro
pessoas
esteve
no
interior
da
Biblioteca
Dr.
Coriolano
Nogueira
Cobra,
em
uma
das
dependências
da
ADPESP.
Pouco
tempo
depois
foi
decidido
nesse
mesmo
local
realizar
o
primeiro
evento.
Nessa
oportunidade,
aumentara
o
número
de
partícipes.
Além
de
Bianchi
e o
procurador
Fernandes,
tomaram
parte
Bismael
Moraes,
Luiz
Carlos
Rocha
(já
desencarnado),
José
Leal,
Orlando
Ricardo
e
esposa,
Antonio
César
Silva,
Oscar
Ferraz
Gomes,
José
Quinto
e
outros.
Como
profissionais
da
Justiça,
o
novo
grupo
decidira
que
a
pauta
dos
futuros
encontros
consistiriam
basicamente
em
assuntos
ligados
aos
bens
maiores
do
ser
humano:
a
vida,
a
integridade
física,
a
honra,
a
segurança,
o
patrimônio
consoante
princípios
espíritas
e de
acordo
com
a
nova
legislação
penal
e
processual
penal,
ocasião
em
que
o
Catolicismo
Romano,
segundo
a
encíclica
Fides
et
Ratio,
de
1998,
admitira
a fé
raciocinada,
tema
de
há
muito
defendido
pelos
espíritas,
ou
seja,
há
mais
de
cento
e
cinquenta
anos.
O
primeiro
encontro
de
delegados
Foi
em
14
de
março
de
1999,
às
19h30,
no
Auditório
Dr.
Ivahir
de
Freitas
Garcia,
da
ADPESP,
que
ocorreu
o 1º
Encontro
Estadual
dos
Delegados
de
Polícia
Espíritas,
com
três
palestras
sucessivas
de
30
minutos
cada,
com
espaço
seguinte
para
perguntas
e
debates.
Por
exemplo,
a
pena
de
morte,
o
anteprojeto
do
Código
Penal,
o
aborto,
a
eutanásia,
a
cremação,
etc.
já
foram
motivos
de
discurso,
tudo,
é
claro,
sob
a
ótica
espírita.
A
partir
do
primeiro
seminário,
todos
os
eventos
conseguiram
um
bom
resultado.
“De
acordo
com
a
sequência
das
reuniões
mensais
e
dos
seminários,
desde
o
ano
de
99,
houve
razoável
aumento
do
número
de
autoridades
interessadas
em
estar
conosco
para
o
estudo
da
Doutrina”,
afirmou
o
atual
presidente
da
UDEsp.
Segundo
ele,
conseguiram
não
só
trazer
profissionais
da
capital
como
do
interior
paulista.
“Delegados,
escrivães
e
outros
têm
comparecido
com
muito
entusiasmo
e
desejo
de
contribuir
para
o
bom
êxito
do
nosso
movimento
espírita-cristão”,
completou.
O
presidente
da
UDEsp,
delegado
João
Francisco
Crusca,
professor
de
Direito
Penal
e
Processual
na
UNIP,
responsável
pelo
Disque
Denúncia
paulista
e
membro
do
Centro
de
Direitos
Humanos
e
Segurança
Pública
Celso
Vilhena
declarou
também
que,
no
início
do
ano
2000,
se
viu
atraído
pelos
encontros.
“Quando
abracei
as
atividades,
chamavam
as
reuniões
e
simpósios
de
encontros
de
delegados
de
polícia
espíritas’.
A ideia
amadureceu
e
tornou-se
bem
mais
sólida”,
acrescentou,
como
revela
o
confrade
na
entrevista
seguinte:
O
Consolador:
os
encontros
anteriores
de
delegados
espíritas
não
foram
tão
efetivos
como
se
esperava,
embora
os
simpósios
anuais
viessem
tendo
sucesso?
Exatamente!
Naquele
tempo,
a
coisa
era
meio
informal
e um
tanto
difícil
reunir
um
bom
número
de
delegados
e
outros
profissionais.
O
Consolador:
Por
falar
nisso,
já
se
fez
um
levantamento
de
quantos
policiais
civis
e
militares
do
Estado
de
São
Paulo
e de
outros
Estados
brasileiros,
inclusive
policiais
da
área
federal,
são
espíritas?
Olha,
a
bem
da
verdade,
não
há
uma
ideia
exata
de
quantos
policiais
espíritas
existem,
pelo
menos
no
Estado
de
São
Paulo.
O
levantamento
é um
caso
a
pensar...
O
Consolador:
E a
sigla
UDEsp?
Quando
foi
criada?
Na
reunião
do
dia
24
de
março,
do
derradeiro
ano
do
milênio,
ficou
bem
mais
claro
o
papel
do
nosso
movimento
no
meio
policial.
Justo
nessa
oportunidade,
criamos
a
sigla
UDEsp.
Nessa
data,
decidiu-se
de
uma
vez
por
todas
que
o
objetivo
dos
encontros
mensais
de
delegados
seriam
exclusivamente
para
estudar,
discutir
e
divulgar
o
Espiritismo
como
doutrina
esclarecedora,
com
base
na
fé
conforme
à
razão,
como
têm
feito
outras
instituições:
a
dos
militares
espíritas
das
Forças
Armadas,
a
dos
desembargadores,
ministros
e
juizes
de
Direito,
e a
do
Ministério
Público,
composta
de
promotores
e
membros
da
superior
instância
do
Ministério
Público,
não
deixando
de
destacar
a
Associação
Jurídico-Espírita
de
São
Paulo
(AJE),
núcleo
recentemente
instituído
pelo
jovem
promotor
Tiago
Essado.
O
Consolador:
Sabemos
que
a
UDEsp
já
possui
o
seu
estatuto.
Fale-nos
a
respeito.
De
fato.
No
dia
17
de
maio
de
2007
aprovamos
o
nosso
estatuto,
votado
em
assembleia
geral,
através
dos
atuais
membros
de
nossa
gestão.
O
Consolador:
As
reuniões
continuam
na
ADPESP?
Como
se
processam?
Não
é lá
muito
diferente
das
de
outrora.
As
reuniões
acontecem
uma
vez
por
mês,
em
geral,
numa
quinta-feira,
às
20
horas,
em
caráter
provisório
no
auditório
da
ADPESP.
É
assim:
todos
assinam
a
lista
de
presença;
em
seguida,
fazemos
a
prece
inicial
para,
depois,
tratarmos
da
leitura
da
ata
da
reunião
anterior,
dos
assuntos
administrativos
e de
interesse
do
grupo.
Damos
início
ao
estudo
sequenciado
da
Doutrina
Espírita,
e
todos
participam
por
meio
de
breves
comentários
após
leitura
e
exposição
de
um
tema
de
O
Livro
dos
Espíritos,
feitos
por
duas
pessoas
previamente
escaladas.
Encerramos
agradecendo
a
Deus,
a
Jesus
e
aos
bondosos
Espíritos
que
nos
assistem,
em
especial
a
uma
Entidade
simpática
à
UDEsp,
o
Espírito
Rafael
Américo
Ranieri,
que
foi
delegado
de
polícia
e
secretário
de
segurança
pública
paulista,
e
sem
falar
dos
salgadinhos
e
doces,
sucos
e
refrigerantes
servidos
a
todos
os
companheiros.
O
Consolador:
Quantos
policiais
fazem
parte
da
UDEsp?
É
uma
instituição
só
para
delegados?
Já
nos
fizeram
essa
pergunta...
Não,
necessariamente.
Aliás,
o
número
de
associados
varia
muito,
e há
entre
nós
alguns
companheiros
de
outros
ramos
de
atividade.
Aproveito
para
convidar
espíritas
e
simpatizantes
para
que
conheçam
o
nosso
trabalho,
comparecendo
às
nossas
reuniões.
Contamos
com
todos,
afinal,
a
UDEsp
não
é
elitista.
O
Consolador:
Além
de
estudar
a
Doutrina
Espírita,
planejar
eventos
como
os
costumeiros
seminários,
os
senhores
possuem
outras
atividades?
Sim.
Aliás,
em
nossa
gestão,
afora
as
mencionadas
atividades,
incluímos
a
assistência
social.
Ajudamos
familiares
de
policiais
detidos,
e
nos
fins
de
ano
doamos
cestas
básicas,
fazemos
o
Natal
dessas
famílias.
Também
doamos
livros
espíritas
à
biblioteca
de
uma
penitenciária
onde
se
encontram
reclusos
cerca
de
90
policiais.
Alguns
de
nossos
membros
realizam
palestras
em
várias
casas
espíritas.
Dentro
do
possível,
damos
apoio
a
outras
instituições,
colaborando
individualmente
ou
em
conjunto.
Eu,
por
exemplo,
sou
da
Feap
(Fraternidade
Espírita
Aurora
da
Paz).
Lá,
atuo
como
orador
do
Evangelho
e
faço
parte
da
diretoria,
da
mesma
forma
que
outros
policiais
fazem
parte
de
outras
Casas,
como
o
Dr.
Bismael
Moraes,
Dr.
Demetrio
Loricchio,
Dr.
José
Leal,
Dr.
Luiz
Carlos
Costa,
este,
por
sinal,
um
grande
estudioso
das
obras
de
André
Luiz,
e o
Dr.
José
Quinto,
da
Sinagoga
Espírita
Nova
Jerusalém,
fundada
em
1916,
uma
das
mais
antigas
casas
espíritas
de
São
Paulo.
O
Consolador:
O
próximo
seminário
será
no
local
de
sempre?
Sim.
Provavelmente
faremos
o
próximo
seminário
no
mês
de
setembro,
cuja
única
palestra
será
com
o
delegado,
escritor,
médium
e
requisitado
orador
espírita
Demétrio
Loricchio
que
defenderá
o
tema:
A
Ecologia
e as
Calamidades.
A
Udesp
possui
um
programa
de
rádio
de
grande
audiência,
Espiritismo
e
Segurança
Pública,
que
vai
ao
ar
todas
as
quintas-feiras,
às17
horas,
com
reprise
aos
sábados
às 3
horas,
na
Rede
Boa
Nova
de
Rádio
1.450
AM,
Guarulhos,
SP.
Mais
informações
sobre
futuros
encontros,
seminários
e
outros
eventos
podem
ser
vistos
no
site:
http://www.udesp.org.br.